Capítulo XIII

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odos ficaram na água rasa que chegava até seus quadris enquanto as crianças observavam Ao'nung chamar os animais. At'anau e seus irmãos notaram como os chamados de convocação era parecido com a dos seu Ikrans.

Lembrando da banshee da montanha que ela amava, os olhos de At'anau apontaram para o céu que estava ocupado por criaturas diferentes daquelas com quem ela cresceu.

— Estes são Ilus. — Ao'nung anunciou enquanto os animais nadavam ao redor deles. — Se você quer morar aqui, você tem que aprender a montar.

At'anau desviou sua atenção para observar criaturas marinhas maiores que Ilus cortando a água e subindo voando no ar. Sua cauda serviu para desacelerar com a ajuda da superfície da água pra pousar de volta no mar não muito longe dela, e toda essa observação que a garota fazia não passando despercebida pela pessoa que mostava na criatura.

At'anau desviou os olhos da criatura para aqueles que acompanhavam ela e se surpreendeu quando percebeu que o resto de seus irmãos havia obtido um animal e que o filho mais velho do chefe do povo do mar estava vindo na direção dela com um Ilu também.

Com menos medo dos animais domesticados, a garota caminhou lentamente até o garoto e observou Ao'nung, que água como se tivesse coisas mais importantes para fazer do que está ali. O Ilu parecia muito com um direhorse do oceano, criatura essa que ela já havia montado em um quando seu pai desviou o olhar dela por um segundo.

O menino segurou o Ilu firmemente para ela e fez um sinal com a cabeça para que ela subisse nele.
A menina e o animal fizeram contato visual antes que ela segurasse as rédeas improvisadas e colocasse os dois pés de cada lado do animal.

Ao'nung ainda segurava o animal quando At'anau apontou para as criaturas que estavam mais distantes.

— O que são aqueles?

Olhando para os caçadores para os quais ela apontava, ele ajustou vigorosamente o pé da menina que bloqueava as guelras do animal antes de responder:

— Tsurak. São montados apenas por caçadores. —Com isso ele olhou para a garota que não era nenhuma caçadora aos seus olhos.

— Vamos aprender a montar em um? — At'anau questionou, com curiosidade genuína em seus olhos enquanto esperava por uma resposta adequada.

— Skimwing e Ikran têm ancestrais em comum. — Tsireya disse ao ouvir a At'anau do ilu em que ela estava ajudando Lo'ak. — É por isso que eles são domesticados apenas quando o iknimaya é realizado. — At'anau não pôde deixar de se sentir atraída pelo fato de a garota do recife conhecer sua cultura o suficiente para poder vincular as relações dos dois animais.

— Mas vamos começar com o Ilu por enquanto. —A garota sorriu para a mais velha dos Sullys que ainda estava olhando fixamente para os Skimwings no ar.

Iknimaya, a garota compreendeu, um ritual de passagem. Mais uma vez, ela pensou em seu Ikran e no ritual de passagem que já havia realizado com ela.

— Você já fez um Tsaheylu antes? — At'anau voltou sua atenção para o animal abaixo dela e ignorou o menino que a incentivava a estabelecer o vínculo. Ao'nung enfiou a mão na água e segurou um dos dois kuru da criatura para ela conectar seu fila, mas a garota já havia feito isso quando segurou kuru do outro lado e sinalizou para o Ilu macho, que ela vai feito o Tsaheylu, que ele deveria abandonar o menino e então se juntar ao irmão da garota que estava a poucos metros de distância.

O Ilu que ela ainda não tinha dado um nome recebeu todas as emoções boas e distorcidas que ela sentia naquele momento em que seu vínculo foi estabelecido.

Pessoas que ela não conhecia juntaram-se a eles, provavelmente os amigos do rapaz mais velho que vieram ver os imigrantes falharem em sua aula.

Os gêmeos Sully observaram Lo'ak estabelecer o vínculo com seu Ilu lentamente, antes de se preparar para seu primeiro mergulho. A garota ouviu alguns murmúrios sobre a posição dele e outras risadas ao lado dela e observou Tsireya sair do caminho de Lo'ak e ficar atrás do irmão.

Lo'ak respirou fundo, firmando-se e com as últimas palavras de Tsireya para segurar Lo'ak deixou seu Ilu aumentar sua velocidade. Como esperado, o irmão mais novo não iria começar devagar e, ao em vez disso, continuou aumentando a velocidade. Todas as crianças colocaram a cabeça debaixo d'água para ver melhor o que estava acontecendo e o gêmeo mais velho saiu de seu Ilu para fazer o mesmo.

At'anau endireitou as costas para olhar mais além da superfície da água e observou os pés do seu irmão mais novo perderem o controle. Apesar da velocidade que a criatura estava indo e da resistência da água, Lo'ak conseguiu segurar as rédeas com uma das mãos, mas assim que seus músculos fraquejaram, ele soltou a rédea e rodou dentro da água. O ilu acelerou e voltou ao ponto de partida, mas não antes de reclamar com o seu montador.

Ao'nung não deixou passar um segundo antes de se levantar da água e rir alto, acompanhado pelos amigos anônimos atrás dele. Neteyam balançou a cabeça antes de voltar ao Ilu e At'anau notou Tsireya escondendo um sorriso atrás da mão.

At'anau queria fazer alguma coisa, mas sua mente ainda vagava de volta para os Skimwing, o que a lembrava muito de seu Banshee da montanha.

— Você não vai deixar isso passar, não é? — A garota olhou para seu irmão que havia percebido que seu olhar havia voltado para os caçadores que voavam acima da água.

— Sem chance.

Mas primeiro eles precisavam encontrar a irmã dela.

ᵀʰʳᵒᵘᵍʰ ᵀʰᵉ ⱽᵃˡˡᵉʸ • ᴬᵒ'ⁿᵘⁿᵍOnde histórias criam vida. Descubra agora