(LIVRO 2)
A vida de Jennie e Taehyung, depois que finalmente conseguiram ficar juntos está melhor do que nunca! Mas que tal descobrir mais sobre o incrível passado que tiveram juntos? Quando ainda eram namorados e faziam faculdade? Como descobrir os...
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Taehyung's pov
Presente
Eu terminava de calcular as finanças, sentado em meu escritório pessoal, que ficava num quartinho pequeno e aconchegante em nossa casa.
Minha agenda tinha sido simples, saí mais cedo do trabalho, passei no banco para resolver alguns problemas, dei um pulo no mercado para repor mantimentos e estava prestes a descer para a cozinha e começar a preparar a nossa janta, uma vez que Jennie ainda estava na editora e Hyuka estava no curso de inglês.
Eu digitava o último número na planilha quando Yeonjun entrou no cômodo.
— Aqui pai, a parte desse mês...— Ele se aproximou se sentando em minha frente e colocando um envelope branco na mesa.
Yeonjun mantinha uma regra íntegra de me pagar um valor todo mês, que segundo ele custeava os gastos de sua estadia em nossa casa. Ele me pagava para morar aqui.
Eu já disse várias vezes que não aceitaria o dinheiro dele, nunca exigiria que meu filho se sentisse obrigado a pagar contas ou aluguel para morar comigo. Ele era meu filho e eu sempre cuidaria dele.
Chegamos a brigar feio por causa disso, mas Yeonjun continuava irredutível, ele dizia que já estava velho e que ganhava o suficiente para me pagar a parte que gastava.
Dinheiro não era um problema para nossa família e eu poderia bancar todos nós sem deixar faltar nada. Contudo, Yeonjun parecia querer continuar com esse comportamento até o dia que saísse de casa.
Ele me dizia que queria ajudar nas despesas da casa, e estava cobrindo aquilo que gastava, seja energia, água, ou comida.
Eu achava aquilo um absurdo, mas ele insistia em me pagar, e evitando arrumar briga com ele outra vez eu acabei cedendo. Obviamente eu depositava o dinheiro dele em uma conta poupança secreta e lhe entregaria algum dia.
Era o salário dele, o suor dele, o dinheiro que ganhava com suas composições e eu jamais tocaria em um centavo sequer. Trabalhei durante anos para dar-lhe do bom e do melhor, quase me afundei em dívidas para conseguir que Yeonjun tivesse uma vida livre de preocupações, diferente da minha, quando eu tinha a sua idade.
Por isso eu aceitava o dinheiro e secretamente colocava em uma conta, a única que sabia disso era Jennie, que também achava a ideia de nosso filho absurda.
Por outro lado, me enchia de orgulho Yeonjun ser tão honesto e justo, ele tinha consciência sobre suas despesas e tentava me pagar por elas. Eu sabia que tipo de homem meu filho tinha se tornado e torcia para que ele continuasse assim.
Sem trapaças, sem jogos, sem malandragem, apenas um homem que sabe seu lugar no mundo e não se escora em golpes e ostentação. Alguém sem apego obsessivo ao dinheiro.
— Sabe o que eu penso sobre isso, Yeonjun...— Digo pegando o envelope a contra gosto e colocando na gaveta.
— Sei o que pensa pai, mas já disse, eu quero contribuir — Ele retoma.
