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Ret

Assim que deixei meus netos na escola, fui com a intenção de encontrar a Melissa, e por sorte a encontrei no caminho.

Quando ela me passou o endereço, achei um absurdo a mãe do meu filho trabalhar tão longe, vou resolver isso rapidamente.

Foi tão gostoso estar nós três naquele carro, parecia uma família.

Assim que chegamos, decidi passar o dia com ela e ajudar.

Eu: e onde eu coloco isso?- pergunto, com uns potinhos na mão.

Melissa: aqui - aponta, e eu coloco. Percebi que a Mel é muito perfeccionista, ela organizou tudo muito bem, enquanto isso, desisti de tentar ajudar, pois estava mais atrapalhando do que ajudando.

Peguei o Heitor e fiquei passeando com ele, passamos por uma loja e ele aponta para um ursinho.

Eu: Você quer? - pergunto, e como resposta ele deita a cabeça no meu ombro e me abraça.

Entro na loja e pego três tipos de ursinhos.

Caixa: Mais alguma coisa, senhor? - perguntou, e eu nego tirando meu cartão.

Saímos da loja e ele ficou muito feliz com seus ursos.

Fomos até o carrinho da mãe dele e ela nos olhou de forma estranha.

Eu: Mostra filho o seu ursinho para a mamãe - falo, e ele mostra o panda - Comprei o tigre e o macaco também, para eles não se sentirem sozinhos - falo, e ela ri.

Melissa: O urso vai se sentir sozinho? Pior que criança, viu - fala ainda rindo - Não pode deixá-los sozinhos um minuto que aprontam. Esses ursos devem valer meu fígado - ela fala, e eu nego.

Eu: Foi baratinho, pô. Não acho que uma pelúcia de 100 reais seja caro - falo dando de ombros e sentando ao lado dela.

Melissa: É o quê? Você está de brincadeira, né? - pergunta, e eu nego - Misericórdia, você deu 300 reais em três pelúcias? - pergunta indignada.

Eu: sim - resmungo e chega um cliente.

Melissa: Bom dia - fala, levantando-se, e foi impossível não olhar para a bunda dela.

Brinco com o Heitor enquanto ela atende o cara.

Cara: Esse é o seu WhatsApp privado? - pergunta, fazendo uma voz estranha.

Eu: É o meu parceiro, está interessado? - pergunto, levantando, e ele me olha assustado.

Cara: Não precisa, chefe, obrigado - fala saindo.

Eu: Folgado do caralho- resmungo.

Melissa: Não precisava falar assim - fala, sentando ao meu lado com os braços cruzados.

Eu: Estava querendo passar o número para ele? - pergunto.

Melissa: E se eu quisesse? - pergunta, e eu ignoro.

Eu: Calor do caramba - reclamo, indo até um vendedor ambulante - Me vê três águas sem gás aí - peço, e ele me entrega. Pago e volto para lá.

Entrego uma para ela, que continua com a cara fechada.

Não ligo, afinal, amanhã ela não estará aqui mesmo.

Uma senhorinha vem comprar e pede para ser atendida por mim.

Eu: Bom dia - falo, tentando ser o mais simpático possível.

Recomeço - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora