Capítulo 20

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ANTES DE COMEÇAR GOSTARIA DE DIZER QUE: CAPÍTULO 19 JAMAIS SERÁ ESQUECIDO!




QUINTA-FEIRA

Verônica estava imersa em sua rotina atribulada no departamento, tentando finalizar alguns relatórios para Carvana até o dia seguinte, prazo estipulado. Desde o inusitado episódio no sábado em que ela e Anita se envolveram na sala da delegada, as duas tentavam retomar a normalidade no ambiente profissional. No entanto, mesmo enquanto se concentrava em seu trabalho, Verônica não conseguia evitar que sua mente divagasse entre seu relacionamento casual com Anita e preocupações sobre o comportamento de Rafael. Ela fitava a tela do computador, mas as palavras pareciam distantes, quase uma semana havia se passado desde a última vez que falara com ele.

"Verô?" - Prata interrompeu, parando ao lado de sua mesa. "Você está bem? Parece um pouco distraída hoje..."

"Desculpe, amigo. Só estou com muita coisa na cabeça." -  Verônica respondeu, suspirando e desviando o olhar da tela.

"Quer conversar sobre isso?" - Prata perguntou, preocupado.

"É o Rafael. Ele anda causando muitos problemas ultimamente. Eu simplesmente não sei mais o que fazer com ele." -  Verônica hesitou por um momento, antes de suspirar novamente.

"Lamento ouvir isso, Verô. Filhos podem ser difíceis às vezes." - Prata respondeu, e Verônica o olhou como se dissesse "você não tem filhos".

"Sim, especialmente quando estão enfrentando problemas. Sinto que falhei como mãe de alguma forma." - Verônica confessou, baixando a cabeça.

"Não diga isso, Verô. Tenho certeza de que está fazendo o melhor que pode. Às vezes, é tudo o que podemos fazer" - Prata disse gentilmente, fazendo um carinho no ombro de Verônica.

Verônica assentiu, agradecida pelo apoio de Prata, mas ainda sentindo o peso das preocupações sobre Rafael. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de lidar com a situação antes que se tornasse ainda pior.



ENQUANTO ISSO NO CLUBE DE TIRO

Na sala de aula, a instrutora Anita mergulhava na explicação de um conceito complexo sobre armamento aos alunos. Rafael, que geralmente ocupava a primeira fileira, agora estava no fundo da sala, visivelmente entediado, começando a murmurar para o colega ao lado.

"Aposto que ela nem mesmo entende o que está falando. Desde quando mulher entende de arma de fogo?" - Rafael disse em voz baixa, num tom de deboche.

"Cara, fala baixo. Ela pode ouvir." - o colega respondeu, rindo nervosamente.

Rafael soltou uma risada cínica e levantou a mão.

"Sim, Rafael?" - Anita disse, direcionando sua atenção para o rapaz.

"Desculpe, instrutora, mas eu estava me perguntando se você poderia explicar isso de uma maneira que não nos faça todos querer dormir." - Rafael respondeu, com um sorriso sarcástico.

A sala caiu em silêncio, com os colegas de Rafael olhando para ele, surpresos com sua insolência. Anita encarou Rafael com uma expressão de desaprovação, respirando fundo para manter a compostura.

"Rafael, isso é completamente inaceitável. Se você tem uma pergunta ou precisa de esclarecimentos, há maneiras apropriadas de abordar isso." - Anita respondeu, com um tom sério.

Consequências - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora