18

9.4K 605 88
                                        

Uma semana depois

Melissa

Estou arrumando minha bolsa para passar o fim de semana na casa do Bruno. Hoje é aniversário da tia, então vamos fazer uma comemoração só nós mesmos, os mais próximos, e no outro dia iremos à praia.

Pego minha bolsa e a do Heitor e coloco no sofá, onde está o Ret e o Heitor no maior chamego.

Ret: temos que ir mesmo? - pergunta abraçando o Heitor e cheirando ele.

Eu: Sim, precisamos. - falo desligando a TV. - Vamos? - pergunto.

Heitor: Naumm- fala abraçando o pai.

Eu: Vamos sim, você não se manda. - falo rindo e pego ele no colo. - Vai levar as bolsas, né? - pergunto ao Ret e ele concorda pegando.

O Filipe vai nos deixar na casa do Bruno.

Coloco o Heitor na cadeirinha enquanto o Filipe coloca as bolsas no porta-malas.

Ret: Vai ter homem lá? - pergunta do nada, dando partida no carro.

Eu: Vai. - falo enquanto mando mensagem para o Bruno avisando que já saímos de casa.

Ret: Hum. - resmunga batucando no volante.

Eu: Não entendi. - finjo não entender.

Ret: Não tem nada para entender, não, Melissa. - fala sério.

Ixii, o corno está puto.

Fomos o caminho todo escutando o Djonga.

Eu: Procuro alguém que me faça ser bom de novo, E me lembre como eu amo comer pão com ovo, Que restaurante gourmet é até bom, Mas arroz, feijão e carinho é o prato do povo - canto baixinho, encostando minha cabeça no assento do carro.

Ret: Me faça não ter vergonha de errar, Me faça entender que o mundo ainda é mais que o meu ego, Que as meninas que me importam estão dentro do meu lar, Então me ensina a passar a visão pra eu não criar um menor cego- canta, olhando para mim, e eu sorrio envergonhada.

Depois de uns 20 minutos, chegamos no bairro do Bruno.

Ret: Qual é a casa? - pergunta.

Eu: Aquela branca que tem um pessoal na porta. - aponto e ele concorda.

Ele estaciona o carro e os fofoqueiros ficam olhando, vulgo Bruno Henrique e tia Carla, como os vidros do carro são fumê, não dá para ver nada.

Desço do carro e o Bruno me olha curioso.

Eu: Oi, minhas vidas. - falo abraçando eles. - Vou pegar o Heitor. - falo abrindo a porta traseira do carro.

Tiro ele da cadeirinha.

Heitor: Bobó. - fala indo para o colo da tia Carla.

Tia Carla: Oi, meu amor, que saudade que eu estava de você. - fala abraçando ele.

O Ret tira as bolsas e me entrega.

Ret: Tchau, até segunda. - falo e ele me puxa para um abraço e cheira meu pescoço.

Ret: Se ligue na sua caminhada, Melissa. - sussurra no meu ouvido e se afasta.

Não estou entendendo o Filipe, nossa relação esses dias foi só de pais, só falamos sobre o Heitor.

Heitor: Papai. - pede colo ao pai e o Filipe pega ele.

Eles ficam de chamego por uns minutos e o Filipe susurra alguma coisa para ele, e me entrega o Heitor.

Recomeço - Filipe RetOnde histórias criam vida. Descubra agora