Capítulo 11.

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Como todos os pais de alunos do colégio São Bento os pais de Manuela foram conversar sobre o desenvolvimento e pegar as notas da unidade.

- Oi senhor e senhora Jackson. - a recepcionista cumprimentou o pai de Manuela.

- Oi, a coordenadora está?

- Está sim, quer falar com ela?

- Sim.

A recepcionista entrou dentro da sala e chamou o pais de Manuela.

-Entrem por favor! Vou deixar vocês a sós.

- Bom dia senhores Jackson.  - disse a coordenadora.

- Bom dia, como foi a viajem, a Manuela se comportou bem?

- Sim, ela é uma ótima aluna do colégio.

- E o desenvolvimento dela, está bem?

- Ela uma ótima menina, mas o desenvolvimento dela teve uma queda, o melhor a fazer agora é conversar com ela, o que ela precisa é se esforçar bem. Ela é uma aluna participativa, todos os professores falam bem dela, mas as notas estão um pouco baixa. Se ela se esforçar ela consegue recuperar.

- Recuperar? Minha filha nunca teve nota baixa. Ela se esforça bastante e sempre digo a ela que pra tudo é preciso estudar, para ser uma pessoa na vida. A gente pode perder tudo na vida, dinheiro, amigos, pais. Mas o conhecimento e o estudo ninguém tira. Isso não é uma coisa temporária. Isso vai permanecer pra sempre. 

- Concordo com o senhor. Mas precisamos ter calma, e ver o que é o melhor a fazer.

- Calma nada, minha filha está correndo o risco de ficar na recuperação final e quer que eu fique calmo? Faço todas as vontades dela, faço de tudo para por um sorriso na cara dela. Por favor chame ela.

A coordenadora saiu e foi buscar Manuela.

- O que você vai fazer? - perguntou a mãe de Manuela.

- Vou fazer o que eu acho certo, e não tente me impedir, senão vai sobrar pra você! - respondeu o pai de Manuela com raiva.

Manuela chegou, e percebeu o clima tenso que estava na sala.

- Manuela olhe esse boletim. - disse o pai dela.

Manuela olhou e ficou calada.

- Não precisa dizer nada. Já tomei minha decisão, você vai sair do colégio amanhã mesmo. Você vai estudar no Colégio Sagrado Coração de Maria, vou hoje mesmo. Quero a transferência.

- Mas pai?

- Manuela você nunca foi assim, você está conversando muito, seu namoro está influenciando nos seus estudos, então para você recuperar você vai para o Sagrado Coração de Maria sim, sem mais nem menos. Conversamos em casa.

Manuela não queria conversa com mais ninguém, queria morrer, sair daquela lugar o mais rápido possível.

- Manuela, o que está acontecendo? Me espera precisamos conversa. - disse Heitor puxando-a.

- Heitor depois a gente se fala.

Enfim Manuela chegou em casa.

- Vai comer Manuela. - disse o pai de Heitor.

- Não tô com fome.

- Já que você não vai comer, venha cá.

- Você vai sair do colégio sim, só vai poder ver o Heitor e seus colegas aqui em casa dia de domingo.  Sua rotina é casa escola, escola casa. E vai ter horário para dormir, dez e meia na cama. As tarde de segunda e quarta você vai fazer aula de dança e caratê. Terça, quinta e sexta aula de espanhol, inglês e francês. Sábado fazer faxina na casa e lavar meu carro, e domingo você é livre. Celular só no domingo, computador só para atividades, pela supervisão de sua mãe. Ok?

- Ok.

Manuela subiu, chorou, chorou, queria ser invisível pelo resto da vida. Queria que ninguém notasse ela nunca mais.


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