Era doloroso acordar todos os dias de manhã, ir pra escola e ver Miguel abraçando as outras meninas.
- Manu, para! Ele não te merece, ele é um ridículo que brincou com a minha prima. Agora você que vai brincar com ele. - disse Mirela, sacudindo Manuela.
- Mi, não é bem assim, eu gostava dele, e pensei que ele sentia o mesmo por mim. E ver ele assim sorrindo a toa, pegando todas as meninas machuca.
- Sabe o que eu acho? Você vai fazer quinze anos, né? Você transfere a escola pro Rio passa um tempo com seus pais, e depois você viaja. Que tal?
- Até que não é uma má ideia vou falar com a vó.
Manuela estava doida pra chegar em casa, e falar pra sua vó. As horas apreciam não passar. Ela inda teve que passar no secretaria e pedir transferência, mas a diretora disse que sua vó teria que ir lá. Mas finalmente ela conseguiu chegar em casa.
Ela ainda estava triste pelo episódio que aconteceu dias atrás. Por isso chamou sua vó para conversar.
- Vó, não queria te deixar aqui em BH só, mas a Mirela achou a luz no fim do túnel pra mim. Ela deu a ideia de eu voltar pro Rio, passar o resto do ano. No meu aniversário eu viajo. Mas eu tô fazendo isso só pra esquecer aquele idiota.
- E seus estudos minha neta?
- Eu passei na secretaria, conversei com a diretora, expliquei tudo, e ela disse que a senhora tem que ir lá pra assinar os papéis da transferência. Mas posso pedir um favor?
- Pode.
- Um não, dois. Não fala nada pra minha mãe, quero fazer uma surpresa, mesmo que seja por um motivo triste, e vai lá hoje de tarde vó?
- Tudo bem. Vamos almoçar?
- Não quero almoçar agora, vou arrumar minhas malas, com as minhas economias vou comprar uma passagem pra hoje.
- Então eu te ajudo.
- Não precisa vó.
A vó de Manuela decidiu não insistir e saiu do quarto. Manuela aproveitou pra pegar um papel e escrever uma carta pra sua vó.
Manuela estava pronta, almoçou, e foi direto pro aeroporto com sua vó. Dentro do carro, elas trocavam belas palavras.
- Vozinha, sentirei saudades.
- Eu também meu anjinho.
Manuela se despediu dando um abraço forte em sua vó, sentindo lágrimas rolarem em seu rosto. A porta da sala de embarque se fechou, e foi a última vez que Manuela viu sua vó.
Já entrando no elevador, Manuela sentiu um peso em sua consciência. "Isso é o certo a fazer?" , era a única coisa que vinha a cabeça de Manuela. Ela colocou suas malas na parte de cima e se sentou. Logo depois veio uma menina e se sentou ao seu lado.
- Oi, - a menina falou. - Tudo bem?
- Oi, tudo e com você?
- Mais ou menos, fugir de casa e vou pro Rio não conheço ninguém lá.
- Mas por que você fugiu de casa?
- Brigas com minha família, eu não aguentava mais, aí resolvi dá um tempo na minha vida e conhecer novas pessoas. E você foi a primeira que eu conheci. Prazer Cláudia.
- Meu nome é Manuela.
Elas conversaram todo o tipo de assunto, música, famosos, garotos. Esse era o tópico que Manuela não queria conversar com uma menina meio desconhecida.
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Para sempre nunca.
RomanceManuela, era uma garota normal. Só que claro com suas diferenças. Manuela se sentia excluída em todos os lugares, eventos, em todos os aspectos. Ela se sentia excluída até quando conversava com suas melhores amigas, Bruna, Gabriela e Vitória. Até co...