Emma Myers | point of view
Aquela desgraçada me paga!
Fechei os olhos, respirando fundo, esforçando-me para parar de xingar Jenna.
— ENTRE TAPAS E BEIJOS, É ÓDIO, É DESEJO, É SONHO, É TERNURA... UM CASAL QUE SE AMA ATÉ MESMO NA CAMA PROVOCA LOUCURAS...
Parei de cantar e abri os olhos, encarando o teto.
— Céus! Estou delirando – lamentei — Já estou até cantando as músicas preferidas do meu pai.
Soltando um suspiro, voltei a olhar para a porta, onde a empregada ainda persistia em seu desmaio. Temia até ter matado a coitada do coração.
— EI? ACORDA AÍ! – berrei outra vez. Rolei os olhos quando o grito não fez efeito — É O AMORRRRRR, QUE MEXE COM A MINHA CABEÇA E ME DEIXA ASSIM...
Novamente encarando o teto, eu soltei um bufo.
— Obrigado, pai, por anos de sertanejo no meu ouvido. Numa hora dessas, eu só sei cantar essas coisas bregas! – resmunguei — Porra!
Forcei meus braços outra vez, em vão.
A raiva pela Jenna estava efervescendo dentro de mim, embora me esforçasse para controlar. Minha atenção voltou a ser desviada para a mulher no chão, quando notei que a mesma começou a acordar.
— Senhora Walker? – chamei, desesperada, no instante em que ela se sentou, meio aérea — Por favor, pode me ajudar?
Os olhos dela encontraram os meus, entretanto a reação foi ainda pior do que antes, porque ela simplesmente se levantou e saiu em disparada alegando que não era paga para presenciar esse tipo de sem-vergonhice.
— Oh, merda! – exclamei, frustada demais.
Bufei, indignada por me ver de mãos atadas literalmente.
(...)
Sequer tinha noção de quanto tempo se passou quando, de repente, comecei a ouvir o som da campainha. Meu coração começou a acelerar. Essa era a minha chance.
— EI? AQUI! EU ESTOU PRESA NO QUARTO!
Comecei a gritar, explicando a minha situação na esperança da pessoa no lado de fora poder me ajudar.
— Emma? – com muito esforço, eu reconheci a voz de Naomi — O que está havendo?
— PEGUE A CHAVE EMBAIXO DO CAPACHO – pedi.
— Tá legal – veio a resposta. Eu precisava me concentrar bastante para conseguir ouvi-la — Não tem nenhuma chave aqui – reclamou.
Ah, praga! Jenna deve ter levado a cópia com ela.
— ENTÃO ENTRA PELA JANELA DA SALA, CAITLYN – gritei, desesperada para que ela não desistisse. Ela não poderia ir embora.
— Ai, fala sério, Emma – ouvi seu resmungo — Se for alguma brincadeira sua, você vai se ver comigo.
Ansiosa, eu aguardei.
— FORCE A JANELA QUE ELA ABRE.
— Eu já entendi, Emma, não precisa gritar – veio a resposta rude. Eu até riria se não estivesse numa situação tão crítica — Aliás, por que está gritando feito uma doida?
Ouvi quando ela abriu a janela e entrou. Logo o som dos seus saltos ecoou pela casa quando começou a trilhar o corredor que levava aos quartos.
— Cubra os olhos – pedi, temendo que ela tivesse a mesma reação da empregada.
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De Repente Casadas - Jemma
RomansExiste aquele ditado: os opostos se atraem. Mais como isso funciona na prática? É possível manter um relacionamento entre duas pessoas tão diferentes? Jenna Ortega e Emma Myers irão descobrir se isso faz sentido, considerando que serão obrigadas a e...