Capítulo 3O

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🍫🍒


Carinho após carinho no meu cabelo e eu quase adormeço nos braços de Willy.

— Ei. Detesto fazer isso, mas tem que ficar acordada. — Ele mantém um toque de humor ao cutucar o meu braço que está apoiado no peito dele. Nesse sentido, parece ser o carrasco mais fofo do mundo inteiro.

— Hm... Está certo... — respondo de forma preguiçosa. Sai como se eu estivesse ronronando e é a segunda vez que acontece em tão pouco espaço de tempo. São os efeitos relaxantes desse homem em mim.

Como uma forma de cortar o efeito da sonolência, sento na cama, mas sem me afastar de Willy ou tirar o cobertor do meu quadril. Passo a mão nos cabelos e Willy continua admirando cada coisinha que faço.

Temos que conversar, meu subconsciente insiste. Parece ridículo precisar reforçar tal coisa, mas estou encantada demais e quero aproveitar só mais um pouco.

O cobertor se move pelo meu corpo quando decido montar em Willy, deixando uma coxa de cada lado. Surpreso, ele suspira com o fácil encaixe dos nossos corpos e provavelmente por eu ainda estar sem calcinha. Um sorrisinho malicioso aparece em meus lábios e não demoro a alisar a barriga perfeita dele, subindo para o peitoral. Willy continua observando atentamente, suspirando novamente assim que me inclino para a frente e para beijá-lo.

Praticamente deitada por cima dele, ainda consigo perceber a hesitação de suas mãos em relação às minhas coxas e eu consigo esboçar outro pequeno sorriso enquanto nos beijamos. Parece que o meu Wonka tímido está de volta depois de tudo o que fez comigo nessa cama, e eu confirmo isso quando o nosso beijo chega ao fim e ele está corado, sorrindo e depois cobrindo o rosto com as duas mãos por um momento.

— Agora podemos conversar — digo e começo a sair de cima de Willy. Admito que eu estaria completamente pronta para repetir o que fizemos, então é melhor prevenir e evitar mais a tentação. — Tenho uma dúvida.

Willy vira o rosto para olhar para mim antes de deitar-se de lado e apoiar a cabeça na mão. Está atento e curioso.

— Qual?

Já deitada da mesma forma de antes, comprimo os lábios e também fito o seu rosto depois.

— Eu sei que talvez seja tarde demais pelo o que acabamos de fazer, e não foram só duas vezes, claro... — começo a explicar, tentando formular o que realmente quero dizer. Willy vai entendendo do que se trata o assunto e suas bochechas ficam incrivelmente vermelhas. — Mas por que você sempre garante que eu não devo me preocupar com uma gravidez?

— Bem... foi o que me disseram há algum tempo. — Ele finge coçar o rosto com o indicador por nervosismo e responde de forma inocente.

Pisco algumas vezes para tentar absorver a resposta vaga.

— Como assim? Você foi a um médico? — questiono, confusa.

— Um médico excelente naquela região. Como eu nunca tive muito dinheiro, ele me adiantou todas as informações possíveis sobre o meu estado naquele dia e uma delas é que não posso ter filhos — Willy me explica.

Espera... O quê?

— A princípio, eu não dei muita importância. Não pensei que fosse chegar a fazer... — Ele usa a mão livre para gesticular no espaço livre entre a gente e nós seguramos uma risada.

— Sexo — eu completo. Esse homem tomou a iniciativa e me deu todo o prazer que o corpo de uma mulher poderia receber, mas agora não é capaz de pronunciar o nome que se dá a isso. É uma graça.

Chocolate com Cereja - Willy WonkaOnde histórias criam vida. Descubra agora