Poção do Amor ( TRADUÇÃO )

1

Harry avistou a pedra uma fração de segundo antes de ela colidir com seu frasco. A garrafa cambaleou e caiu no chão da masmorra.
O Professor Snape girou nos calcanhares tão rapidamente que suas vestes pretas esvoaçantes estalaram ao balançar. Sua varinha estava em sua mão, apontando habilmente para a poça roxa ao lado da mesa de Harry.

"Senhor. Potter, essa é a sua poção?"ele perguntou perigosamente.
Harry engoliu em seco. "Sim senhor."
Atrás dele, Draco Malfoy riu.
“Por que é da cor errada?”
“Eu- eu-”

 Antes que ele pudesse responder adequadamente, Snape foi até sua mesa e pegou uma pequena garrafa cinza, obviamente fechada.

“Será que você esqueceu de adicionar o pó Flare-char?” Snape perguntou incisivamente, olhando para Harry com seu nariz adunco.

 O Professor Quirrell, um ex-professor do primeiro ano de Harry, certa vez descreveu Severus Snape como um “morcego crescido demais” e Harry teve que concordar. Snape era alto e magro, com um sorriso condescendente sempre presente no rosto. Ele usava apenas preto, a mesma cor de seus olhos frios e cabelos oleosos na altura dos ombros. Sua pele estava pálida, como se ele nunca tivesse saído da masmorra que abrigava sua sala de aula e seu escritório. Ele detestava Harry e ao longo dos últimos anos, o sentimento tornou-se mútuo. Harry sempre sentia apenas uma das duas emoções perto de Snape: nervosismo extremo ou raiva intensa. No momento, ele estava vivenciando o primeiro.

“Eu- eu acredito que sim…”

“Pela primeira vez, Sr. Potter,” disse Snape sarcasticamente, “sua incompetência salvou sua vida. Se você tivesse misturado a poção corretamente, ela teria explodido ao atingir o chão. Dez pontos para a Grifinória por tentar se explodir... e mais vinte por não conseguir fazê-lo"
Harry afundou em sua cadeira. Trinta pontos da Grifinória, tudo por causa de Malfoy. Aposto que ele teria adicionado pontos à Grifinória se eu tivesse explodido!

"Professor." Hermione se levantou. Snape lançou-lhe um olhar desdenhosamente entorpecido. “Com todo o respeito, não é culpa de Harry. Uma pedra atingida-”

"Senhorita Granger, não há nada de honroso em encobrir a loucura de outro amigo - especialmente quando isso poderia ter resultado em sua morte," Snape rebateu friamente, depois se dirigiu à classe. “Vocês são alunos do quinto ano, o que significa que devem ser capazes de assumir a responsabilidade de trabalhar com substâncias perigosas. Se algum de vocês achar questionável agir de acordo com sua idade, sugiro que venha para a aula um período mais cedo para trabalhar com os alunos do primeiro ano". Os olhos negros de Snape dispararam para o teto quando a campainha tocou. “Esta noite, quero que todos vocês revisem os procedimentos de segurança padrão - acho que um teste é necessário. No entanto, isso significa que você terá que preparar a lição de amanhã no seu próprio tempo.”
Todos, até mesmo os sonserinos, gemeram enquanto saíam da sala de aula. Harry estava prestes a sair quando Snape jogou um pano nele. “Ainda não, Potter. Limpe essa bagunça".Harry suspirou e começou a limpar a poça. Snape o observou friamente como se ele fosse um inseto. Poucos minutos depois, ele ouviu um som semelhante ao de pregos batendo no chão. Snape olhou para cima; Harry o viu fazer uma careta de desgosto.
“Não importa”, disse ele. “Vou limpar isso.”
Harry ficou surpreso, mas não fez perguntas. Ele se levantou e viu um grande cachorro preto atravessando a sala.Sírius? Harry sabia que estava em Hogwarts desde o final de julho e havia conversado com ele várias vezes desde o início das aulas, no mês passado, mas por que ele visitaria Snape?
"Potter..." Snape avisou. Harry saiu correndo da sala, fazendo breve contato visual com Sirius antes de partir.

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    Severus Snape cruzou os braços e olhou friamente para o cachorro enquanto ele lentamente se transformava em um homem, Sirius Black. A última vez que Severus o viu, ele não cortava o cabelo adequadamente há anos. Agora, sua cabeleira preta parecia ter sido cortada na altura dos ombros e parecia um esfregão. Embora seus olhos fossem brilhantes, seu rosto tinha traços de um olhar assombrado que nunca o abandonou. Ele não era exatamente a mesma pessoa com quem Severus estudou e compartilhou uma relação de ódio mútuo vinte anos atrás; Azkaban deixou sua marca nele.