ℌá 𝔟𝔯𝔲𝔵𝔞𝔰 𝔞𝔦𝔫𝔡𝔞, 𝔮𝔲𝔢 𝔠𝔞𝔪𝔦𝔫𝔥𝔞𝔪 𝔡𝔢𝔰𝔠𝔞𝔩ç𝔞𝔰 𝔰𝔬𝔟𝔯𝔢 𝔞 𝔱𝔢𝔯𝔯𝔞, 𝔬𝔲𝔳𝔢𝔪 𝔬𝔰 𝔪𝔲𝔯𝔪ú𝔯𝔦𝔬𝔰 𝔡𝔞𝔰 á𝔯𝔳𝔬𝔯𝔢𝔰 𝔢 𝔣𝔞𝔷𝔢𝔪 𝔤𝔲𝔦𝔯𝔩𝔞𝔫𝔡𝔞𝔰 𝔠𝔬𝔪 𝔢𝔯𝔳𝔞𝔰 𝔰𝔞𝔤𝔯𝔞𝔡𝔞𝔰, 𝔢𝔫𝔮𝔲𝔞𝔫𝔱𝔬 𝔞 𝔩𝔲𝔞 𝔬𝔟𝔰𝔢𝔯𝔳𝔞.
- 𝔖𝔠𝔬𝔱𝔱 ℭ𝔲𝔫𝔫𝔦𝔫𝔤𝔥𝔞𝔪CAPÍTULO 16: LABIRINTO E BRUXAS
Envolta aos sussurros do vento, ela foi até Adriel, que continuava ali parado sem se mover e muito menos piscar. As vozes começaram a chamá-la, doces e convidativas. Ela ainda encarava Adriel e pensava nas palavras ditas antes. Novamente a voz pronunciou seu nome, mas desta vez parecia uma súplica para que ela a seguisse. Deixando Adriel onde ele estava, ela rezava para que nada acontecesse com ele ali, sem poder se defender. A voz vinha guiando-a por uma espécie de música celta que parecia guardar milhares de histórias. Quando chegou quase às profundezas da floresta, ela se viu perdida em um labirinto onde nem percebeu que entrara.
O labirinto não era comum. As paredes eram vivas, pulsando com padrões intrincados que pareciam se mover e se contorcer. A luz era escassa, filtrada por fendas nas pedras, criando sombras dançantes que pareciam espreitar. O ar estava impregnado com um odor metálico e úmido, como se o próprio labirinto respirasse. Cada passo ecoava, reverberando pelas passagens estreitas. Amaya ouvia sussurros distantes, vozes que pareciam vir de todas as direções. Eram lamentos, gritos abafados, como se almas aprisionadas clamassem por ajuda. O coração de Amaya batia descompassado enquanto ela adentrava no labirinto.
As paredes pareciam se mover atrás dela, fechando-se e abrindo passagens. Ela seguia em frente escutando os gritos que ecoavam pelos corredores, o medo começava a envolvê-la em seu manto. Ela estava perdida ali, não sabia se estava indo mais fundo ou dando voltas pelo mesmo lugar onde estava antes. O labirinto brincava com sua mente, confundindo-a, testando-a, fazendo-a acreditar nas coisas que escutava nos corredores.
Ainda caminhando, outro corredor fechou-se atrás dela. Porém agora tudo atrás dela começava a se fechar rapidamente e um dos galhos arranhou seu braço. Correndo, ela chegou a uma curva e se deparou com uma porta cheia de símbolos, onde o metal estava corroído. Hesitando sobre abrir a porta ou não, ela pensava se devia fazer isso, mas quando escutou a voz novamente, ela sussurrava: "Não entre aí, apenas te levará para o caminho difícil."
Mas ela não deu ouvidos; a voz não a ajudou antes, apenas a fez entrar em um lugar estranho. Escutando outro grito agudo que veio de trás da porta, ela sentiu arrepios percorrerem sua espinha. Com as mãos trêmulas, ela empurrou a porta.
O que ela viu a fez recuar. Uma sala circular, com pilares de ferro, nos quais estavam inscritos os símbolos da porta. Nas paredes, figuras distorcidas se contorciam, presas em um tormento eterno. Nos pilares de pedra, correntes de ferro vermelho queimavam a pele das criaturas que estavam presas ali. Elas eram quase todas identicas, a pele esverdeada de tom claro queimava, os olhos pretos eram intensos com seu salpicado de dourado, vestindo roupas de guerra e mantos azuis rasgados e manchados de sangue verde escuro. Essas eram as bruxas do clã do Véu Negro.
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Destino Entre Os Mundos
Fantasía🥇1° Lugar no concurso Alice.I.Borderland. Categoria: Fantasia. 2024 Em um mundo dividido entre sua espécie humana e feérica, nasceu uma garota que consigo estava destinada a trazer a paz entre os mundos, porém as coisas tomaram outro rumo, trazendo...