Ao chegar ao bar indicado por Heloísa, Verônica sentiu-se imediatamente em casa. O ambiente familiar, trazendo à tona lembranças das noites de sexta-feira que passava ali com Nelson e Glória. Assim que atravessou a porta, seus olhos encontraram Helô, sentada em uma mesa ao fundo com os demais agentes, acenando para que se juntasse a eles.
"Verô, que bom que chegou!" - Heloísa cumprimentou, com um brilho de entusiasmo nos olhos.
"Oi, Helô! Obrigada pelo convite. Estava mesmo precisando de uma pausa do trabalho e espairecer um pouquinho." - Verônica respondeu, deslizando na cadeira em frente a ela.
"Eu entendo. E acho que todos merecemos um pouco de diversão, não é mesmo?" - Heloísa respondeu, com um tom sugestivo.
"Com certeza." - Verônica concordou, embora se sentisse um pouco desconfortável com a expressão sugestiva da delegada.
Enquanto trocavam amenidades, Heloísa se esforçava para manter o clima leve e descontraído, mas Verônica não conseguia ignorar as insinuações veladas que vinham junto com suas palavras.
"Então, Verônica, se você é uma frequentadora assídua deste bar, deve ter algumas histórias interessantes para compartilhar sobre este lugar." - Helô provocou, com um sorriso malicioso nos lábios.
Verônica pensou nas últimas vezes em que esteve ali e acabou se envolvendo com Anita, mas decidiu evitar o assunto, não querendo trazer à tona lembranças de Berlinger.
"Bem, venho aqui de vez em quando com alguns amigos. Sempre é divertido." - Verônica respondeu, tentando mudar o rumo da conversa.
"Que interessante. Eu também adoraria me divertir aqui com você..." - Heloísa respondeu, com um olhar sugestivo.
Verônica se sentiu desconcertada com a insistência da delegada, mas tentou manter a compostura. Não estava acostumada com esse tipo de abordagem, especialmente vindo de uma colega de trabalho que conheceu recentemente.
Conforme a noite avançava, Verônica tentava se concentrar nas conversas com os outros agentes, mas Heloísa continuava determinada em flertar com ela.
"Espero que esteja se divertindo, Torres. Talvez possamos nos encontrar aqui novamente." - Heloísa sugeriu, mordendo os lábios.
Verônica apenas sorriu em resposta. Heloísa delicadamente ajustou uma mecha solta do cabelo de Verônica, inclinando-se para sussurrar algo em seu ouvido. Um arrepio percorreu a espinha de Verônica, que fechou os olhos por um momento, tentando manter a calma.
Nesse exato momento, Lima, um dos policiais do DHPP e amigo de Anita, entrou no bar e flagrou a cena. Seus olhos se arregalaram de surpresa ao ver Heloísa tão próxima de Verônica.
"Ah, Torres! Que bom te encontrar aqui." - Lima cumprimentou, fingindo intimidade.
Verônica recuou sutilmente ao perceber a presença de Lima, tentando disfarçar o clima que se estabelecia.
"Verô, acho que vou pegar mais uma bebida. Você quer alguma coisa?" - Helô perguntou, tentando manter a naturalidade.
"Não, obrigada. Estou satisfeita." - Verônica respondeu rapidamente, sentindo-se aliviada com a oportunidade de sair da situação.
Heloísa assentiu com um sorriso, enquanto isso Verônica se levantava e se despedia de Lima, após se despedir de Helô, dirigiu-se rapidamente para a saída do bar. Enquanto isso, Lima lançou um olhar curioso para a delegada Heloísa, questionando-se sobre o que acabara de presenciar.
DIA SEGUINTE - NO DHPP
No DHPP, Lima, conhecido por sua língua solta e por ser capacho de Berlinger, entrou na sala de Anita enquanto ela mergulhava nos documentos espalhados pela sua mesa.
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Consequências - Veronita
General FictionRafael Torres, 16 anos, diagnosticado com transtorno de conduta, cujos sintomas surgiram na infância. Seus comportamentos inquietos e a aparente frieza calculista geram preocupações tanto em sua família quanto nos profissionais de saúde mental. Apes...