Capítulo 12.

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O primeiro dia de aula em um novo colégio é sempre bom. Mas aquele primeiro dia de aula não estava sendo nada bom. Durante a semana toda, ela não iria mas ver o sorriso de Heitor, e os seus olhos brilhantes como a lua. Não teria mas seus amigos para ficar rindo à toa. Ela estava sozinha naquele novo mundo. Todos os olhavam de canto. Ela estava se achando um monstro.

Até conhecer uma menina Paola, que também estudou no São Bento.

- Não acredito é você Manuela? Lembra de mim? Talvez não. Sou a Paola, estudamos juntas na quinta série.

Manuela não lembrava dela mas mesmo assim cumprimentou:

- Oi Paola. Tudo bem?

- Tudo, que sala você é?

- Sou primeiro ano B.

- Oba somos da mesma sala. Vem vou te apresentar meus amigos.

Manuela foi seguindo Paola até chegar em um corredor.

- Gente essa é a Manuela, ela é da nossa sala, novata. Já estudei com ela na quinta série, muito gente boa.

Manuela se enturmou rápido, ela era uma pessoa fácil de se lidar.

Enfim o domingo de libertação chegou e Manuela pode matar a saudade de Heitor.

- Meu amor. Pode vim aqui em casa? Precisamos conversar. - disse Manuela no telefone.

- Sim, chego aí em 10 minutos.

Palavra seja dita, Heitor chegou em dez minutos e entrou no quarto de Manuela.

- Heitor?

- Oi.

- Lembra de segunda? Então é sobre isso que eu quero conversar.

- Você tá faltando a semana toda, ligo pro seu celular só da caixa, pra sua casa você não pode falar. O que está acontecendo? O que eu fiz?

- Você não fez nada, quem fez fui eu. Segunda meu pai pegou minhas notas e me tirou da escola. Por isso que eu tô faltando. Meu celular ele tomou só posso usar dia de domingo, por isso que só te liguei hoje. O computador só posso usar para atividades escolares, sob a supervisão de minha mãe. Minhas tardes então muito ocupadas com atividades extras. Sábado é dia deu eu faxinar a casa e lavar o carro dele. Domingo é o meu único dia livre.

- Nossa que castigo esse viu? Calma amor, isso é de passagem, logo sua rotina volta ao normal.

Era seis horas da noite e o pai de Manuela abriu a porta do quarto e disse:

- Só cinco minutos. 

Foi tempo suficiente para Heitor e Manuela trocarem beijos e carícias. Até o pai de Manuela abrir de novo a porta.

- Acabou o tempo Heitor, até domingo.

Manuela não via a hora de sair daquela prisão.


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