MAIS UM CAPÍTULO PRA VOCÊS
🚨TEM AVISO NAS NOTAS FINAIS!
A quarta-feira terminou com Paulo ligando para Verônica e questionando quais medidas havia tomado para punir Rafael. Ela explicou que retirou o videogame e o computador do garoto, mas antes disso teve uma conversa séria com ele. Paulo ficou indignado com a aparente tranquilidade de Verônica diante da situação. Ele expressou sua opinião de forma direta, dizendo que, se fosse ela, teria dado uma bela surra em Rafael e o mandaria morar com o avô materno no sítio, longe de tudo e todos.
QUINTA-FEIRA
Quinta-feira no DHPP, o ambiente estava tenso com a movimentação fora do habitual de investigadores e policiais. Enquanto Verônica estava imersa em seu trabalho, monitorava atentamente a localização de Rafael, que aparecia no computador como parado no Clube. O relógio marcava 16:30, e ela sabia que precisava agir.
Discretamente, ela discou o número de Rafael, esperando ansiosamente que ele atendesse.
"Rafa, onde você está?" - Verônica perguntou assim que a ligação foi atendida, com um tom de preocupação evidente em sua voz.
"Ah, mãe, a aula de tiro esportivo hoje vai até mais tarde. A instrutora decidiu que precisamos praticar mais." - Rafael respondeu prontamente, sabendo que precisava ser rápido e convincente para executar seu plano.
"Bom, me avise quando sair então." - Verônica pediu.
"Não se preocupe, daqui a pouco eu vou pra casa." - Rafael tentou tranquilizar sua mãe, articulando suas palavras com cuidado.
Apesar da resposta de Rafael, Verônica permanecia um pouco desconfiada. Ela desligou a ligação, sentindo-se inquieta com a situação, enquanto Rafael se apressava em seguir sua instrutora de tiro no estacionamento do Clube, a mulher por quem ele havia adquirido uma obsessão, determinado a prosseguir com seus planos.
No estacionamento do Clube, Rafael avistou a instrutora Anita saindo, carregando consigo alguns materiais de treinamento. Sentiu a adrenalina percorrer suas veias, sabendo que aquele era o momento crucial para pôr seu plano em ação.
"Ei, instrutora Anita." - Rafael chamou, apressado, enquanto se aproximava dela com passos rápidos e determinados.
"Oi Rafael, o que você está fazendo aqui? A aula já acabou faz tempo." - Anita perguntou, mostrando-se surpresa com a presença inesperada dele.
"Eu... eu só queria perguntar sobre algumas técnicas de tiro que discutimos hoje. Posso acompanhá-la até em casa para conversarmos melhor?" - Rafael sugeriu, tentando soar casual, embora seu coração martelasse no peito com intensidade.
"Você mora onde?" - Anita indagou, uma ponta de desconfiança colorindo sua voz.
"Moro perto da senhora, digo, senhorita. Já te vi no bairro algumas vezes..." - Rafael mentiu, ajustando-se rapidamente para não levantar suspeitas.
"Bem, eu realmente preciso voltar para casa, mas acho que posso responder a algumas perguntas pelo caminho." - Anita concordou, abrindo a porta do carro. "Entra aí que eu te levo, já que me esperou."
Rafael sentiu um misto de excitação e nervosismo ao entrar no carro ao lado da instrutora, imaginando todas as perguntas que queria fazer e ansiando por uma conexão mais profunda com ela.
Enquanto isso, na delegacia, Verônica sentiu uma pontada de preocupação, lembrando-se que Rafael não havia compartilhado sua localização novamente. Ela esperava sinceramente que ele estivesse sendo honesto sobre a aula se estendendo e rezava para que não se metesse em encrenca.
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Consequências - Veronita
General FictionRafael Torres, 16 anos, diagnosticado com transtorno de conduta, cujos sintomas surgiram na infância. Seus comportamentos inquietos e a aparente frieza calculista geram preocupações tanto em sua família quanto nos profissionais de saúde mental. Apes...