Emma Myers | point of view
Uma semana havia se passado e eu não queria admitir, mas cada vez que via a Jenna pendurada no telefone com o Arthur meu sangue fervia na veias, eu desejava arrancar o aparelho das suas mãos e jogá-lo contra a parede.
É, eu tinha vontade de agir feito um homem das cavernas.
Nosso relacionamento estava esquentando a cada dia e tudo o que minha mente e meu corpo desejavam era estar enterrando nela, vinte e quatro horas, sem parar, embora houvéssemos transado apenas naquela noite de chuva.
A garota era uma deusa do sexo. Uma diaba vindo direto do inferno para me atormentar com toda a sua sexualidade e feitiços sexuais.
Era certo que o fato de termos dado um passo maior dentro do nosso relacionamento — intimamente falando — melhorou e muito a maneira como convivíamos, mas infelizmente isso não apagava a presença do meu tio no meu cotidiano.
Consegui evitá-lo nós últimos dias, entretanto não sabia quanto tempo mais teria a mesma sorte. Eu não queria vê-lo. Não queria conversar com ele. Não queria estar perto dele. Porque eu conhecia meus limites e isso seria demais para meu juízo. Honestamente, eu não conseguiria me controlar.
Busquei uma respiração profunda enquanto sacudia a cabeça dispersando meus pensamentos.
Jenna e eu estávamos na sala. Era noite de sexta-feira. A TV estava ligada, mas nenhuma de nós duas estava assistindo. Minha atenção estava na tela, mas minha concentração estava fixa na conversa que Jenna estava tendo com Arthur ao telefone.
A frustração chegava a evaporar dos meus poros e eu não podia controlar essa maldita sensação.
Olhei para meu lado, no sofá. Jenna estava relaxada, envolta entre diversos papéis e livros, além do laptop diante de si, na mesinha de centro.
Ela ficava ainda mais atraente, com a expressão compenetrada. Eu sabia que a conversa ali era referente a negócios, mas isso não impedia a sensação ruim que me tomava a cada risada dela com algo que o otário dizia do outro lado da linha.
Porra!
Sentindo-me intimidada, eu me aproximei de modo manso. Ela estava usando um short bem leve e curto, junto com uma camiseta minha. Apenas esse mero detalhe já me deixava excitada pra caralho. Os cabelos compridos estavam totalmente soltos e revoltos, da maneira que eu gostava.
Coloquei algumas mechas de cabelo para trás e passei a deixar beijos em seu pescoço, o que causou diversos arrepios nela.
— Só um instante, Arthur... – falou com a voz entrecortada. Em seguida, virou a cabeça em minha direção
— O que está fazendo?
Minha mão se arrastou pela lateral do seu corpo, sentindo cada parte do meu se acender pelo contato. Massageei sua bocetinha por cima do tecido do short, enquanto minha boca continuava deixando beijos molhados em seu pescoço. Adorei ouvir seus gemidinhos baixos.
— Eu quero você... – soprei, levando minha boca até a sua.
De repente, me ajoelhei diante dela na intenção de puxar o seu short juntamente com a calcinha, mas Jenna freou meu movimento.
— Agora não, Emma – declarou enfática.
Em seguida, pegou o telefone e dispensou o idiota do Arthur avisando que ligaria dentro de alguns minutos para que continuassem a discussão
— Caramba! Se você não percebeu, eu estou tentando ajudar a nós duas aqui.
Revirei os olhos e me levantei.
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De Repente Casadas - Jemma
RomanceExiste aquele ditado: os opostos se atraem. Mais como isso funciona na prática? É possível manter um relacionamento entre duas pessoas tão diferentes? Jenna Ortega e Emma Myers irão descobrir se isso faz sentido, considerando que serão obrigadas a e...