🥇1° Lugar no concurso Alice.I.Borderland. Categoria: Fantasia. 2024
Em um mundo dividido entre sua espécie humana e feérica, nasceu uma garota que consigo estava destinada a trazer a paz entre os mundos, porém as coisas tomaram outro rumo, trazendo...
Amaya caminhava com passos leves sobre a superfície da água. Drystan parecia caminhar como se estivesse em terra firme, sem medo algum de cair. As sereias nadavam em volta deles, observando e cantando uma melodia suave e belíssima. O lago parecia ter um tipo de final, já que a cada passo que eles davam, dava para ver um tipo de fim, onde rochas cintilantes marcavam seu limite. A magia pulsava sob os pés de Amaya a cada passo que ela dava. Quando chegaram ao fim, viram um abismo tão profundo quanto a escuridão, mas naquela imensa escuridão havia pontos coloridos flutuantes, imitando o céu cheio de estrelas, onde a água caía e suas gotas se transformavam em magia brilhante e colorida. O lugar era tão bonito que Amaya pareceu se perder nele. Drystan a olhou e deu um sorriso de canto, como se gostasse de vê-la sorrir. Voltando à postura de antes, ele se virou para ela.
— Esse é um dos pontos de deslocamento. Eles permitem ir a qualquer lugar — explicou Drystan, encarando Amaya.
— Tipo um portal? — perguntou ela, ainda encarando a escuridão daquele lago.
— Sim, a única diferença deles é que só obedecem aos donos dos pontos. Não são conjurados e não podem ser usados por outra pessoa sem autorização.
— Então só você pode usá-los, mais ninguém? — concluiu ela, pensativa.
— Sabe, Amaya, você me traz muita curiosidade — ele deu uns passos na direção dela. Quando estava perto o suficiente, ele disse — Me dê sua mão — pediu ele.
Amaya não lhe disse nada; parecia que algo no olhar dele estava diferente. Ela estava um pouco confusa com o pedido.
— A não ser que decida pular sozinha e se afundar na escuridão, fique à vontade para tentar — provocou ele.
Ela revirou os olhos. Suspirando fundo, pegou na mão dele com força. Drystan segurou a mão de Amaya com firmeza, seus olhos encontrando os dela. Ele sorriu, e algo parecia brilhar no fundo daquele mar azul. Sem aviso algum, ele a girou, arrastando-a consigo para seu peito. Ela soltou um grito de surpresa, mas antes que pudesse protestar, ele a confortou em seus braços. Juntos, caíram para o fundo do lago, onde o vento chicoteava seus cabelos. O mundo parecia suspenso no tempo, e os pontinhos brilhantes agora cintilavam, envolvendo-os.
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