Rinne Tensei

Parte 2

Até ter seu fim decretado nas mãos de Tobirama Senju durante uma batalha, Izuna Uchiha era o mais forte do clã, mais até que Madara Uchiha naquela época, mas preferia ser o trunfo no campo de batalha contra os inimigos, abdicando da liderança do clã para deixar ao seu irmão, que por ser mais velho tinha mais conhecimento para comandar os Uchihas e mais responsabilidade para isso também. 

Izuna despertou esse dom eterno na beira de sua morte, no momento em que sentiu que perdeu completamente Tobirama Senju, sentiu-se traído, pois por trás do campo de batalha eles eram amantes, e no campo de batalha era para ser apenas encenação, sempre foi para ser apenas encenação, mas naquele dia, Izuna sentiu que perdeu tudo, perdeu seu chão ao ser golpeado fatalmente pelo homem que amava.

Izuna teve a maior perda que podia suportar naquele dia, e isso causou o despertar de seu mangekyou eterno. Mas como não sobreviveria ao ataque e sabia disso, preferiu dar poder a seu irmão, para que ele continuasse liderando e protegendo os Uchihas. Izuna abdicou de seus olhos, pelo seu clã e principalmente pelo seu irmão. 

Mas ninguém sabia de um detalhe sobre Izuna, que ele fazia de tudo por seu irmão, não importava o que fosse. Ele virava o pior pesadelo de quem mexesse com Madara Uchiha, ou qualquer um da sua família, de seu clã. Essa parte da história de Izuna, Madara sempre ocultou. E deixou apenas as memórias doces e gentis do garoto quando falava dele, e essa parte doce e gentil era a qual Obito conhecia.O que Madara contava. O que não era mentira, afinal Izuna sempre foi doce e gentil mesmo, Madara apenas não contou sobre os poderes de seu irmão e do quão cruel ele poderia ser. 

— Como conseguiu seus olhos? — Perguntou Madara baixo para o irmão enquanto este avançava contra Naruto e Sai. 

— Com um cara estranho, se apresentou como Zetsu. E ele me orientou a pegar isso daquele que me trouxe a vida, um tal Obito. — Izuna tirou um case com dois compartimentos, de dentro da bolsa ninja que tinha presa a seu cinto por cima da túnica típica do clã Uchiha de outrora.

Madara pegou o objeto que Izuna colocou em suas mãos e ao abrir sorriu e imediatamente agradeceu e saltou dali de onde estava e quando atingiu o chão ele colocou o que Izuna havia entregue a ele, era um par de olhos, seus verdadeiros olhos, um par de rinnegan. 

Hashirama bem que tentou impedir, mas o Uchiha o repeliu com um ataque que lançou Hashirama do outro lado do campo. Aproveitou esse meio tempo para invocar seu susanoo perfeito, para ajudar Izuna naquela batalha. Hashirama invocou seu velho golem e sua arte sábia para aquela batalha, mas Madara foi até Hashirama e disse que ele era seu oponente e não Izuna. E assim mais uma vez Hashirama e Madara batalharam naquele campo. 

Mas dessa vez o desfecho foi diferente. 

Madara ficou em pé e Hashirama de joelhos. 

Pela primeira vez, Madara Uchiha derrotou seu antigo amigo. E o Uchiha não nega o quanto isso foi satisfatório. Enquanto Hashirama estava ofegante e visivelmente sem chakra, mesmo sendo um edo tensei Madara desfez o susanoo e foi para o lado do antigo amigo enquanto Izuna deu um jeito no jinchuuriki e no outro garoto magrinho. 

— Vamos Madara, corta logo esse Senju. — Disse Izuna, firme 

O Uchiha olhou para seu amigo mais uma vez e disse tocando o rosto de Hashirama. — Não era para ter sido assim. — O Uchiha sorriu verdadeiramente para seu amigo, que estava começando a se desfragmentar, com o edo se desfazendo depois que Madara o apunhalou diretamente no peito com a antena de contenção de chakra ao tocar o rosto dele. 

— Eu nunca deixei de amar você… Madara. — Disse hashirama, já em seus últimos suspiros de edo tensei. 

Madara sorriu para o homem e disse. — Eu também não… e confesso que eu queria trazer você de volta, mas seus pensamentos continuam os mesmos de antes a julgar pelas perguntas que fiz e que você respondeu agora a pouco. Eu queria muito poder ficar ao seu lado mas… o único jeito vai ser através dos sonhos, do genjutsu eterno. Desculpe, eu só quero a paz, e também ter você e meu irmão por perto. Mas nesse mundo não será possível. Apenas nos nossos mais profundos sonhos.