𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 5

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𝔈𝔲 𝔣𝔞𝔯𝔦𝔞 𝔮𝔲𝔞𝔩𝔮𝔲𝔢𝔯 𝔠𝔬𝔦𝔰𝔞 𝔭𝔞𝔯𝔞 𝔱𝔢 𝔬𝔲𝔳𝔦𝔯 𝔪𝔞𝔦𝔰 𝔲𝔪𝔞 𝔳𝔢𝔷

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𝔈𝔲 𝔣𝔞𝔯𝔦𝔞 𝔮𝔲𝔞𝔩𝔮𝔲𝔢𝔯 𝔠𝔬𝔦𝔰𝔞 𝔭𝔞𝔯𝔞 𝔱𝔢 𝔬𝔲𝔳𝔦𝔯 𝔪𝔞𝔦𝔰 𝔲𝔪𝔞 𝔳𝔢𝔷.
- 𝔖𝔩𝔢𝔢𝔭𝔢𝔫𝔤 𝔞𝔱 𝔩𝔞𝔰𝔱

CAPÍTULO 5: QUE LUGAR E ESSE

Quando passaram para o outro lado do portal, eles se viram caindo em pleno ar em direção à água. A água fria os recebeu com um choque em seus corpos. Amaya mal conseguia manter a cabeça acima da água, pois lutava contra a correnteza, junto a Killian, onde a água começava a engoli-los novamente. Lutando contra a correnteza, eles tentavam nadar até a margem. Seus corpos estavam exaustos quando finalmente conseguiram sair da água. Eles tossiram ao sair do rio. Amaya se ajoelhou no chão, tentando recuperar o fôlego que ardia em suas narinas. Killian se recuperou e olhava para Amaya com um olhar de raiva, culpando-a pela morte dos amigos, pois eles não teriam morrido se não tivessem a encontrado.

- Eu... eu sinto muito - ela conseguiu murmurar, mas Killian apenas assentiu, desviando o olhar para o horizonte.

Eles nem observaram o lugar em que estavam, onde se estendia um vale repleto de flores murchas e mortas. O céu era um mosaico de laranja misturado ao rosa, mostrando o crepúsculo, com nuvens escuras. O silêncio entre eles era pesado. Nenhum queria dizer nada um ao outro naquele momento. O céu acima deles se tingia com as cores do crepúsculo, lançando uma luz prateada sobre o rio, que antes ameaçava engoli-los. Amaya ainda estava de joelhos sobre a lama úmida da margem do rio. As lágrimas dela desciam silenciosamente sobre suas bochechas, misturando-se com a água da margem.

Killian, estava de pé, olhando para o horizonte onde o sol começava a se pôr. Sua postura era rígida e o maxilar trancado. A raiva que ele sentia era uma tempestade sob sua pele, mas ele não conseguia encontrar palavras para expressá-la; a culpa o sufocava mais do que a água que quase lhe roubara o fôlego há poucos instantes. Ele queria gritar, queria chorar, mas tudo que conseguia fazer era olhar para o céu que se pintava de cores que ele não tinha mais o direito de apreciar com seus amigos, pois eles estavam mortos.

Amaya recuperou o seu fôlego e levantou-se trêmula. Ela queria pensar que isso não passava de um sonho maluco, onde acordaria e estaria em casa com Nathaniel e Joel, falando que ela devia pensar em encontrar alguém. Mas não era assim, tudo que ela mais pensava era que, se ele não tivesse ficado ali a protegendo, ele poderia estar vivo. A culpa tomava sua mente, fazendo-a pensar que ela nunca devia ter ficado com eles, que ela deveria ter morrido quando os monstros a atacaram. Amaya queria falar com Killian, queria explicar, mas as palavras pareciam inúteis diante da dor nos olhos dele. Então ela ficou ali em silêncio. A noite começava a cair, e com ela, a realidade de que eles estavam sozinhos ali, em um mundo que não lhes era familiar, sem ninguém além um do outro para enfrentar.

A noite caía suavemente sobre o mundo, e com ela, uma quietude desconfortável. Amaya e Killian, agora sozinhos, enfrentavam a realidade de sua solidão. O portal que os trouxera ali havia desaparecido, deixando-os sem caminho de volta. Killian, consumido pela dor e pela raiva, lutava para não descontar em Amaya, cujos olhos refletiam uma tristeza profunda.

Destino Entre Os MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora