Paz

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Jefferson

   Finalmente tive alta do hospital, e tudo que eu queria era voltar para meu apartamento, Henry até ofereceu irmos todos para apartamento dele, mas não aceitei.

    Eu e meus pais estamos no meu apartamento, minha mãe resolveu ir no mercado para comprar algumas coisas para fazer comida, já que eu estava ficando no apartamento do Brian, minha dispensa estava vazia. Eu e meu pai ficamos e aproveitamos para ter uma conversa.

   — Filho, eu quero te pedir desculpa – meu pai parecia triste — quando os médicos disseram que iria desligar seu aparelho eu entrei em desespero, eu não queria ficar e ver você...– meu pai começou a chorar, eu nunca tinha visto meu pai chorar até então.

   — Pai, não fica assim, eu te entendo.

   — Filho eu amo tanto você, mas confesso que fui covarde, fraco, por dias te vendo naquele hospital, estava no meu limite. Graças a Deus você acordou ou nem sei... – meu pai colocou as mãos no rosto como se quisesse esconder.

   — Pai vamos esquecer tudo isso, eu estou aqui e bem.  Eu queria falar sobre outro assunto com senhor. – meu pai tira as mão do rosto e me olha — eu quero falar sobre o Henry.

   — O que quer falar meu filho?

   — Pai, eu sei que foi muito difícil para senhor aceitar o Brian como meu parceiro, mas eu nunca enganei ele, sempre disse não o amava. Eu sempre amei Henry pai, só não tive coragem de falar para ele, então ele começou a namorar Gustavo e daí pra frente o senhor já sabe. – meu pai só me ouvia, sem expressar nenhuma reação então eu continuei — Agora que tudo isso passou eu vou ficar com Henry.

   — Filho, eu vou ser bem sincero com você. Não tenho o direito de controlar com quem você se relaciona e respeito você se relacionar com homens, mas... Esse tal Henry, eu não gosto dele, não gosto de tudo que ele te envolveu.

   — Mas ele foi tão vítima quanto eu, pai dê uma chance á ele.

   — Jefferson você é meu filho e vou te proteger de tudo que eu achar que pode te causar dor ou sofrimento, e esse homem é uma grande ameaça a você. Não vou te proibir de ficar com ele, não tenho esse direito, mas estou deixando bem claro que não sou a favor desse relacionamento.

  
   Eu até estava entendendo os motivos do meu pai, mas não iria deixar essa oportunidade de ficar com Henry passar, eu apenas abracei meu pai, que retribuiu o abraço. Um tempo depois minha mãe chegou com as compras e meu pai foi ajuda-la.

   No dia seguinte pela manhã, Henry já estava em meu apartamento, minha mãe o recebeu bem, porém meu pai arrumou uma desculpa qualquer e saiu.

  
   — Bom dia Jeff! – Henry me cumprimentou com um beijo rápido, enquanto minha mãe estava na cozinha.

   — Bom dia Henry! – eu tinha um sorriso que não conseguia disfarçar — vamos conversar no meu quarto.

   — Jeff danadinho, sua mãe está aqui, e você já me chama para quarto!? – Henry fez uma cara de safado tentadora.

   — Não é nada disso seu safado, eu apenas quero conversar com você. – com certeza essa brincadeira de Henry me deixou tímido, senti meu rosto quente.

Me apaixonei pelo meu chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora