𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 14

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𝔒𝔥, 𝔢𝔰𝔭𝔢𝔯𝔬 𝔮𝔲𝔢 𝔞𝔩𝔤𝔲𝔪 𝔡𝔦𝔞 𝔢𝔲 𝔠𝔬𝔫𝔰𝔦𝔤𝔞 𝔰𝔞𝔦𝔯 𝔡𝔞𝔮𝔲𝔦

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𝔒𝔥, 𝔢𝔰𝔭𝔢𝔯𝔬 𝔮𝔲𝔢 𝔞𝔩𝔤𝔲𝔪 𝔡𝔦𝔞 𝔢𝔲 𝔠𝔬𝔫𝔰𝔦𝔤𝔞 𝔰𝔞𝔦𝔯 𝔡𝔞𝔮𝔲𝔦. 𝔑ã𝔬 é 𝔞𝔡𝔬𝔯á𝔳𝔢𝔩, 𝔢𝔰𝔱𝔞𝔯 𝔰𝔬𝔷𝔦𝔫𝔥𝔬?
- 𝔏𝔬𝔳𝔢𝔩𝔶

CAPÍTULO 14: LEMBRANÇAS DO PASSADO

Amaya estava sentada à beira da lareira, tinha em torno dos cinco anos. Ela via o crepitar das chamas ecoando pela casa onde estavam. Seus olhos se fecharam ao escutar as vozes que a perturbavam: "Fuja!" "Eles estão aqui." "Perseguirão você, o destino ninguém pode abandonar."

Adriel, seu protetor, estava ao seu lado, com os olhos brilhando de preocupação pelas lágrimas que começavam a se formar nos olhos dela. Eles estavam em uma cabana afastada do mundo feérico, no reino humano. Um ataque no castelo onde estavam fez com que Adriel se tornasse protetor de Amaya. A cidade era calma, as pessoas eram boas, e tudo estava começando a ficar calmo de novo. A garota era apenas uma criança pequena, que vira a morte tantas vezes que queria abraçá-la.

- Princesa - sussurrou Adriel - Preciso deixá-la aqui, dar pelo menos um lugar que possa ser seguro para você.

Ela abriu os olhos e olhou para ele.

- Vou fazer um feitiço, que vai deixá-la em segurança pelo menos pelo tempo em que as coisas se resolverem em nosso mundo. Sei que não se lembra de lá e muito menos dos seus pais, mas saiba que o que eles irão proteger você onde quer que estejam.

- Eu... estou com medo... - murmurrou ela, com lágrimas se formando em seus olhos.

- Eu também, mas tudo vai se resolver. Prometo isso.

Ele se abaixou, pegando-a no colo. O ar estava começando a se encher com magia quando as palavras em língua Morroy começaram a lançar o feitiço. Amaya o abraçou fortemente, com a cabeça apoiada em seu ombro.

Quando os gritos começaram, ele apressou o feitiço. O fogo começava a alcançá-los pelo lado de fora. Ela sentiu uma sensação de inquietação. Algo estava errado. Foi então quando abriu os olhos; um homem a segurava em seus braços, mas ela não reconhecia mais Mariel. Quando ele a pôs no chão, lágrimas escorreram pelo seu rosto.

- Corra! Só faça isso. CORRA... Amaya! - gritou ele.

Foi então que os monstros apareceram. As criaturas sombrias e famintas emergiram das sombras. Seus olhos brilhavam com uma fome insaciável. As criaturas avançaram, suas garras afiadas rasgando o ar. A casa estava em chamas, e os monstros se multiplicavam. Ela viu Adriel cair, ferido, e seu coração se apertou. Mas ele deu outro grito que a fez correr para fora da casa e não parar mais. Só parou quando seu corpo não aguentava mais. Quando viu que estava na floresta sozinha e sem ninguém, ela caiu no chão, perdendo a consciência e só acordando em meio a outro caos. Mas em meio a esse caos, ela encontrou alguém: Nathaniel.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Amaya enquanto ela recordava das memórias que estavam vindo, tudo que havia sido apagado estava aparecendo

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As lágrimas escorriam pelo rosto de Amaya enquanto ela recordava das memórias que estavam vindo, tudo que havia sido apagado estava aparecendo. Memórias boas, tanto quanto as ruins. Mas a única coisa que via feito borrões em sua mente eram seus pais; ela se lembrava das vozes e do quanto eles se amavam e eram carinhosos, porém não se lembrava do rosto deles. Era uma cabana perto do bosque, eles se divertiam até que o ataque aconteceu e tudo se virou de cabeça para baixo. O fogo começou, o caos aumentou, e a magia estava sendo tomada.

- Por... que? - sussurrou Amaya, olhando para Adriel com os olhos marejados. - Por que eles fizeram aquilo?

Amaya balançou a cabeça, as memórias se entrelaçando. Ela se lembrou das sombras, das vozes sussurrantes, da sensação de estar presa em uma teia de magia. E então, as coisas iam desaparecendo.

- Isso não é verdade... por favor me diz que tudo que aconteceu é um sonho? - ela disse em tom baixo e suplicante, com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Adriel segurou suas mãos trêmulas e a abraçou fortemente.

- Eu também queria isso - ele disse com a voz pesada. - Não queria ter te deixado sozinha, mas às vezes, os segredos ajudam a proteger aqueles que amamos. Você era uma criança, Amaya. Eu não podia cuidar de você sozinho.

- Você é rei...

- Sou rei porque eles têm a esperança de que vão ser livres dele. Não tenho muito poder, Amaya, não contra o rei que usurpou o trono de nossa família.

- De quem você está falando? - perguntou ela, saindo do abraço dele.

- Ele se chama Malivor, ele amava sua mãe. Mas sua mãe amava seu pai. Você se lembra deles? - ela negou com a cabeça, e ele respirou fundo e pesado. - Ele ficou louco quando descobriu que ela estava grávida de você, ele enlouqueceu porque aí não teriam nenhuma chance de ficarem juntos de novo. Ele pegou os grimórios de sua avó Morgana e lançou a Sumen More. Um feitiço de mente, onde se coloca discórdia. Ele conseguiu soldados, armas e apoio, então tomou o castelo. Você tinha três anos quando aconteceu, sua mãe a deixou comigo enquanto ela...

- Já chega! - disse se afastando dos braços dele. - Não quero saber.

Ela se encontrou entre lágrimas e soluços. Ela se lembrara dela agora, com os cabelos pretos e os olhos verdes; elas eram parecidas. Ela chorou e chorou até suas forças se esgotarem por completo e ela se sentir cansada o suficiente para não ficar de pé e se sentar no chão embaixo de uma árvore, deixando-se vencer pelo cansaço. Mariel não sabia bem o que fazer, mas fez a única coisa que podia: deixaria ela chorar o quanto precisasse, e de agora em diante ela iria ficar no mundo feérico, e ele ia devolver o trono para sua verdadeira rainha.

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NA SALA DE REUNIÃO DO DOMINIO.

- Ela é nossa rainha, precisa de treinamento - falou Micah.

- Ela é uma humana que não pode se transformar. Sabe quanto isso pode demorar para acontecer? - perguntou um membro do conselho.

- E como rainha de vocês, deviam ser respeitosos. Se ela soubesse usar a magia que tem, poderia dominar todos os mundos - disse Darcy com um aviso.

- Como você disse, se ela soubesse - falou irritado.

Todos estavam discutindo o futuro dos feéricos, das crianças, jovens, adultos e idosos quando Drystan chegou e todos pararam de falar. Ele parecia preocupado, o som de espadas se escutava do lado de fora.

- Vamos todos evacuar do domínio, agora. Eles iriam tomar a cidade. Montem grupos para as pessoas daqui e as salvem. Ninguém desse conselho sai até todo nosso povo estar fora dessa cidade.

Com as ordens de Drystan, todos saíram rapidamente da sala para ajudar a sair da cidade. A guerra estava vindo, as criaturas estavam chegando, e o rei Malivor sabia onde a filha de sua amada estava. Ele a queria a qualquer custo, viva ou morta.









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