Jenna Ortega | point of view
Já era noite e estávamos na cama. A luz estava apagada, mas eu tinha certeza que Emma ainda estava acordada. Sabia que assim como eu, ela também estava pensando no que vinha acontecendo entre nós duas.
De repente, ouvi o seu suspiro.
— O que foi? – sussurrei, curiosa.
— O que comeu no seu café da manhã hoje? – perguntou, me fazendo franzir o cenho.
— Que pergunta aleatória é essa?
— É porque... puta merda, Jenna! Você se mostrou uma ninfa naquele carro mais cedo, e depois fizemos amor nessa cama após o jantar. Agora estamos dormindo juntas... O que significa?
— Nós não fizemos amor, Emma, nós só fudendo – corrigi.
— Fodemos no carro, Jenna, e como duas alucinadas. Mas aqui nesta cama... Foi diferente! Não diga que não sentiu a conexão. Foi lento, calmo... – pausou por um instante — O que significa estarmos aqui, juntas?
Respirei fundo e forte, absorvendo suas palavras. Seu questionamento fazia sentido, porque eu também tinha as mesmas dúvidas. Algo estava mudando em nossa relação.
Me aproximei dela, aninhando-do em seu peito.
— Significa que estamos nos conhecendo, e por mais louco que possa parecer, eu estou gostando – declarei no fim.
Ela inspirou profundamente e me abraçou apertado, beijando meus cabelos.
— É, eu também estou – massageou minhas costas — Talvez esse contrato de casamento nem se torne mais obrigação.
Beijei seu seio nu.
— Devo concordar com esse pensamento – dei uma risadinha baixa.
— Então você não é mais a minha garota prostituta?
— Gata, eu sou o que você quiser que eu seja, desde que rebole esse traseiro sobre mim como fez horas atrás.
Dei um tapa nela.
— Cretina!
— Eu sou. Mas você tem que concordar que nós formamos um par legal: a cretina e a ninfa.
Ambas gargalhamos.
(...)
Alguns meses se passaram e muita coisa mudou, consideravelmente. Emma e eu estavamos nos descobrindo e nos permitindo, apesar do acordo de irmos devagar.
No fundo, eu sabia que me envolver intimamente com ela era um risco ao meu coração, porque Emma e eu éramos muito diferentes. Mas quando estávamos juntas — na cama — todos os meus receios caíam por terra e tudo o que eu conseguia fazer era sentir e sentir e sentir...
A ideia de criar um clube de assinatura finalmente estava saindo do papel. E com a ajuda de Arthur — de longe — estávamos desenvolvendo. Obviamente que Emma não estava satisfeita com isso, pois não gostava do homem e implicava com o coitado de todas as formas possíveis, mesmo eu garantindo que não tinha motivos para ciúmes. Embora ela insistisse em afirmar que o que sentia não era ciúmes.
— Hmm... que cheirinho bom – soou Emma, abraçando minha cintura por trás — O que está cozinhando? Não sabia que pretendia acordar tão cedo.
— Pensei em preparar o nosso café da manhã hoje – falei, exibida — Estou preparando rabanada, porque sei que você adora. Também fui à padaria e comprei pão de queijo – complementei.
— Que delícia! – exclamou ela, voltando a me agarrar e beijar meu ombro — Adoro quando você cuida de mim assim, sabia?
Dei uma risadinha, virando a cabeça e aceitando o seu beijo.
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De Repente Casadas - Jemma
RomanceExiste aquele ditado: os opostos se atraem. Mais como isso funciona na prática? É possível manter um relacionamento entre duas pessoas tão diferentes? Jenna Ortega e Emma Myers irão descobrir se isso faz sentido, considerando que serão obrigadas a e...