Hospital

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Henry Castellani

Jefferson já está a quase uma semana em coma, eu não saí do lado dele por um minuto desde que recebi alta, mesmo Ana e Pedro insistindo para me levar para casa. Hospedei os pais de Jeff em um hotel ao lado do hospital, onde eles passavam as noites já que no hospital era desconfortável, e assim eles estavam por perto. Nessa manhã os médicos vieram conversar com a família.

- Henry, essa manhã os médicos vieram conversar com a gente, eles querem desligar os aparelhos de Jeff. - Maria me contava sendo amparada por Vicente. - eles disseram que meu menino já não está entre nós, falaram em morte cerebral. Mas eu sei que ele vai acordar...eu sei que meu menino está aqui ainda.

- Dona Maria, eu peço não deixa fazerem isso...eu imploro - eu abracei a mãe de Jeff como se ela fosse minha bóia de salvação - eu sei que ele vai acordar.

- Eu também sei disso, mas eles deram só mais 3 dias, se o quadro dele não tiver nenhuma alteração eles vão desligar os aparelhos. - O choro de Maria se tornou mais desesperado.

- Não...eu não vou permitir - senti o desespero tomar conta do meu corpo - nem que eu tenha que tranferi-lo para outro hospital.


Enquanto eu e Maria conversávamos, Vicente se aproximou de Jeff e fazendo carinho em seu cabelo, ele conversava com o filho, depois deu um beijo em sua testa e saiu do quarto sem falar nada com mais ninguém. Maria me olhava com cara de interrogação, aquilo pareceu uma despedida.

Scott e Brian visitavam Jeff todos os dias, e naquele dia Maria informou a eles o que os médicos falaram, vi o desespero de Brian, ele ainda se culpada por Jeff está desse jeito.

Quando anoiteceu eu fiquei sozinho com Jeff, ele parecia tão frágil com aqueles aparelhos todos ligados em seu corpo, eu tinha que protege-lo. Coloquei uma cadeira ao lado da cama, e segurei sua mão, não conseguindo conter minhas lágrimas.

- Jeff, eu sei que vocês ainda está aí, você precisa acordar. Me perdoe por colocar Gustavo no nosso convívio, perdoa por não ter tido coragem em dizer que te amo tanto, eu fui covarde. - eu ainda segurava firme sua mão - eu vou te proteger, não vou deixar que mais nenhum mal te aconteça, mas eu preciso que você lute por sua vida, faça isso por mim, por sua família, por Brian - meu choro foi aumentando e se tornando desesperado - acorda meu amor, eu preciso de você.


Dei um beijo em sua testa, e fique ali acariciando sua mão até que peguei no sono. Pela manhã fui acordado por Maria.


- Bom dia querido, você pegou no sono na cadeira, que tal você ir toma um café, eu fico aqui com ele um pouco.

- Oi Maria, bom dia! Pois é estava conversando com ele e peguei no sono. Eu vou lá no hotel tomar um banho e volto em seguida.

- Não se preocupe, vou ficar aqui com meu menino um pouco.

- Maria, me desculpa - falei sem conseguir encara-la.

- meu querido, porque está se desculpando? - Maria se aproximou de mim e colocou as duas mãos em cada lado do meu rosto, fazendo encara-la.

- Por não ter cuidado do Jeff, por ter colocado ele nessa situação. - Maria ainda acariciava meu rosto.

- Meu querido nada disso é sua culpa, eu vejo o quanto você ama meu filho, e posso ver que você nunca faria nada para machuca-lo. Eu sei que meu filho também te ama ou não teria feito tudo que fez para te encontrar.

Me apaixonei pelo meu chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora