Capítulo 11

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E VEIO AÍ! 🥵



O uber acabara de estacionar quando Anita, com um sorriso travesso e olhar cúmplice, se aproximou rapidamente. Sem perder um segundo, enlaçou a cintura de Verônica com seus braços, guiando-a com determinação em direção à imponente guarita do luxuoso prédio onde morava. O porteiro, ofereceu-lhes um aceno amigável, ao qual Anita respondeu com um aceno rápido, sem interromper seu caminho ou a conversa sussurrada que mantinha com Verônica.

Sem perder o ritmo, Anita começou a distribuir beijos suaves e rápidos pelo pescoço e rosto de Verônica, marcando um caminho que só cessou ao entrarem no elevador. Anita sussurrou provocativamente no pé da orelha de Verônica. "Eu quero ver você dançando pra mim..." - A intensidade em sua voz carregava um misto de promessa e desafio.

Verônica, sentindo o calor do momento, virou-se para encarar Anita, seus olhos brilhando de desejo. Com um movimento rápido, tentou capturar os lábios de Anita em um beijo. No entanto, Anita, com um sorriso malicioso, desviou-se habilmente, mantendo o jogo de sedução em seus próprios termos.

A porta do elevador se abriu no andar de destino, e Verônica, ainda envolta na excitação do momento, agarrou-se ao pescoço de Anita, permitindo-se ser conduzida com leveza. A risada de Verônica, uma mistura delirante de tensão e efeitos do álcool, ecoava pelo corredor silencioso. Seus passos eram inseguros, mas firmemente guiados por Anita, que a levava em direção à porta de seu apartamento, prometendo uma continuação para a noite já memorável.

Anita, com a chave já em mãos, abriu a porta de seu apartamento, uma entrada para um mundo de intimidade e calor humano distante do corredor frio e impessoal. Ela puxou Verônica para dentro, fechando a porta atrás delas com um chute suave, sem nunca desfazer o entrelaço de seus corpos. A risada de Verônica começou a se acalmar, substituída por respirações mais profundas e irregulares, uma antecipação palpável preenchendo o ar.

O apartamento estava mergulhado em uma penumbra convidativa, apenas a luz suave da cidade penetrando através das cortinas entreabertas. Anita, com um movimento fluido, guiou Verônica para o centro da sala, onde uma distância segura foi estabelecida entre elas.

O espaço, elegantemente decorado, excedia suas expectativas, fazendo-a exclamar.

"Uau!" - Verônica expressou, girando lentamente no próprio eixo, absorvendo cada detalhe do ambiente. "É melhor do que eu imaginava..." - disse, sua voz tingida de uma surpresa genuína enquanto continuava a explorar o apartamento com o olhar.

Anita, observando a expressão de Verônica, não pôde deixar de sorrir de forma maliciosa. Apoiando-se casualmente no balcão da cozinha americana, enquanto servia whisky em dois copos de cristal, questionou com um tom divertido e uma sobrancelha arqueada, "E porque você imaginaria o meu apartamento?" - A pergunta, embora leve, carregava um subtexto de flerte que não passou despercebido por nenhuma das duas.

Entregando um dos copos a Verônica, Anita observou atentamente enquanto ela, sem hesitar, virava o conteúdo de uma só vez. A expressão de Verônica se contorceu numa careta, reação à força e complexidade do sabor que acabara de experimentar, um testemunho de sua pouca familiaridade com bebidas tão refinadas.

Anita, fingindo uma expressão de desgosto exagerado, repreendeu-a com um tom teatral de coitadismo, "Não faça essa cara ao beber um Whisky Escocês 18 Anos." - sua dramatização evidente e o olhar de falsa repreensão provocaram em Verônica uma gargalhada sincera, que ecoou pelo apartamento, aliviando a tensão do momento anterior e aproximando-as ainda mais.

Consequências - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora