Cap. XXIX

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O casamento foi lindo e eu aproveitei para tomar algumas notas que me inspirassem para quando fosse a nossa festa.

Ao todo seriam uns oitenta convidados entre amigos e familiares. 
Da empresa estavam alguns funcionários incluindo a Teresa que por sinal namorava um gato, minha nossa senhora.
Um homem alto dos seus 50 anos, grisalho e bem apresentado fisicamente.

Ao ver-me elogiá-lo tanto, Rodolffo amuou.

- Amor, não é porque estou contigo que não posso apreciar os outros homens.   Nunca olhaste para outra mulher e a achaste um mulherão?

- Já,  mas não digo assim na cara, como tu fizeste.

- Pois devias, porque pior é fazer nas costas.  E apesar dele ser um pedaço de mau caminho, ainda assim eu prefiro-te.  És o meu pedaço de mau caminho.
Não te troco por nenhum outro.

Beijei-a para provar que ela estava certa.  Se ela quisesse eu levava-a agora a caminho do quarto.

A recepção no salão do hotel estava muito bem conseguida e o baile que se seguiu deixou todo o mundo animado.

Era já meia noite, Juliette e eu afastámo-nos do local da cerimónia e caminhámos ao longo da praia unidos num abraço.

Numa região mais recatada ela insistiu para tomar banho.  A lua estava cheia e reflectida na àgua o que dava perfeitamente para ver onde estávamos.

- Entramos de roupa, Juliette?

- Não.   Todos nus.  Eu quero tomar banho nua.

Despidos e colocámos a roupa sobre uma rocha e entrámos na àgua.

A noite estava quente e a àgua tinha uma temperatura agradável.   Rodolffo segurou-me pela cintura e logo senti o seu meninin entusiasmado.

- Nem a àgua te arrefece?

- Que arrefece, que nada.  Tu és a brasa que acende o meu rastilho.  É só encostar e dá logo faísca.

- Está do jeito que eu gosto.  Vem para ali onde a àgua não passa da coxa.

- Para quê?  Não está bom aqui?

- Deixa de ser lerdo.  Aqui vou morrer afogada.

- Ah!  Entendi.  É todo teu.

- Vê se não vem ninguém.

- E eu lá consigo ver alguma coisa contigo aí em baixo?

Rodolffo atingiu o clímax e levou Juliette até à areia proporcionando-lhe prazer idêntico.
De seguida entraram novamente no mar onde ele a penetrou atingindo um orgasmo em simultâneo.

- Foi maravilhoso, disse ela.

- Encontramo-nos amanhã à mesma hora, no mesmo local para novo date?

- Vou fazer o possivel para vir.   Tenho que despistar o meu marido.

- Gosto da minha mulher adúltera.

Vestimo-nos e regressámos à festa, mas não saímos da praia, porque o meu cabelo e maquilhagem estava impróprio para o salão.

Na verdade, domingo à noite voltámos ao mesmo local e agora já com menos gente no hotel, a praia estava ainda mais deserta.

Amámo-nos novamente e ficámos deitados na areia a olhar as estrelas.  A lua não estava tão brilhante o que nos encobria ainda mais.  Fizemos amor uma e outra vez e só fomos dormir porque íamos dali directamente para o escritório.

A ideia de voltar domingo tinha sido descartada depois de termos descoberto o quão é agradável namorar à noite numa praia deserta.

Dormimos apenas 3 horas, mas levávamos as energias recarregadas para uma nova semana.

Este será sem dúvida um local onde viremos muitos fins de semana, disse Juliette após deixar o hotel.

Nós dois e o restoOnde histórias criam vida. Descubra agora