Rinne Tensei

Bonus

O dia estava quente, Saori havia comemorado seu aniversário de 17 anos, ou seja, sua maioridade há uma semana, mas ainda assim era dia de festa. 

Madara estava junto a seus três pupilos, sentado ao lado deles na fileira da frente de cadeiras do grande salão da academia quando o nome dos três foram chamados. Akira foi o primeiro, Himawari a segunda e Saori a terceira, foi nessa ordem que foram chamados para receber sua graduação shinobi, os três haviam passado nos testes e avaliações realizadas no último ano, os três alcançaram juntos o nível de chunnin e agora estavam ali recebendo o nível jounin, também todos juntos.

Outras crianças, incluindo os pupilos de Izuna, também foram graduados no mesmo nível naquela tarde. Após, quando os três estavam inclusive já com seus novos coletes, eles seguiam na frente, conversando empolgados enquanto Madara foi ao encontro de Hashirama que estava no fundo do salão e estendeu os braços em direção ao homem que repousou o pequeno em seus braços e saíram dali, acompanhando as crianças, que não eram mais crianças exatamente, até o ichiraku, onde iriam almoçar todos juntos. 

A gravidez surpresa e repentina devido a um descuido de Izuna havia dado certo, o parto é que realmente foi complexo, Izuna e Tobirama haviam pesquisado e muito sobre como gerar a criança, mas esqueceram-se completamente do quesito parto. Foi Tsunade quem precisou fazer o mesmo, afinal ela já havia feito três partos masculinos antes há muitos anos atrás e ficou maravilhada ao descobrir finalmente como era feito para gerar a criança, Tobirama havia entregue sua pesquisa para a loira que era atual, quanto aos partos anteriores ela nunca ficou sabendo como foi feito a geração das crianças. 

Diferente da gestação feminina, não era necessário um útero fixo, a própria pílula criava uma bolsa uterina temporária, que era removida junto a criança quando essa nascia, e o ventre crescia, mas não exageradamente como o ventre feminino e a única forma do parto ser feito, de acordo com Tsuna, era no modo cesariano, e foi assim que nove meses após o casamento, o Uchiha conheceu seu filho, em um dia chuvoso do qual Hashirama tinha saído em missão, mas abortou a mesma imediatamente ao receber a notícia que seu marido havia entrado em trabalho de parto, e com ajuda de Tobirama conseguiu voltar imediatamente através dos selos do irmão. 

Não precisou de uma longa e complexa conversa para decidirem o nome do filho, Hashirama pediu e Madara acatou de imediato. Entendia o sentimento do marido quanto ao pedido e claro que não brigou, não discorda, apenas acatou que o pequeno se chamaria Itama. Afinal, o filho de Izuna que nasceria dali três meses já estava certo que se chamaria Kawarama. Uma homenagem que os dois Senjus queriam fazer a seus irmãos. 

Certo que os Uchihas haviam perdido três de seus irmãos naquele tempo também, mas não foi do modo que os Senjus perderam os deles. Madara principalmente sabia muito bem o modo que os Uchihas agiam naquele tempo, sabia o modo que seus parceiros de clã haviam assassinado as duas crianças e sinceramente Hayato, Kizume e Hanna Uchiha não sofreram sequer 10% do que Itama e Kawarama sofreram naqueles fatídicos dias do passado. Era justo homenagear a memória dos dois jovens Senjus. Seus irmão com certeza entenderiam isso, seja lá onde estivessem. 

Após passarem a tarde no Ichiraku, Saori foi para casa junto com os pais, eles estavam todos morando na confortável cabana na floresta, cuja Hashirama havia ampliado mais com a chegada do bebe, fazendo um segundo andar com mais cômodos. Saori adorava aquela casa, adorava viver com seus pais mas naquela noite, quando chegaram e quando o bolo de chocolate feito por Madara já estava pronto, a garota claramente queria falar algo. Os pais sentiram isso, foi Hashirama quem a incentivou a falar, tocando nas costas da filha. — Está querendo falar algo Sao? 

— Na verdade, sim, papais. — Disse ela, de modo tímido. E Hashirama a deixou livre para prosseguir quando se sentisse à vontade. — É que… eu estava pensando. Sabe, eu gosto muito daqui, de estar com vocês, mas eu… acho que…