Capítulo V

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Quando a menina acalmou seu temperamento sozinha, ela decidiu se reunir com sua família e voltar com uma chaleira de água quente pronta para preparar um chá de ervas com as coisas que ela ganhará de sua avó, se ela jogar as cartas certas.

Olhando para os seus pais que estavam sentados do lado de fora de casa, ela passou por eles e entrou na moradia. Lo'ak saiu do caminho de sua irmã sem compartilhar uma palavra desde o meio-dia e seus acontecimentos e a observou colocar a chaleira na mesa, sorrindo enquanto o Spider continuava implicando com o seu irmão:

- Você quer um beijo no dodói?

- Eu usaria yainabark. - Kiri aconselhou a curandeira do clã. Fazendo sua avó levantar as sobrancelhas.

- Ah, você usaria? - A ironia encheu a sala, exceto pelos pequenos grunhidos de Neteyam. - E quem é Tsahik?

At'anau sorriu para si mesma enquanto os olhos de sua avó a seguiam por um segundo enquanto ela se aproximava, a garota a cumprimentou e passou por eles.

- Você é a- saia do caminho! - Ela empurrou Lo'ak, que não se afastava sozinho. - Você é vovó, mas yalnabark é melhor. - Ela sentou-se ao lado da mulher. - Dói menos.

- Oh, ele não está sentindo nada, está? - Spider implicou da sala enquanto At'anau vasculhava os pertences de sua avó no minuto em que ela colocou os olhos neles. Ela despejou a água quente em xícaras de tamanhos diferentes junto com as ervas, que mais tarde confessaria ter pego emprestado, e deixou-as assentar-se na água.

- Não - O mais velho respirou fundo. - Faz cócegas.

- Oh, poderoso guerreiro. - A garota zombou, ajoelhando-se e colocando uma xícara na mãos dele antes de colocar um pouco de folhas de bétula analgésicas entre seus dentes.

At'anau serviu uma segunda xícara, passando um pedaço da fruta do Monge para Tuk, que observava os dedos da irmã e deu outra xícara para Spider, que a aceitou de bom grado.

Outra para sua avó e Kiri, que ela reservou para quando terminassem o seus serviços e, depois de servir uma boa quantidade, ela segurou a última caneca quente por um segundo antes de estendê-la para o seu irmão mais novo.

Lo'ak descruzou os braços, olhando para a irmã e aceitou a bebida com as duas mãos. Ao contrário da irmã, ele ainda estava de mau humor e ela percebeu. Molhando o polegar na própria bebida, ela o esfregou na maçã do rosto do menino, limpando o resto da tinta de guerra que manchava sua pele. Ele se contorceu e não percebeu o modo como ela o examinou da cabeça aos pés antes de puxar sua trança alegremente.

Lo'ak quase resmungou baixinho, mas percebeu que ela só estava o provocando. A garota se virou sem dizer uma palavra e observou a curandeira fazer seu trabalho.

At'anau adorava sua avó, Tsahik dos Omaticayas, e observou enquanto ela continuava espalhando a pomada nas costas feridas de Neteyam antes de se sentar ao redor deles.

A garota olhou para seus pais que compartilhavam uma conversa profunda, até ela notar as feições distorcidas de seu pai.

A menina desviou o olhar quando sua mãe olhou para ela, já que ela não queria levar mais bronca naquele momento. A fadiga tomou conta dela com o chá descendo por sua garganta, e ela desejou que os pensamentos de tudo que poderia ter dado errado hoje fossem colocados em um cofre com uma fechadura e uma chave quebrada.

At'anau estava sentada contra a fundação de sua casa e observava sua família ao redor da tsahik. At'anau ainda estava decidindo se falaria ou não com o irmão mais novo sobre o dia de hoje, mas ela não queria destruir a noite dele mais do que o pai deles já fez. A culpa, sem dúvida, também o consumia, então ela o deixaria livre de sua conversa com ele por hoje.

- Pronto. - Mo'at exclamou e permitiu que Neteyam saísse.

A menina, que estava quase dormindo, percebeu que os seus três irmãos do meio haviam ido embora e Tuk já estava deitada. At'anau fungou uma risada enquanto olhava para seu irmão, que obviamente estava espiritual e emocionalmente saciado com todo o ritual de cura e ainda influenciado pelas ervas que ele continuava tomando, mas pelo menos ele estava de pé.

- A verdadeira criança de ouro. - A garota olhou para o irmão que esfregava os olhos, ficando tonto por fazer isso com muita violência. A garota se levantou, pronta para sair com o irmão.

- Oehu ald (Sua vez).

At'anau se amaldiçoou ao olhar para a avó. Ela observou seu irmão adormecer e jurou que temia mais as próximas horas do que a batalha pela qual sobreviveram naquele dia.

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Esse capítulo foi mais curtinho, então logo logo irei postar mais um. Mas por enquanto, espero que tenham gostado da história.

Até já já!

ᵀʰʳᵒᵘᵍʰ ᵀʰᵉ ⱽᵃˡˡᵉʸ • ᴬᵒ'ⁿᵘⁿᵍOnde histórias criam vida. Descubra agora