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Dia do encontro, visão Ret.

Ret

Após uma semana, retornei à comunidade e estou hospedado na casa do meu filho, pois, obviamente, minha casa está ocupada.

Saio do quarto e pego meu radinho, avisando que estou saindo.

Ao descer as escadas, encontro Karol assistindo TV no sofá, e o que me chama atenção é o menino que está assistindo com ela.

Eu: Bom dia - eu digo, e Karol me olha.

Karol: Bom dia, sogrinho. Vai sair? - a intrometida pergunta.

Eu: Vou trabalhar, né? Sou você não - eu falo, e ela gargalha.

Karol: Me respeita, que eu sou a patroa, tá? Trabalho em casa, meu bem - ela fala, e finjo que não ouvi.

Amo irritá- la. Karol é muito trabalhadora. Quando meu filho a conheceu, ela trabalhava o dia todo e estudava à noite. Aí, ela foi crescendo e abriu sua primeira loja de roupas. Hoje, ela tem uma rede de lojas espalhadas pelo Brasil.

Eu: E esse bebê lindo? - pergunto, chegando perto e ele pede colo.

Não dou conta de criança, mas amo demais.

Karol: Filho da minha amiga - ela responde, e acho estranho, pois até onde eu sei a Karol não tem amigas aqui no morro- Peguei ele para ajudar a mãe dele, diz oi para o tio Heitor - ela pede.

Heitor: Oi - ele fala e me abraça timidamente.

Que estranho, estou tendo a mesma sensação que tive quando peguei o Victor pela primeira vez no colo, e quando o Baco me chamou de pai pela primeira vez.

Kaique: Vovô, me leva! - ele chega correndo e pula em meus braços.

Eu: A chata da sua mãe não deixa - eu falo, dando beijinhos nele.

Karol: Perdi o respeito nessa casa mesmo, viu? - ela fala, e eu dou risada alta - Vem tomar café, Kaique. Daqui a pouco seu pai desce para levar vocês para a escola - ela fala, e ele faz cara triste.

Eu: O vovô promete que quando vocês chegarem, levo vocês para tomarem açaí - eu falo, e ele abre um sorriso.

Kaique: Tá bom vovô, te amo - ele fala e corre até a cozinha.

Entrego o Heitor para a Karol e vou até o quarto da Kamilla para me despedir dela.

Pego minha moto e vejo minha escolta rodear a moto. Estou indo olhar a obra do condomínio que estou construindo aqui ao lado do morro. Nele terá uma passagem secreta para o morro e será muito seguro. Será como uma fortaleza, com muros altos e pessoas armadas para garantir a segurança 24 horas.

Fala-se que o crime só tem duas saídas: prisão ou morte. No entanto, isso depende do seu nível. No meu caso, se eu morrer, a pessoa que me matar perderá a família inteira e morrerá da pior forma. Tenho poderes que me tornam intocável, mas sempre há alguém louco tentando contra minha vida.

Depois de verificar o progresso da obra, vou até o balcão para confirmar o envio dos caminhões de drogas para o Paraguai.

Assim que chego, Malandro vem até mim. Ele é meu braço direito aqui no galpão.

Malandro: Boa, chefe - ele fala e fazemos um toque- Contém 8 toneladas em cada caminhão, incluindo maconha, metanfetamina, pó e k9 - ele explica assim que chegamos no caminhão.

Eu: Cadê o spray? - pergunto.

Assim que me entregam o spray, começo a fazer o código para evitar que a Polícia Rodoviária Federal pare o caminhão.

1618156519191518

Escrevo esse código nos dois caminhões, sendo a numeração do nome "Professor".

Todos os caminhões que saem com drogas devem ter o meu código, seja internacional ou não.

Quando o caminhão passar pela Polícia Rodoviária Federal e ver o código, vão fingir que nem viram. Eu tenho o poder do Brasil em minhas mãos.

Não precisamos comprar nada internacionalmente, tudo é fabricado aqui no Brasil: armas, bombas, tanques de guerra e outros.

O Brasil é fornecedor para todos os países da América Latina, além de alguns países da Europa, África e Ásia.

Fiquei preocupado com a minha casa no morro, pois ela é meu cofre. As paredes dela são ocas; há dinheiro e joias por todo lugar naquela casa. Não é só nela, mas em outras casas que me pertencem.

Nado em dinheiro, mas prefiro não esbanjar.

Meus netos têm uma poupança no banco, com milhões guardados para o futuro deles; afinal, nem sempre estarei aqui.

Amo gastar e viver a vida que o crime me proporciona, mas tudo em segredo - o que ninguém sabe, ninguém estraga.

Malandro:Lá vem ela - ele fala rindo quando a irmã dele vem até nós, brincando com uma faca.

Bella: Oi, gente - ela fala sorrindo, e percebo o motivo de sua felicidade pela mancha de sangue em seu rosto e a faca em sua mão suja.

Eu: Quem foi o motivo da sua felicidade hoje? - pergunto enquanto ela sorri.

Bella: Matei meu papai - ela fala, lambendo a faca e sorrindo.

Eu: Tava demorando, já foi tarde - eu falo, e ela sorri como o Coringa.

Malandro: Tá me assustando, sua maluca - ele fala, rindo. - Vem cá, orgulho do irmão - ele fala e a abraça. - Sei que você se faz de durona, mas matar aquele filho da puta mexeu com você - ela olha para ele e nega.

Bella: Foi preciso. Ele me fez muito mal e eu prometi para mim mesma que iria acabar com ele, e hoje realizei minha promessa - ela fala com voz fria.

A Bella é uma das pessoas mais competentes que trabalham para mim. Ela não tem frescura, se eu mando ela fazer, ela faz e nem me questiona.

Bella: E o seu filho? - pergunta, e eu dou risada.

Eu: Você iludiu o garoto e vazou.

Bella: Não iludi, falei que era só uma transa e ele ficou no meu pé - ela fala e faz careta - você sabe que não gosto disso. Agora já vou, a Ana Laura deve estar me esperando - fala e se despede de nós.

Faço o que eu tenho que fazer no galpão e volto para casa.

Chegando lá.....

Próximo capítulo tem narração dos dois e visão do ret reencontrando ela.

Recomeço - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora