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Melissa

Levanto da cama e gemo de dor, parece que fui espancada ontem. Filipe me fudeu com ódio.

Só sei que ontem até de cabeça para baixo eu dei.

Estou toda roxa, minha bunda está machucada, meu rosto vermelho dos tapas. Sento novamente na cama e dou um tapa nas costas do Filipe, ele acorda assustado, pegando a arma e apontando para mim.

Eu: Já não basta ter me espancado ontem, agora também quer me matar hoje? - falo e ele ri.

Filipe: Desculpe, você me provocou muito ontem. - fala e eu dou uma risada fraca.

Eu: Os homens são mentes fracas mesmo. - falo.

Filipe: Ontem você não reclamou enquanto estávamos transado, só pedia mais. - fala com um sorriso sarcástico.

Me levanto devagar e vou até o banheiro, estou toda machucada.

Fico me encarando no espelho, por que provoquei esse homem? Preciso cuidar da minha aparência para não parecer que estou sofrendo violência doméstica.

Filipe: Desculpe. - Ele fala, beijando meu pescoço.

Eu: Tudo bem. - falo sem muita energia, ele ri me fazendo arrepiar.

Entramos na banheira e tomamos banho juntos, sem malícia, só cuidando um do outro.

Depois de um tempo na banheira, coloco um roupão.

Filipe me pergunta se quero calça ou saia, escolho calça, então ele sai para comprar a roupa.

Minutos depois ele chega com minhas roupas, hoje vamos jantar na casa da mãe dele.

Eu e a mãe do Filipe ainda não nos conhecemos, estou nervosa, será ela vai gostar de mim?!

Termino de me arrumar, me olho no espelho e estou apresentável. Pego as roupas sujas e guardo na sacola.

Entramos no elevador e saímos direto na garagem, achei estranho por não passarmos pela recepcionista.

Filipe abre a porta e entramos, ele é muito cavalheiro, isso me conquista. Chegamos na comunidade e estou com fome, mas não quero comer em restaurante.

Chegando em casa, sinto vontade de comer farofa de ovo.

Vou até a cozinha e pego uma frigideira. Abro a geladeira, pego uma cebola e um tomate, corto os dois e coloco na frigideira. Pego uma colher de silicone, corto um pedaço de manteiga e jogo na frigideira. Ligo o fogo e sinto o cheiro do perfume do Filipe.

Filipe: Está fazendo o quê? - pergunta, me abraçando por trás e cheirando meu pescoço.

Eu: Farofa de ovo, vai querer? - pergunto.

Filipe: Você deixou de comer em um restaurante para comer farofa de ovo em casa? - pergunta, e eu sorrio.

Eu: Sim! Tem coisa melhor? - pergunto. - Só essa farofa me deixaria satisfeita - falo, continuando a refogar as verduras.

Filipe: Humilde, pô! - fala, sorrindo no meu pescoço, me fazendo arrepiar.

Eu: Abra essa geladeira e pegue quatro ovos para mim, por favor - peço. Ele abre a geladeira e me entrega os ovos. Quebro um por um em um recipiente pequeno e os coloco na frigideira.

Frito os ovos e desligo a frigideira. Pego o pote de farinha e coloco uma certa quantidade na frigideira. Abro a geladeira novamente e pego um potinho onde deixo o coentro já picado. Jogo na frigideira e misturo.

Pego um prato para mim, jogo coentro por cima para fazer uma gracinha, e faço o mesmo para o Filipe.

Pego uma garrafa de Guaraná e um Toddynho.

Filipe: Você vai comer farinha com ovo e Toddynho? - pergunta, e eu sorrio concordando.

Delícia! Faço uma dancinha de ombros que sempre faço quando estou satisfeita, enquanto só o Filipe me olha sorrindo.

Filipe: Muito linda - fala, dando-me um selinho enquanto se senta ao meu lado.

Comemos em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro.

Eu: Estou com saudades do Heitor. Não consigo ficar muito tempo longe dele - falo, e ele me olha.

Filipe: Vai ter que se acostumar com ele longe. Jajá ele começa a estudar - fala, e eu concordo. Não quero ficar longe do meu filho, mas ele precisa estudar.

Recomeço - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora