Perante as evidências Juliette foi presa logo à chegada da polícia.
Os seguranças alertaram para a presença do uma outra pessoa, mas vasculhadas as instalações não foi encontrado mais ninguém.
Juliette estava bastante calma quando foi algemada e colocada no carro prisional.
A família de Eduardo foi informada da tragédia incluindo seu filho Rodolffo.
Desde criança, Rodolffo foi enviado para um colégio na Suíça para que pudesse estudar e tirar uma licenciatura. O pai tinha sempre muito orgulho em dizer que o filho estudava num dos melhores colégios foi mundo.
Agora com 18 anos teria que voltar e talvez assumisse a empresa.
Conversando com seu tio paterno, Bernardo, acordaram só regressar no fim dos estudos. Ia agora iniciar os estudos superiores e logo estaria licenciado em Gestão para poder assumir o lugar do pai.
O funeral contou com pouca gente. Alguns funcionários da Mármores Guerra, Mariana a esposa, e a filha, acompanhados de tio.
Juliette permaneceu na prisão até ao julgamento.
Recebeu a visita da sua mãe e de um advogado. Do seu pai não soube mais.Em tribunal, praticamente abandonada por todos, Juliette apanhou 5 anos de reclusão em cadeia feminina.
Seu pai não suportou o remorso. Em uma noite saiu para beber e quando regressava a casa morreu atropelado por um camião.
Sua mãe visitou-a por muito tempo, mas as visitas foram escasseando, até desaparecerem por completo.
Juliette sentiu-se muito sózinha. Refugiou-se nos livros e recomeçou a estudar a partir da cadeia. Lá não fez amigas. Não se juntou a Ganges, mas também nunca opinou sobre as actividades dos mesmos.
Só tinha um pensamento. Tornar-se advogada e aceitar casos de clientes que não tivessem dinheiro, mas para isso deveria trabalhar para amealhar o máximo para se sustentar.
5 anos depois...
Rodolffo estava no avião de regresso à sua cidade, à família, à sua vida.
Seu tio mandou buscá-lo no aeroporto esperava-o uma grande recepção em casa.
Depois de cumprimentar todo o mundo, Bernardo raptou-o para o jardim.
- Ainda bem que vieste. Já é hora de assumires os negócios da família. Eu estou velho e cansado.
- Ainda preciso muito de si. E eu vou vingar-me de todos os que tiverem participado disso tudo.
- A vingança não leva a lugar algum.
Segue a vida. Os mortos não regressam do passado.- Eu jurei e vou cumprir. E ia começar pela mãe caso ela estivesse disposta a ser sincera com ele.
O caso falado com o motorista nunca foi esclarecido e outros antigos que seu pai sempre comentou durante as vezes em que ele veio passar férias a casa.
Seu pai sempre disse que um dia haveria uma desgraça na família, mas só não contava ser ele a vítima.
Rodolffo estava determinado a assumir a empresa, mas sem perder a ajuda do tio. Este seria sempre o seu braço direito, o seu amigo e conselheiro. Tomaria o lugar do pai no seu coração.
Uma semana depois lá estava ele em frente ao staff da Mármores Guerra sendo indigitado presidente.