Capítulo 10

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Jennie tem os olhos e ouvidos atentos quando Lucy começa a contar sobre o passado de Taehyung, ainda com um rosto um tanto triste.

— Bom, tudo começou quando Taehyung chegou aqui...— Revela a senhorinha. — Ele tinha 3 anos quando aconteceu.—

Jennie se inclina mais em direção a senhora e parece atenta a história.

— Fui eu quem o encontrei... Ele estava dentro de ma caixa de papelão e chorava muito. Acho que nunca vou me esquecer daquele dia.—

 Ela olha para o chão divagando e depois leva a mão ao rosário no pescoço.

— Oh meu deus...— Jennie exclama perplexa, nunca imaginou que alguém pudesse fazer algo do tipo à uma criança.

A Kim virou o rosto então para o namorado, mas este olhava para o horizonte, parecendo desatento à conversa. O que era mentira, já que Taehyung escutava atentamente o relato de Lucy e lutava para manter sua postura firme. Ele já não chorava por causa de sua história, mas não conseguia deixar de ficar chateado e emotivo.

Porém, Jennie era uma pessoa importante em sua vida e merecia saber sobre tudo.

— Eu tinha apenas saído para deixar o lixo na rua, na porta dos fundos do orfanato, quando escutei o seu choro.— Ela narra como se revivesse cada detalhe. — Quando abri a caixa vi um menininho enrolado num cobertor ao lado de uma mamadeira vazia, ele estava sujo e precisava trocar a fralda que usava. Além de que estava faminto e tremendo de frio.—

Jennie sentia seu coração doer com cada informação, lágrimas já se acumulavam em seus olhos e ela sabia que no momento que mirasse o rosto de Taehyung desabaria em choro. Por isso, continuou olhando para a freira, que voltou a relatar.

— Eu o levei para dentro rapidamente, não antes de achar sua certidão de nascimento junto com o cobertor dentro da caixa. A certidão estava rasgada é claro, apenas continha o nome dele e a data de nascimento.— Ela fala com pesar. — Quando o levei para dentro as outras irmãs ficaram tão surpresas quanto eu, não imaginaram que alguém pudesse ser tão cruel.—

— Eu cuidei dele, lhe dei um banho e depois o alimentei. Taehyung passou a noite inteira chorando naquele dia, e eu sequer pude dormir. Pela manhã ele parecia mais calmo, então tentei me comunicar com ele.— Ela então gesticula para Jennie. —Crianças de 3 anos, nessa idade, geralmente já falam bem e também já podem andar sozinhas, mas Taehyung era diferente ele falava pouco, e mal andava sem ajuda. Quando algumas crianças chegavam aqui elas choravam chamando pela mãe e pelo pai, mas Tae não chamava nenhum deles.—

Jen pensou que tipo de relação Taehyung teve com os pais biológicos, ao ponto de não desenvolver a fala completamente, não saber chama-los, e nem possuir as habilidades de andar sozinho.

— Fizemos muito exames em Taehyung para sabermos se ele possuía alguma dificuldade motora, mas esse não era o caso. Mas foi aí que pensamos nos bebês que chagavam aqui, eles eram ensinados a andar, eram ensinados a falar e se desenvolviam bem com a nossa ajuda. Contudo, aparentemente Tae não tinha sido ensinado pelos pais...— Lucy divaga. — Ele tinha 3 anos, e em todo esse tempo não tinha recebido a ajuda que precisava para se desenvolver bem. Pensamos o quão negligentes os pais daquele garotinho foram para que ele crescesse daquele modo—

As memórias de Jennie Kim - (Taennie fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora