capítulo 49 - Drougs

1.3K 114 42
                                    

"A verdade raramente é pura e nunca simples."
Oscar Wilde

Spencer Reid

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Spencer Reid

Em um silêncio ensurdecedor, me encontro sozinho no meu apartamento, as sombras dançando ao meu redor como espectros do passado. A dor do término com Lilly pesa sobre mim, uma âncora que arrasta minha alma para as profundezas da tristeza.

A dor das palavras não ditas reverbera em minha mente, cada silêncio preenchido com o eco de um amor que se desfez. A sala está repleta de lembranças congeladas de momentos que eu agora desejo desesperadamente reviver.

Deslizando pelas paredes, busco refúgio na escuridão, mas mesmo lá, não posso escapar do peso da culpa. Eu a afastei, erguendo uma barreira de segredos e vícios, uma muralha intransponível entre nós. Cada passo que dei para longe dela foi como um golpe doloroso em meu próprio coração.

Agora, o dilaudid tornou-se meu único confidente, uma fuga temporária da realidade que se despedaça diante de mim. O quarto está impregnado com o amargor da solidão, as lágrimas se misturando com a autopiedade enquanto eu me afundo mais fundo na escuridão.

As mensagens não enviadas no meu telefone clamam por respostas que não posso dar. Cada toque do dispositivo é um eco doloroso da conexão perdida. Eu escolhi o silêncio, mas agora sou assombrado pelos gritos não ditos que ecoam nas paredes vazias.

As lembranças caem uma a uma, como pedaços de um quebra-cabeça desmoronando diante dos meus olhos. O retrato de um amor despedaçado, de escolhas erradas e de um coração partido que só eu posso consertar.

No escuro, afundo-me na cadeira, envolvendo-me na minha própria melancolia. O vazio se torna palpável, um companheiro solitário em minha jornada autodestrutiva. E enquanto o dilaudid percorre minhas veias, é a dor do arrependimento que queima mais intensamente.

Era o fim.

...
...
...
Uma semana...
...
...
...
Um mês...
...
...
...
Três meses...
...
...
...
Sete meses depois...
...
...
...

Já havia se passado sete meses desde do meu término com a Lilly, no começo foi horrível trabalhar no mesmo ambiente que a pessoa que você amava, mas não podia ter, pelo o menos não mais, era difícil. Mas estava me acostumando.

Todos os dias eu sentia uma vontade diferente de querer ir até ela, eu não conseguia dormir direito. E mesmo depois de meses, ainda doía, ainda me sentia quebrado por ter feito isso.

O meu vício agora era absoluto e eu já não via como eu poderia me livrar dele, ou se por acaso quero me livrar dele. Nesse momento eu me encontrava dentro do banheiro encarando minha imagem refletida. Meus cabelos estava mais longo e desgrenhado, tinha optado por lentes ao invés de continuar com os óculos, as olheiras se destacavam contra a minha pele mais pálida. Meu aniversário já tinha se passado, mas não tive nem forças para comemorar.

An isolated love affair - Spencer ReidOnde histórias criam vida. Descubra agora