015 | Dentro do carro.

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Emma Myers | point of view

Quando chegar na fazenda, basta falar com a Lu. Ela já deixará tudo prontinho [01:35]

Dizia a mensagem recebida. Eu tinha acabado de estacionar em frente ao casarão antigo. Certo.

Acabei de chegar [01:40]

A extensão da terra dos Ortega's era absurdamente imensa, equiparando-se as da minha mãe. Suspirando, eu deixei o carro e comecei a caminhar em direção a entrada. Eu ainda me sentia chocada com a novidade que foi jogada na minha cara, jamais imaginei que o velho estivesse doente. Não éramos próximos, obviamente, mas saber que a doença que ele tinha podeira levá-lo a morte me causava um frenesi de emoções estranhas, porque eu sabia que Jenna sofreria.

E a mera ideia de vê-la sofrendo me deixava agoniada. 

Cheguei à porta e dei duas batidas. Quando a mesma foi aberta, eu me deparei com uma figura familiar, apesar da minha memória não ser muito boa para nomes.

— Eu vim buscar roupas para o meu sogro.

A bela mulher escorou-se no arco da porta, me encarando com diversão.

— Você casada, Emma? Com a Jenna? – começou a rir como se isso fosse uma piada muito engraçada — O que aconteceu nessa cidade enquanto eu estive fora?

Franzi o cenho, tentando puxar na minha mente de onde a conhecia.

— Olha, não querendo ser rude, mas nós nos conhecemos? – intimei, confusa. Ela fez um muxoxo.

— Nossa! Assim você me ofende – aproximou-se — Sou a Lucy, irmã da Lu. Nos conhecemos há um tempo, numa das festas da cidade – explicou, inclinado-se para deixar um beijo no meu rosto, bem perto da boca

— Foi algo bem íntimo, se é que me entende...

Sem graça, eu segurei seus ombros quando a mesma fez menção de me beijar.

— Ah, entendi – pigarreei, esforçando-me para raciocinar com clareza — Acho que me lembro vagamente.

Ela sorriu, lambendo os lábios.

— Na ocasião, você ficou bem surpresa com o que sei fazer com a minha língua...

Puta que pariu!

Abri a boca para falar, mas acabei hesitando com a chegada de alguém. No fundo agradeci pela interrupção, porque a situação já estava ficando bem constrangedora.

— Algum problema aqui?

Cocei a garganta, dando alguns passos para o lado.

— Não, nenhum. Você deve ser a Lu – deduzi, percebendo que ela estava segurando uma pequena mochila.

— Sim – respondeu com um olhar desconfiado de mim para a irmã, que continuava ali — Jenna me avisou que você tinha acabado de chegar aqui para buscar as coisas do Sr. Ortega – se calou por um instante — Pode ir agora, Lucy.

Eu continuo atendendo a amiga da minha esposa. Arqueei a sombrancelha, espantada com a rispidez. Ficou claro que a relação das duas não era boa.  

— Tudo bem – murmurou, revirando os olhos, em seguida, olhou na minha direção — Foi muito bom revê-la, Emma – mordeu os lábios e picou um olho. Sam permaneceu encarando a irmã, completamente confusa.

— Vocês já se conheciam?

Dei de ombros, não querendo trazer mais problemas para a minha relação com Jenna.

— Coisa do passado – pigarreei — São essas as coisas para eu levar? – complementei, ansiando mudar o foco. Ela piscou.

— Ah, sim. É sim – entregou — Fiz um pequeno kit do necessário.

De Repente Casadas - JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora