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Ret

Assim que me despeço deles, meu filho pede colo. Pego-o e ficamos um tempinho abraçados.

Eu: O papai tem que ir- falo baixinho em seu ouvido.

Heitor: Naum papai- resmunga, abraçando-me mais.

Esse cheirinho de bebê dele me conforta.

Eu: Você precisa ficar para cuidar da mamãe parceiro e não deixar nenhum homem chegar perto, certo?- falo em seu ouvido.

Heitor: Uhum, tchau papai, amuu- fala.

Eu: Também te amo muito- falo e entrego-o para a mel.

Me despeço e entro no carro, passo na padaria e compro uns lanches para os pedreiros. Estou indo olhar a construção do condomínio. Chegando lá, já vejo os engenheiros e pedreiros trabalhando. Todos os pedreiros que estão aqui são dos morros que eu comando ou tenho algum envolvimento.

Cumprimento-os e entrego os lanches. Chego no engenheiro chefe e ele me fala que minha casa está quase pronta. O condomínio em si está pronto, só as casas que estão em andamento. Só vai morar aqui a família e uns seguranças.

Depois de olhar tudo direitinho, me despeço deles e entro no carro. Coloco o Djonga para cantar e sigo tranquilo até o galpão. Chegando lá, deixo o carro no estacionamento e entro. Esse galpão é enorme.

Vou direto para minha sala e no caminho vejo um funcionário passando rádio para alguém, tenho certeza que é avisando que eu cheguei. Já estão aqui me perturbando. Entro na sala, fecho a porta e sento em minha cadeira.

Fico trabalhando no computador até a minha porta ser aberta. Desarmo minha arma e atiro na direção deles para assustar.

Anna: Filho da puta! - gritou pulando.

Bella: Ai, caralho, seu retardado! - gritou, colocando a mão no peito.

Livinho: Que é isso, amor? Se eu morrer, você vai ficar viúvo, hein.- falou, e eu ri.

Malandro: Eu ainda vou morrer do coração.- falou, sentando no sofá do canto da sala.

Eu: Isso é para vocês aprenderem a bater na droga da porta. - falei, fingindo estar bravo.

Livinho: Tá vendo como você é? O amigo estava viajando por meses e quando volta é recebido desse jeito.- falou, dramático.

Livinho estava na Espanha resolvendo alguns problemas do nosso galpão de lá.

Eu: Bem-vindo de volta, mané. - falei, ainda cuidando de coisas no computador.

Livinho: Eu estava morrendo de saudades do meu amorzinho.- falou, me abraçando, e logo me afastei.

Eu: Sai dessa louco. E você, Anna, o que está fazendo por aqui?- perguntei, voltando a me sentar, começando a enrolar um baseado.

Anna: Não sei se você sabe, mas eu trabalho aqui." - falou, jogando-se no sofá.

Eu: Ah, é verdade. E qual é o motivo de todos os imbecis estarem aqui? - perguntei, acendendo meu baseado.

Bella: Problemas, meu amigo. A polícia está aí, recebeu denúncia.- falou, e eu revirei os olhos.

Eu: E por que não falaram antes? - perguntei, e eles deram de ombros.

Saí da sala, com eles me acompanhando, e entreguei meu celular para Anna, que estava mais perto de mim.

Recomeço - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora