Predador Submisso - Um ponto de ruptura

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Agradecemos sinceramente à nossa amiga e talentosa artista, 42Juliamatos pelo trabalho incrível e apaixonante dedicado especialmente a este capítulo. Parabéns mais uma vez pelo seu talento gata💞

***

Não posso me render a esse desejo tão profundo, a esse sentimento que nunca antes experimentei. É... demais para mim. Um homem sozinho não pode suportar tudo isso sem explodir. Não consigo lidar com o que sinto dentro do meu peito.

Pensamentos de Vegeta Sadala





Na penumbra da câmara, iluminada apenas pela suave luz de velas, Bulma repousava em sua banheira de porcelana. A água morna abraçava suas formas delicadas, enquanto Chichi, sua dedicada criada, despejava com cuidado o líquido sobre suas costas, originando gotas brilhantes que deslizavam por sua pele alva.

Com mãos habilidosas, Chichi auxiliava Bulma no ensaboar, entretanto, naquela noite, a jovem herdeira sentiu um desejo sutil de independência. Com gentileza, solicitou que a deixasse sozinha. A criada se retirou respeitosamente, deixando-a mergulhada em sua privacidade.

Imersa na solidão da banheira, Bulma sentia o frescor da água subindo até seu pescoço. Seus pensamentos vagueavam para além daquele recinto, relembrando o atrevido beijo que ousara dar em Vegeta. Deslizando os dedos sobre os lábios, revivia a sensação daquele encontro, perdida na memória da textura macia e arrebatadora daqueles lábios que a haviam cativado. Uma pena que ele não correspondesse como ela desejara.

Enquanto as velas projetavam sombras dançantes nas paredes, ela suspirou, deixando escapar um sussurro suave que carregava o nome de Vegeta. Seus pensamentos mergulhavam nas possibilidades, traçando planos para desvendar mais da personalidade dele. Aquilo parecia ser uma loucura diante de todo aquele cenário que a cercava. Seu rosto se desfez para uma feição mais triste ao lembrar que era noiva, comprometida com um homem que não despertava nela nem um pingo do que passou a sentir por Vegeta.

ㅡDeus... O que é que eu faço? Não deveria estar sentindo isso... ㅡquestionou-se, com suspiros que se misturavam ao vapor da água. Enquanto fechava os olhos e inclinava a cabeça para a borda da banheira, com seus cabelos escorrendo a água. Em meio a esse tempo de meditação, ponderava sobre sua vida, uma existência na qual não tinha a liberdade de decidir e estar com aquilo que realmente desejava.

(...)

No dia seguinte, após um almoço marcado por breves palavras, Bulma mergulhou de volta em sua rotina. Sua mãe, a Sra. Panchy, capturou a pura ansiedade nos olhos da filha durante a refeição, enquanto esta lançava olhares incessantes em direção à porta.

ㅡO que está acontecendo, minha querida? Não consegue comer? Ficou o tempo todo encarando a porta. ㅡ indagou a Sra. Panchy, estudando atentamente sua filha.

Bulma, tentando dissimular sua agitação, tomou mais duas garfadas discretamente e em seguida algumas goladas no suco. ㅡÉ que pedi um grande favor ao Sr. Vegeta. ㅡ respondeu ela, desviando o olhar por um breve momento.

ㅡE que favor seria esse? ㅡ questionou a Sra. Panchy, cruzando os talheres sobre os pratos, criando um instante de suspense no ar.

ㅡEu hoje quero pintar. Além da aula que terei, gostaria de aproveitar o bom tempo para fazer isso. ㅡ explicou Bulma, tentando parecer casual.

Sra. Panchy, com o cotovelo apoiado levemente sobre a mesa, expressou sua preocupação. ㅡOh! E não seria abusar demais de seu tutor? Seu pai pediu que apenas a ensinasse a montar.

A Maldição - Uma Herança SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora