Diário

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Fala galera! Tudo certinho com vocês? Gente, desculpa a demora para atualizar. Minha vida deu um giro 360° esses dias. Viajei de mudança para outro estado, ainda estou me adaptando as novas rotinas e a cidade e para completar meu companheiro velho de guerra não suportou a pressão do avião 💔 meu notebook simplesmente ficou com mais da metade da tela preta 😭 (muito ódio envolvido), mesmo assim precisava atualizar, então fiz tudo no celular. Já peço desculpa pelos possíveis erros de digitação e formatação, mas é o que tenho (por enquanto). Bom, é isso. Boa leitura!

Arrastada pela lama que a chuva da noite anterior havia deixado, a mulher se debatia para se livrar das garras dos homens que a seguravam por correntes como um animal selvagem e violento.

Descalça, ferida e com suas vestes sujas e rasgadas, ela gritava sua inocência e suplicava por ajuda e misericórdia. Porém, a dita mulher tinha sido pega cultivando plantas e mantendo animais para serem usados em seus feitiços e mesmo não assumindo seus crimes mediante as técnicas de tortura, ela não seria perdoada.

A bruxa aliada de Crackstone havia dado a certeza de que se tratava de uma de suas irmãs de magia e ele não perderia a chance de destruí-la.

Na praça central da minúscula cidade, os moradores foram forçados a assistir o espetáculo preparado pelos caçadores. Uma pilha ďe madeira com um mastro no meio. A fogueira esperava a pobre mulher. A pequena multidão estava dividida. Enquanto algumas pessoas gritavam palavras de ofensa, outros estavam horrorizadas com o que Crackstone estava prestes a fazer.

Amarram a acusada no mastro em cima da pilha de madeira e acenderam uma tocha entregando a Joseph.

Os gritos ficaram mais altos incentivando-o a comentar tal ato.

- Morte a bruxa!

- Queime no inferno!

Berravam furiosos.

- Silêncio! - gritou um dos homens que acompanhava Crackstone e a multidão se calou.

Joseph se aproximou da pira com ar de superioridade e desprezo e disse.

- Essa mulher tirada do meio de vocês sob a acusação de bruxaria, passou por um julgamento justo -

- É mentira! Eles me torturaram! - esbravejou a mulher o interrompendo.

- Calada, serva do diabo! - rebateu o homem irritado - Seu julgamento foi justo e encontramos todas as provas de que precisávamos para sentenciá-la a fogueira.

Mais gritos empolgados do aglomerado ao redor.

- Vai negar na frente deles que usa as plantas para feitiços?

Revirando os olhos, ela respondeu.

- Todos sabem que as uso para fazer chás e elixir para ajudar quando estão doentes. Digam a ele quantos filhos de vocês já foram libertos de enfermidades com a ajuda das minhas infusões.

Silêncio. Ninguém abriu a boca em sua defesa. A jovem mulher, cujo rosto já estava machucado pela tortura, entristeceu-se terrivelmente com a atitude de seu povo. Mas era de se esperar, ninguém fala em nome dos acusados de bruxaria, não para o bem deles. Ninguém os escutava.

- Você se condena pela própria língua, Audrey - respondeu Crackstone se aproximando com a tocha nas mãos - Últimas palavras?

Audrey o encarou friamente por alguns segundos ponderando algo em na mente e então sua postura mudou por completo. Ela o olhou de cima, como se o homem fosse apenas um inseto para ser exterminado.

Nossas Vidas em Quadrinhos - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora