HOMENS

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Tem deixou a mansão logo após o tumulto, carregando consigo a ressaca de uma noite inesquecível. Ainda era um estudante, e a vida universitária o chamava.

Tay e Time, por outro lado, continuaram suas vidas normalmente. A noite anterior havia sido um encontro de paixão e prazer, mas nada além disso. A vida continua, certo?

Era o que Tem acreditava. Ele não iria implorar por um repeteco, nem se colocaria à disposição do casal como um brinquedo descartável. Sentia-se como um garoto humilde que ganhara um passe livre para cavalgar os mais belos garanhões da cidade. Agora, o passe havia expirado, deixando apenas lembranças e marcas. Mas, como uma criança encantada que vê um cavalo pela primeira vez, Tem estava feliz. Ele não apenas viu os cavalos, mas montou em ambos.

A aula na universidade passou rápida, e quando estava prestes a voltar para casa, Porsche apareceu. Levou Tem para casa e, enquanto preparavam o jantar, conversaram calmamente, algo impossível na mansão.

- Você está bem com tudo que aconteceu, Tem? - perguntou Porsche.

Tem parou de beber sua bebida.

- Mais do que deveria.

- Não entendi.

- Não me pareceu tão errado como eu imaginava. Só estou triste porque não vai acontecer novamente.

- Eles te falaram isso?

- Não, mas um casal como eles não costuma repetir a dose.

- Tem, em todo esse tempo, nunca vi os dois se abrirem para uma terceira pessoa. Mas vamos ver. O importante é que você gostou.

Tem concordou. Terminaram a noite rindo do ciúme de Porsche em relação ao irmão. À meia-noite, Tem foi para a cama sem nenhuma ligação dos dois.

Em outro lugar, Tay estava de cara fechada. Time, pela primeira vez, disse não a ele. E isso o levou a vestir a roupa de dormir mais sensual que tinha, a passar o hidratante de forma mais provocante. Agora, estava lendo com as pernas cruzadas e o dedo passeando despreocupadamente pela boca.

- Até quando vai me torturar? - perguntou Time.

- Não estou fazendo nada.

- Tem não é seu brinquedo, Tay. Ele é um ser humano, um jovem. Você não pode monopolizá-lo.

- Eu só iria convidá-lo.

- Você iria intimá-lo. Ele sabe como nos encontrar. Se ele quiser.

- Ele vivia aqui. Todos os dias. E depois de ontem, ele não veio. É muito frustrante.

- Frustrante e natural. Agora, que tal você fazer comigo o que você queria fazer com ele? Seu marido está aqui, excitado, e você lamentando por outro. Perdi mesmo o meu lugar de macho alfa.

- Oh, senhor, entre ser o macho alfa e ter dois homens sedentos te desejando, qual é melhor para você?

Time resistiu até ali, mas foi vencido pela imagem que Tay descreveu.

- Amanhã, você liga para ele. Você só liga, Tay. Se ele pedir para vir, você não deve chamá-lo.

Tay sabia. Ele não precisaria convidar um homem para dormir com ele, bastava ser ele mesmo. Tem viria por vontade própria e um pouco de provocação.

Deixando o livro de lado, Tay abraçou o marido. Time beijou os mamilos de Tay e parou na barriga, acariciando-a.

- Eu te amo tanto, Tay. Antes mesmo de saber o que era o amor.

- Eu também te amo, marido. Mas nem adianta me adular. Hoje não vai rolar.

Time apagou as luzes. A última palavra era de Tay e isso, como casal ou trisal, nunca iria mudar.

Cavalgada a três- TAY,TEM, TIME Onde histórias criam vida. Descubra agora