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Melissa:

Depois de cerca de dez minutos, ele estaciona no estacionamento de um restaurante chique. Ret abre a porta para nós.

Eu: Muito cavalheiro - digo saindo do carro.

Ret: Sempre fui, meu amor - ele diz e eu sorrio. Ele trava o carro, pega o Heitor no colo e passa a mão no meu pescoço.

E Essa intimidade toda, hein? Não que eu não esteja gostando.

Recepcionista: Boa noite, senhores. Sejam muito bem-vindos ao renomado Restaurante Estrela Dourada. Poderia me informar o nome da reserva, por favor?

Ret: Filipe Ret - ele diz sério.

Recepcionista: Estamos à disposição para tornar sua experiência conosco ainda mais especial. Por favor, me acompanhe até a sua mesa. Estamos ansiosos para proporcionar uma noite memorável para vocês - ela diz simpática.

Porra... ela decorou?

Sentamos em uma mesa no térreo do restaurante, com uma bela vista do Rio de Janeiro.

Ret: Vou precisar de um exame de DNA- olho para ele desconfiada. - Preciso apresentá-lo na facção como um dos meus herdeiros. Mesmo sendo o chefe, preciso levar o DNA para os conselheiros.

Eu: Hum, tudo bem, estou à disposição. Quando você quiser, faremos esse exame - digo tranquilamente.

Ret pede whisky e eu uma taça de vinho suave.

Eu: Sim - falo rindo - só descobri a gravidez na hora do parto - digo e ele me olha surpreso.

Ret: E a barriga? Não é possível que você seja tão lerda que nem percebeu os sintomas e o tamanho da barriga - fala coçando a cabeça.

Eu: Isso é o problema, minha barriga não cresceu, não senti nenhum sintoma de gravidez, estive uma gravidez silenciosa- falo e ele me olha chocado.

Ret: Nem sabia que isso existia - fala me olhando curiosamente.

Eu: Graças a Deus não aconteceu nada, mas e se acontecesse? A gravidez silenciosa tem seus riscos, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, ou que o bebê tenha alguma alteração genética ou condição de saúde, podendo colocar em risco a minha vida e a do bebê - explico a ele - por isso é importante a mulher fazer acompanhamento médico regular - falo por fim.

Ret: Caralho - fala baixinho.

Eu: É... Não foi fácil, mas graças a Deus estamos aí vivos e saudáveis - falo encerrando este assunto.

Fizemos nossos pedidos e eu fiquei mostrando todos os detalhes do Heitor ainda bebê.

Ret: Muito lindo, ele será o rei delas quando crescer - fala e eu dou risada.

Eu: Rei delas nada, estou ensinando meu filho a ser um homem de verdade, ele tem que tratar bem as mulheres, mostrar o quão especiais elas são - falo olhando para meu bebê.

Ret: Claro que nosso filho será respeitoso, mas vai ser pegador igual ao pai, né? - dou um olhar mortal para ele e o mesmo ri.

Eu: Vou nem falar mais nada, sinceramente - falo e ele continua rindo.

Ret: Olha, olha, olha - fala rápido olhando para um lugar, olho para o local e vejo um casal de mãos dadas.

Eu: Tem o que? - pergunto desviando o olhar do casal e olhando para ele.

Ret: Fique observando, dou 10 minutos para a mulher dele aparecer aqui fazendo barraco - fala e eu fico sem entender.

Eu, como uma boa fofoqueira, fico observando disfarçadamente enquanto como meu bom risoto de camarão.

Minutos depois, entra no restaurante uma loira de cabelos longos, com um corpo maravilhoso, que mulher linda, viu. Ela anda com dois seguranças enormes atrás dela, vai até eles calmamente e olha bem na cara dele, pega o vinho que ele estava tomando e derrama nele.

Ret: Essa aí é a mulher dele, Deolane, o nome dela - fala olhando vidrado para a confusão.

Deolane: Você está de brincadeira com minha cara, né Kevin? - pergunta irritada - eu em casa cuidando do nosso filho de 3 meses e você bem de boa com outra mulher, estou cansada de ser trouxa, sabe? Acabou - ela sai calmamente.

Caraca, ela não deixou ele falar nada.

Acompanho o olhar dele e vejo ela pegando um pedaço de pau e caminhando até um carro branco.

Ela começa a quebrar os vidros e amassar o carro todinho, ele corre para impedi-la.

Kevin: PARA, SUA MALUCA! - grita tentando impedir-a.

Deolane: VOCÊ NÃO ENCOSTA EM MIM NÃO! VOCÊ NÃO VIVE ME CHAMANDO DE LOUCA? ESTOU TE DANDO MOTIVO PARA VOCÊ ME CHAMAR DE LOUCA! - grita partindo para cima dele.

Os seguranças tentam impedir-a e os seguranças dela vão para cima dos seguranças dele, Kevin tenta avançar nela e o Filipe sai correndo.

Filipe: TÁ DOIDO, CARALHO? - grita, e o Kevin olha para ele assustado - Vai deixar ela quebrar seu carro, e vai ficar olhando calado, Ela já passou por muitas na sua mão. Quero ver você ir para cima dela - diz, afastando-se e chegando até ela para falar algo com a Deolane, e em seguida volta até nós.

Ret: Cê viu? - fala rindo. - Dei o toque para ela: se voltar para ele, vão os dois pra vala- diz, sentando e comendo calmamente.

Eu: Você fala tão tranquilamente sobre matar alguém - comento.

Ret: Esse é meu trabalho. Estou há mais de vinte anos nessa vida, Melissa. Para mim, isso é a coisa mais normal do mundo - responde, e eu apenas concordo, voltando a comer.

Recomeço - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora