Cap. II

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Perante as evidências Juliette foi presa logo à chegada da polícia.

Os seguranças alertaram para a presença do uma outra pessoa, mas vasculhadas as instalações não foi encontrado mais ninguém.

Juliette estava bastante calma quando foi algemada e colocada no carro prisional.

A família de Eduardo foi informada da tragédia incluindo seu filho Rodolffo.

Desde criança, Rodolffo foi enviado para um colégio na Suíça para que pudesse estudar e tirar uma licenciatura.   O pai tinha sempre muito orgulho em dizer que o filho estudava num dos melhores colégios foi mundo.

Agora com 18 anos teria que voltar e talvez assumisse a empresa.

Conversando com seu tio paterno, Bernardo, acordaram só regressar no fim dos estudos.  Ia agora iniciar os estudos superiores e logo estaria licenciado em Gestão para poder assumir o lugar do pai.

O funeral  contou com pouca gente.  Alguns funcionários  da Mármores Guerra, Mariana a esposa,  e a filha,  acompanhados de tio.

Juliette permaneceu na prisão até ao julgamento.
Recebeu a visita da sua mãe e de um advogado.  Do seu pai não soube mais.

Em tribunal,  praticamente  abandonada por todos, Juliette apanhou 5 anos de reclusão em cadeia feminina.

Seu pai não suportou o remorso.  Em uma noite saiu para beber e quando regressava a casa morreu atropelado por um camião.

Sua mãe visitou-a por muito tempo, mas as visitas foram escasseando, até desaparecerem por completo.

Juliette sentiu-se muito sózinha.   Refugiou-se nos livros e recomeçou a estudar a partir da cadeia.  Lá não fez amigas.  Não se juntou a Ganges, mas também nunca opinou sobre as actividades dos mesmos.

Só tinha um pensamento.   Tornar-se advogada e aceitar casos de clientes que  não tivessem dinheiro, mas para isso deveria trabalhar para amealhar o máximo para se sustentar.

5 anos depois...

Rodolffo estava no avião de regresso à sua  cidade, à família,  à sua vida.

Seu tio mandou buscá-lo no aeroporto esperava-o uma grande recepção em casa.

Depois de cumprimentar todo o mundo, Bernardo raptou-o para o jardim.

- Ainda bem que vieste.  Já é hora de assumires os negócios da família.  Eu estou velho e cansado.

- Ainda preciso muito de si.  E eu vou vingar-me de todos os que tiverem participado disso tudo.

- A vingança não leva a lugar algum.
Segue a vida.  Os mortos não regressam do passado.

- Eu jurei e vou cumprir.  E ia começar pela mãe caso ela estivesse disposta a ser sincera com ele.

O caso falado  com o motorista nunca foi esclarecido e outros antigos que seu pai sempre comentou durante as vezes em que ele veio passar férias a casa.

Seu pai sempre disse que um dia haveria uma desgraça na família, mas só não contava ser ele a vítima.

Rodolffo estava determinado a assumir a empresa,  mas sem perder a ajuda do tio.  Este seria sempre o seu braço direito, o seu amigo e conselheiro. Tomaria o lugar do pai no seu coração.

Uma semana depois lá estava ele em frente ao staff da Mármores Guerra sendo indigitado presidente.

Nós dois e o restoOnde histórias criam vida. Descubra agora