Me apaixonei pelo meu chefe

Desaparecido

Eu havia desmaiado e Brian me trouxe para casa de Pedro, quando acordei estava sozinho mas não demorou muito Ana entrou no quarto.

- Graças a Deus Jefferson você acordou! como está se sentindo?
- Parece que acordei de um pesadelo, me diz que tudo foi só um sonho ruim.
- Ah meu querido, como eu queria que fosse - Ana passava a mão em meu rosto acariciando - mas infelizmente não é.
- Cadê Brian?
- Eu pedi para ele ficar lá em baixo com Pedro, acho que você precisa descansar um pouco.
- Ana tudo isso é culpa minha, se eu fosse mais corajoso...
- Não diga isso meu querido - Ana me interrompe - nunca poderíamos imaginar que poderia acontecer alguma coisa com Henry. Para dizer a verdade não sabemos se aconteceu alguma coisa com ele.
- É óbvio que aconteceu, você viu aquela chamada de vídeo, estava nítido que tinha alguma coisa de errado. Ana eu amo Henry não sei o que será da minha vida sem ele.
-calma Jefferson, vamos descobrir o que aconteceu, agora descanse mais um pouco.

Eu me deitei, ao lado da cama havia uma mesinha cheia de livros, e uma pequena janela acima, eu observava a noite o céu estrelado e pensava "será que Henry pode ver o céu de onde ele está?" mais uma vez não consegui segurar a lágrima adormeci chorando.

Na manhã seguinte acordei cedo, Brian estava ao meu lado, quando sai do quarto Pedro e Ana dormiram na sala, tentei não fazer barulho abri a porta, desci as escadas e estava no bar, lembrei do primeiro dia que estiver ali, Henry no balcão servindo clientes.

Peguei meu celular, abri minhas redes sociais entrei na página de Henry, vasculhei as fotos dele de repente vi que ele entrou on-line, comecei a enviar mensagens.

"Henry você está aí?"

" Por favor me responda,
estamos preocupados"

" Henry me responde "

As mensagens estavam sendo lidas mas não tinha nenhuma resposta, corri de volta para casa do Pedro, entrei na sala gritando.

- Ele está on-line!!!
- Quem está on-line? Calma Jefferson o que está acontecendo? - Ana perguntou bocejando.
- Henry está on-line e visualizou as minhas mensagens.
-O que?- Pedro sentou rapidamente.

Pedro pegou meu telefone e começou a mexer em coisas que eu não entendia, ele disse que iria passar um programa rastreador. De repente todos nós recebemos uma mensagem no whatsapp, aqui e vi que era um vídeo.

No vídeo Henry aparecia em um lugar parecido com quarto de hotel, dizia que estava tudo bem, que ele não estava em contato por que havia perdido o celular, disse que Gustavo precisava dele e que iria dedicar um tempo só para cuidar do Gustavo que não era para procura-lo que quando quisesse ele entraria em contato.

Ficamos os três nos encarando sem acreditar naquilo que recebemos, até que Brian sai do quarto.

- vocês receberam o vídeo do Henry também? - Brian diz mostrando o celular.
- sim, todos recebemos- diz Pedro, ainda incrédulo - e não estou gostando disso, acho que devemos procurar a polícia.
- eu concordo com Pedro - Ana diz.
- e dizer o que? Que nosso amigo resolveu viajar com namorado? Acho que precisamos de provas que Henry está em perigo- Pedro fala olhando diretamente para mim.- não podemos tirar conclusões precipitadas baseada em nossas desconfianças.
- depois desse vídeo eu tenho certeza- digo olhando para Pedro - mas você tem razão precisamos de provas. Precisamos ir ao internato onde Gustavo e Henry estudavam.
- deixa isso comigo, você e Ana precisam estar de frente na empresa, até para não despertar nenhuma desconfiança. - Pedro respondeu a mim.
- eu vou investigar esse vídeo para tentar achar alguma pista. - Pedro se prontificou.

E assim fizemos, Ana e eu fomos a empresa enquanto Pedro e Brian iriam investigar a vida de Gustavo. Marcamos de nos encontrar toda noite. Ter que trabalhar como se nada estivesse acontecendo era muito difícil mas precisava cuidar da empresa de Henry.

Brian Genneric

Desde que tudo isso começou vejo o despero do Jeff, independente de qualquer coisa vou ajuda-lo, mesmo sabendo que posso estar colocando meu relacionamento em risco.

Fui em busca de informações no tal internato, chegando lá um homem que se dizia diretor do lugar, um homem negro, alto, aparentando 50 anos era uma pessoa muito séria e nada amigável que me atendeu, ele não me deu informações, mas me passou quem poderia lembrar de Gustavo e Brian, o zelador do alojamento.

Senhor Inácio o zelador, era muito mais simpático do que o diretor e mais importante lembrava-se muito bem de Gustavo.

- me lembro sim do menino Gustavo, ele era muito quieto, sempre pelos cantos, eu era faxineiro aqui quando ele chegou, devia ter uns 7 anos, era de família rica pois deixaram ele aqui com tudo pago até a faculdade.
- Sr Inácio, o senhor sabe quem foi que deixou ele aqui?
- isso eu não sei dizer não senhor. Eu só sei o que o pessoal falava pelo pátio.
- o que mais falavam sobre ele?
- que ele era herdeiro de uma fortuna, e que tinha sido deixado em testamento que ele só pegaria o dinheiro depois de se formar. Ah! E que a tutela dele era do Sr José.
- e quem era esse Sr José?
- ele era o diretor geral na época, um bom homem.
- E o que aconteceu com ele? Onde posso encontra-lo?
- ah não meu filho, Sr José já morreu faz um tempo.
- Sr sabe se essa José tinha família? Filhos, esposa?
- a vida do Sr José era isso aqui, e os meninos daqui. Se bem que tinha um interno que ele tratava como filho, até ajudou a entrar na faculdade... Deus como era mesmo o nome dele??? Ah! Henry Castellani...que garoto adorável.
- o Gustavo e Henry eram amigos?
-isso eu não sei não Sr, o menino Gustavo era muito quieto, só via ele falando com Sr José as vezes.
- ele e o Sr José tinham uma boa relação?
- isso com certeza não, as poucas vezes que vi os dóis conversando eles tavam brigando. Uma vez eu ouvi o menino Gustavo pedindo a herança dele por que ele queria ir embora daqui, mas Sr José disse que era uma parte só quando ele completasse 18 anos o restante só quando Sr José morresse, era isso que estava no papel. O menino Gustavo não gostou não e saiu ameaçando Sr José.

Eu agradeci ao Sr Inácio, as informações dele me foram muito útil, fui ao encontro do Pedro.