Capítulo 20.

15 2 0
                                    

Menor de idade vai preso por dirigir depois de ingerir álcool.

Um jovem que andava na Avenida Dom Pedro I, por volta das três e meia da manhã de sábado 25 foi preso bêbado dirigindo uma caminhonete em alta velocidade.

O pai do jovem compareceu a delegacia, prestou depoimento. E o acusado, conhecido por Miguel Borges foi liberado. Irá pagar multa gravíssima de mil novecentos e quinze e quarenta centavos (R$ 1915,40), além de sete pontos na carteira do responsável e suspensão da CNH por 12 meses. Mais a multa por dirigir em alta velocidade de quinhentos e setenta e quatro reais (R$ 574,00), resultando no valor de dois mil quatrocentos e oitenta e nove reais (R$2489,4).

Policial explica o caso:

"O jovem teria acabado de sair da casa da namorada, passou em um bar pelo convite de amigos, ingeriu uma grande quantidade álcool, e quando estava voltando para casa, tinha uma viatura da polícia andando pela ruas, quando passou uma caminhonete em alta velocidade, nós seguimos o carro, pedimos para ele encostar o carro e fizemos o teste do bafômetro, foi quando ele assumiu que teria ingerido álcool. Levamos para a delegacia e ligamos para o responsável. Ele passou o resto da madrugada em uma cela sozinho, as sete da manhã de hoje (domingo, 26) foi liberado por pagar as multas e levar sete pontos na carteira."

Estado de Minas.

Belo Horizonte, domingo 26.

Foi a primeira coisa que a avó de Manuela viu quando pegou o jornal. Ela ficou nervosa, e começou a acordar a neta. 

- Manuela acorda! Você precisa ver isso. Manuela! 

- Oi vó, o que foi? Calma.

- O Miguel foi preso.

Manuela pegou o jornal da mão de sua vó, e leu a notícia. Sua única reação foi ligar para um táxi, e pedir para levar na casa de Miguel.

- Qual seu destino? - perguntou o taxista a Manuela que parecia está muito nervosa.

- Avenida Abílio Machado, rua Justino Carneiro. Ande rápido por favor.

Por sorte não encontraram engarrafamento no caminho. Assim que chegou na casa de Miguel, ela bateu na porta e tocou a campainha. Até que o pai de Miguel abriu a porta.

- Bom dia Manuela.

- Bom dia sogro, cadê o Miguel?

- Tá no quarto, pode ir lá ver ele.

Manuela subiu as escadas.

- Tchau Bi, depois você vem aqui em casa!

- Oi Miguel.

- Oi Manu, meu amor que saudade. - Miguel se aproximou pra beijá-la e Manuela se esquivou.

- Quem é Bi?

- Uma amiga.

- Ah uma amiga? 

- É, por quê?

- Ah nada.

O celular de Miguel tocou novamente, ele correu e atendeu colocando o telefone no alto falante.

- Oi Mari. 

- Oi Mi.

- Tudo bem?

- Tudo sim, tô com saudade denguinho. 

- (risos). A gente se ver por aí.

- Vem aqui em casa hoje, tem umas amigas que querem te conhecer.

- Vou ver se passo aí nestante.

Miguel desligou o telefone e voltou a prestar atenção em Manuela.

- A Mari quer te apresentar umas amigas? Por quê você não falou que tem namorada, e que ela está aqui ouvindo a conversa.

- Ela sabe.

- Ah ela sabe? Quero conhecer ela, vamos lá agora pra me conversar com essa Mari, simpatizei bastante com ela.

- Manu? Você está com ciúmes.

- (risos), eu com ciúmes? Miguel o que significa isso?

Manuela pegou o jornal, e jogou na cama de Miguel.

- Ah isso foi ontem de madrugada, você não leu?

- Li sim.

- Então?

- Então?! Não acha que me deve satisfação?

- Eu saí, fui pra um bar com uns amigos, bebi umas cervejas e fui pego pela polícia.

- Olha só, acho melhor eu ir embora. Que tal você ligar para Bi e Mari, pedir pra elas curarem sua ressaca e depois você me liga pra conversarmos.

- Eu estou bem Manuela.

- Não é o que tá parecendo. Tchau, já vou, depois a gente conversa tá?

- Já vai? Nem um beijo?

Manuela saiu e bateu a porta do quarto de Miguel! Quando foi parada pela mãe de Miguel.

- Manuela o que aconteceu?

- Nada, só preciso ir embora.

- Quer uma carona, tô indo pra perto de sua casa.

- Não precisa, já chamei o táxi.

Quando Manuela chegou em casa a avó veio direto falar com ela.

- Manu o que aconteceu?

- Nada vó não quero conversar.

- Tudo bem.

A avó de Manuela saiu do quarto e fechou a porta.

Manuela começou a chorar, sentindo seu rosto cada vez mais úmido. Enfiou o rosto no travesseiro para abafar o grito. Então pegou uma folha de papel e começou a escrever.

Raiva, raiva, raiva, raiva, raiva, raiva,raiva, raiva, raiva, raiva, raiva, raiva, raiva, raiva, raiva. Eu vou matar ele. Ele e suas amigas. Eu quero sair desse pesadelo. Socorro, eu não aguento mais. Menos de um mês de namoro e ele já está aprontando. No que isso vai dá? Foi a escolha certa a fazer?

Manuela rasgou o papel e p jogou no lixo.

Para sempre nunca.Onde histórias criam vida. Descubra agora