Melissa, uma jovem cheia de vida, é levada a um baile onde acaba se envolvendo com o chefe do tráfico, sem imaginar que uma gravidez silenciosa estava prestes a mudar completamente seu destino. No último instante, na sala de parto, Melissa é surpree...
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Melissa
Deixei o Heitor com a Karol e vim ver a obra da minha confeitaria. Estão colocando novos pisos, os antigos eram feios e nem um pouco chamativos, dando um ar de sujeira.
Conversei com o mestre e ele disse que vai demorar um bom tempo para tudo ficar pronto.
Deixei o lanche que trouxe para eles e me despedi. Preciso voltar para casa logo, não quero abusar da boa vontade da Karol. O Filipe nem sabe que saí, ele disse que quando eu saísse era para avisar ele para os seguranças me acompanharem, mas acabei esquecendo.
Chamei um Uber e fiquei esperando em frente à loja.
Uma van branca parou ao meu lado, foi tudo muito rápido. Um homem desceu, me pegou e me jogou dentro da van. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele colocou um pano com cheiro forte em meu rosto.
Meus olhos ficaram pesados.
•••
Acordei com minha cabeça latejando. Antes de abrir os olhos, senti um cheiro de podre. Automaticamente, minha mão tentou cobrir meu nariz para não sentir o cheiro, mas percebi que estava amarrada.
Abri os olhos e vi que estava em uma sala minúscula, com ratos andando pelo chão. Estava amarrada e com um pano na boca. Tentei me soltar, mas sem sucesso. Finalmente, consegui tirar o pano da boca.
Eu: Socorro! - tentei gritar, mas minha garganta estava tão seca que não consegui.
Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Meus olhos arderam quando a porta foi aberta abruptamente, inundando a sala de luz.
Vi Anna e sorri fraco, esperando que ela viesse me soltar.
Anna: Está gostando da estadia? - perguntou rindo, e meu sorriso desapareceu. Ela claramente não veio me salvar.
Eu: Filipe vai acabar com a sua vida - falei, recebendo um tapa no rosto que me fez virar.
Anna: Ele não vai, sabem porquê? Eu vou consolá-lo. Que peninha, sua vadia foi sequestrada - falou com irritante tom de voz - Vou dar a ele tudo o que um homem carente precisa. Vamos nos casar e farei com que ele mande aquele bastardo estudar no exterior. - contou seu plano e eu neguei.
Eu: Você não vai conseguir, sabia por que? - perguntei - A única coisa que Filipe sente por você é desprezo - olhei para ela com nojo.
Ela pegou um taco e começou a me bater. Fechei os olhos e gritei de dor.
Anna: Ele será meu, ele será meu - repetiu várias vezes enquanto me batia.
Ouvi alguém falando em espanhol com ela e ela parou de me bater.
Anna: Sorte sua que você está aqui por um propósito maior, sua vadia - falou se afastando.
Abri os olhos e vi um homem de terno me observando. Mais um louco na minha vida.
Eles saíram da sala e tudo ficou escuro.
Vi muitos espíritos destruídos, com aspecto triste, alguns magros e sujos, suas roupas manchadas de sangue, uns frescos e outros secos.
Escutei uma gargalhada agradável. Pela fresta de luz, vi uma mulher vestida de vermelho.
Mulher: Boa noite, moça - outra gargalhada, sua voz doce - Estão tentando te derrubar, mas esqueceram que você tem guardião, tu tem pai e mãe de cabeça. Você sairá disso e se tornará uma mulher forte. Que assim seja. - ela gargalhou.
Eu: Assim será - falei baixinho.
Mulher: Sou Padilha, do cabaré. Desencarnei por inveja e não deixarei filha minha passar por isso. Firme a cabeça, peça ajuda. Você tem guardião, mulher de Padilha nunca fica caída. - ela gargalhou - E vocês virão comigo. - diz e some gargalhando, levando aqueles espíritos com ela.
Eu vou sair dessa, vai ter volta!
Fico a noite toda acordada, já está de manhã, tenho certeza, estou com muita fome.
A porta é aberta e por ela passa quem eu nunca esperava que passasse, Karina, a pessoa que eu já considerei minha irmã.
Karina: a vadia da Anna pegou pesado - fala rindo.
Eu: Por que, Karina? - pergunto - Eu te considerava uma irmã - falo e ela nega.
Karina: Que irmã, Melissa? Eu era sua sombra, era tudo você, apenas girava ao seu redor - fala e eu nego - O Ret meu, era para ser eu no seu lugar, você sempre toma o que é meu - agora quem ri sou eu.
Eu: Karina, por favor, pare de se fazer de vítima. Você sempre quis tudo o que eu tinha, alisou o cabelo porque o meu era liso! Todos os meninos que queriam ficar comigo você ficava primeiro, roubava minhas roupas e perfumes - falo e ela ri.
Karina: Trouxe sua comida - joga um pão velho mofado e uma garrafinha de água - Economize, essa será sua única alimentação - fala, me soltando, e eu observo o pão ser comido pelos ratos. Pego a água e tomo metade.
Autora:
Se tiver erro, relevem, estou caída de sono, acabei de revisar. Beijoo ♥️