Cap. XIII

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Juliette lembrou-se que no tempo em que conviveu com Filipe antes do julgamento, almoçaram várias vezes e ele disse que seria alérgico a caju.

Juliette resolveu triturar alguns juntamente com avelãs e juntá-los ao grão de bico para os hambúrgueres.

Hoje para o espectáculo ser completo, Juliette resolveu vestir um dos uniformes das ex funcionárias.

Ela já o tinha modificado para uma ocasião especial. Subiu a bainha da saia de modo a que mostrasse metade da coxa e acrescentou alguns adereços.

Há hora combinada estavam todos sentados à mesa e surge Juliette com uma travessa na mão acompanhada de Maria com outra.

Há hora combinada estavam todos sentados à mesa  e surge Juliette com uma travessa na mão acompanhada de Maria com outra

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Os quatro ficaram incrédulos com o que estava na sua frente.

Mariana olhou para Rodolffo que se esforçada para não rir.

Marina olhava para a cara do tonto do Filipe que de olhos esbugalhados nem conseguia respirar.

Juliette serviu Rodolffo como habitualmente fazendo questão de empinar a bunda cada vez que era necessário dobrar-se.

Rodolffo começou a comer enquanto os outros olhavam para o jantar com cara de nojo. Filipe perguntou o que era, ao que Juliette fez questão de responder.

- Onde está a carne que eu e a mãe comprámos?

- No lixo. Fígado à segunda, peixe na quarta e o resto da semana vegetariano. Que eu saiba hoje é sexta.
Experimente, sr. engomadinho. Vai ver que gosta. Fiz especialmente a pensar em si, aliás hoje é tudo em sua homenagem, até a indumentária.

- Tal qual uma piranha, disse Marina.

- Cuidado com o que sai dessa boca ou queres ficar sem jantar?

- Como é que permitem esta humilhação. Mariana, Rodolffo!

- Come se quiseres e cala-te respondeu Rodolffo.

- Onde está o vinho que eu escolhi? O Filipe gosta de vinho.

- Eu disse que hoje só havia àgua. Advogados competentes não bebem nem usam outros produtos ilícitos. - sim, eu sabia que ele usava nos momentos de stress.

- Eu não vou comer isto, diz Filipe.

- Amor, faz um esforço, senão temos que comer amanhã.

- Sério? Vou fazer o esforço.

Eu não sei se Rodolffo realmente gosta ou se come para não dar o braço a torcer. A verdade é que ele nunca diz nada e come com satisfação.

Para sobremesa coloquei a cesta da fruta no centro da mesa para que cada um se service. Hoje não tem fruta descascada e cortada.

Depois de ouvir todos a resmungar, servi o café e voltei para a cozinha onde eu e Maria íamos comer.

A Maria delira com as minhas patifarias. Eu contei-lhe tudo o que passei e as condições do contrato. Ela chamou-me doida por ter aceite.

Diz que Rodolffo sempre a tratou bem, mas Mariana e a filha não.

Ouvimos um alvoroço vindo da sala e eu fui ver o que era.

Filipe estava deitado no sofá e Rodolffo desabotoava-lhe a camisa.

- Dêem espaço que ele tem falta de ar.

Filipe coçava ora os braços, ora o pescoço e cara, depois as pernas.
Tinha o corpo todo vermelho e cheio de borbulhas.

- Eu vou levá-lo ao hospital, disse Rodolffo.

- Vou contigo, respondeu Marina.

Os três saíram e Mariana disse:

- Espero que não tenhas nada a ver com isto ou eu vou acusar-te de tentativa de homicídio.

- Força. Quem sabe da próxima vez não falho e mudo de alvo.

Nós dois e o restoOnde histórias criam vida. Descubra agora