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–‹←‹← Estranhamento →›→›–<<°✿°>>
O sol nasceu e os pulmões da menina se encheram de ar marinho, acordando-a assustada ao perceber que não estava em casa.
Hoje os filhos dos chefes lhes mostrariam o recife de Awa'atlu. At'anau sabia que as pessoas dos recifes passavam muito tempo na água, mas ela não esperava contribuir para esta adaptação tão cedo após a sua chegada.
Toda a família se preparou para aprender com as pessoas e as crianças foram as primeiras a partir quando Tsireya, Ao'nung an Rotxo os esperavam em seu casulo marui.
Todos os filhos mais novos seguiram os outros três, mas antes que At'anau também o fizesse, ela foi até a mãe, que viu os filhos partirem.
— Você não acha que eu ficaria melhor com você e com a Tsahik? — Ela particularmente não gostava de Ronal, mas a água parecia menos acessível naquele momento do que a líder espiritual dos Metkayinas, que não fizera nada além de fazê-los sentirem-se um fardo até que provassem o contrário.
Neytiri recolheu suas coisas e balançou a cabeça negativamente ao que a filha implorou humildemente para que o seu pai não ouvisse.
— Mas, mãe- — O olhar de Neytiri foi o suficientes para a menina abaixar a cabeça e se acalmar.
— Eu preciso que você cuide da Tuk, ok? — Disse Jake, que se convidou para participar da conversa. At'anau se virou para o seu até que ele continuou a falar. — Não está sendo fácil para ninguém, mas ela admira você, então o que quer que você faça, ela faz, você me entende?
At'anau olhou para o seu pai e pensou em seus irmãos e realmente nem todos estavam muito felizes por estar aqui. E relembrando as emoções espressadas ontem, ela concluiu que era seu trabalho esconder esses sentimentos negativos e camuflá-los da melhor forma que podia para que seus irmãos começassem a enxergar a nova vida deles de uma maneira melhor
— Tudo bem. — Ela assentiu, obedecendo às palavras de seu pai. — Eu entendo.
Mas sua mãe sabia melhor do que isso.
A menina se virou e endireitou as costas enquanto seguia o caminho que seus irmãos faziam enquanto caminhavam, com o seu irmão gêmeo ao seu lado, que esperava por ela.
At'anau percebeu que os maruis estavam situados sobre a água, então o acesso a eles era mais eficiente. A costa logo sob seus pés, perfeito para eles pularem. Neteyam correu para acompanhar Lo'ak, que estava prestes a pular atrás das outras crianças e saltou com ele. Kiri se juntou a eles e Tuk observou a irmã com um sorriso afetuoso, mas com dúvida em seus olhos. Ela tentou ganhar impulso, mas suas pernas não a equilibraram. Foi então que ela foi levantada no ar e soltou um grito antes de soprar bolhas na água em que foi jogada por sua irmã mais velha.
Chegando à superfície, ela tirou o cabelo de Tuk do rosto, que soprou água do mar no rosto da irmã e soltou uma risada enquanto sorria divertidamente, olhando para os arredores sob a superfície, At'anau engoliu a ansiedade que surgiu quando ela se sentiu contida sob a água.
Tuk inalou, enchendo seus pulmões e bochechas de ar antes de mergulhar, incapaz de esconder sua curiosidade para ver todas as diferentes cores abaixo dela.
At'anau juntou-se a irmã mais nova mais por urgência em conhecer o ambiente em que se intrometia do que por curiosidade. Ela ficou perto da mais nova, cujo cabelo dançava em volta do seu rosto na água e observou os animais ao seu redor quase os ignorarem. Os peixes que nadavam eram pequenos, mas estranhos. At'anau não conhecia muito bem as criaturas do mar e seu nível de hostilidade, então não importava para a garota que fossem grandes ou pequenos para eles a mantesse nervosa.
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ᵀʰʳᵒᵘᵍʰ ᵀʰᵉ ⱽᵃˡˡᵉʸ • ᴬᵒ'ⁿᵘⁿᵍ
FanfictionNão há dúvidas de que os laços pessoais entre gêmeos podem ser fortes, mas não há evidências de que esse vínculo seja algo misterioso ou inexplicável. Se ao menos um soubesse a dor que causaria um ao outro quando essa conexão se partisse. Os Na'vi d...