Capítulo 2.

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Enfim chegaram a Party House, Manuela não aguentava mais as três conversando e cantando músicas que ela nem sabia que existia. Ela não via a hora de acabar aquele pesadelo. 

- Olá meninas, 10 reais por pessoa. - disse o segurança.

- Tome aqui seus 40 reais. - falou a Bruna entregando o dinheiro. - Vamos lá meninas que a noite é uma criança.

Thinking Out Loud era a música que tocava quando elas entraram na Party House. Por incrível que pareça era a música que Manuela mais gostava, então ela começou a se sentir bem naquele espaço onde passaria seu final de noite e boa parte da madrugada. E sua cantoria foi interrompida por um garoto que ela desconhecia, logo se desculpando por sem querer ter empurrado ela.

- Oi, me desculpe não tive ai. - falou o garoto.

- Não foi nada. - responde Manuela.

- Oh que falta de educação a minha. Como é o seu nome?

- Manuela.

- Prazer Heitor. Me dá a honra de dançar com você?

Manuela apenas assentiu com a cabeça. Enquanto sentia as mãos de Heitor lhe agarrando pela sua cintura. Então os dois em perfeita sintonia começaram a rodopiar pelo salão. Até parecia que estivessem ensaiando à um bom tempo.

- Te achei conhecida, é daqui do Rio mesmo?

- Sou sim, só que passei 2 anos e meio morando em Minas Gerais, aí peguei o sotaque mineiro. Agora estou em uma fase de novo aprendimento do sotaque carioca.

- Morro de vontade de conhecer Minas Gerais. Queria ir com uma pessoa que conhecesse lá, aí seria mais fácil de conhecer todos os pontos turísticos, como o Centro de Arte Contemporânea Inhotim, o Estádio Minerão, vê o Flamengo dá uma goleada no Cruzeiro.

Manuela ficou imaginando que aquilo fosse um convite indireto para ela. Nunca teria conversado com um menino tão atraente e educado, que nem ele. E sim, ele estava ali bem a sua frente, lhe abraçando e lhe conduzindo à uma dança.

- Manuela?

- Oi me desculpe, meus pensamentos estavam muito longe.

- Vou buscar umas bebidas para nós.

- Estarei ali com minhas amigas.

Ela foi andando em passos lentos à mesa onde estavas suas amigas. Pensando sozinha. Já vimos um sonho se transformar em pesadelo, mas um pesadelo em sonho era quase impossível. Quando chegou a mesa era como se a máquina do tempo estivesse descarregado. Ela sentiu o mundo caindo em suas costas.

- Amiga, o que foi que ele te disse? Ele te pediu em namoro? Você aceitou né? Você não é maluca de ter dado um fora naquele gato? - falou Bruna, parecendo que ela não ia parar mais de falar. Virou tagarela de uma hora pra outra.

- Calma Bru, a Manu vai falar tudinho, somos melhores amigas ela não vai mentir pra gente, ou vai? -perguntou Vitória com um ar de desconfiança.

- Concordo com vocês duas, mas vamos deixar pra ela falar quando chegamos na casa da Bru, porque olha quem tá vindo ali. Ele, e mais três amigos. E se ele nos pedir em namoro? Vamos poder realizar o meu sonho de sair nós quatro em casal. - exclamou a Gabriela.

Nem deu tempo de Manuela virar de costas para olhar quem estava vindo, porque assim que chegaram os meninos se acomodaram, nas quatro cadeiras restantes da mesa. Todos bem vestidos e educados como o Heitor. Mas nenhum chegava aos pés, dele, o menino impar daqueles pares de pessoas que estavam na mesa.

Assim que chegaram, Manuela sentiu um frio na barriga, era como se seus órgãos do sistema digestivo estivessem pulando e sendo digeridos um pelo outro.

- Olá Manu, elas que são suas amigas? Muito prazer me chamo Heitor, esses são meus amigos, Pedro, Daniel e Lucas. 

Se apresentaram um dando um beijo na mão de cada uma. 

- Oi Heitor, sim essas são minhas amigas, Bruna, Gabriela e Vitória. Sintam-se á vontade.

Passaram de duas horas deles conversando. Então o pai da Bruna ligou avisando que já iria buscar, pois já era 4h50min da manhã.

O pai da Bruna chegou na Party House, e elas se despediram dos meninos. Descobrindo que Daniel morava no condomínio da Bruna, e marcaram de se encontrar na área de lazer.

Para sempre nunca.Onde histórias criam vida. Descubra agora