10 - Almost death and finally freedom

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Silêncio... eu apenas sentia os meus olhos fechando aos poucos e aos fundos alguém gritando o meu nome.

Era Tom que se abaixava o meu lado gritando e me sacudindo.

- Te vejo no inferno. - Susurro antes de finalmente meus olhos se fecharem.

Acabou, tudo havia acabado...

Pelo menos era o que eu achava.

(...)

"Os dicionários definem a morte como a cessação definitiva da vida, especialmente a humana, fim da existência de qualquer ser ou ente da natureza. Mera e inevitável interrupção do ciclo vital."

"Mera e inevitável interrupção do ciclo vital."

Inevitável.

No meu caso era totalmente evitável, era só uma coisa que eu queria, uma pequena coisa. A liberdade, o direito de me sentir livre e viver a minha vida sem Tom ou qualquer outro.

Um flash de luz, uma grande claridade passa diante dos meus olhos. Era o céu? Ou eu realmente estava "vendo" o fogo do inferno.

Um grande barulho dava para ser escutado, eu não sabia o que era mas parecia ser grande. Muito grande.

Em meio aquele caos que não podia ser visto, meus olhos foram abertos gentilmente me fazendo cegar por alguns segundos por mais um flash de luz.

Me acostumando com o ambiente ao meu redor, percebo que eu estava deitada no banco de um carro. Eu estava deitada com os pés para cima apoiados na janela, minhas pernas mexiam com a velicidade que o carro andava, agora eu sabia que o grande barulho era o pneu cantando quando passado com muita força pelo asfalto.

Meu coração faltava pular pela boca, e agora ja totalmente situada com o ambiente meu braço doia assim como a minha perna que latejava e doia muito.

Ao olhar para baixo, a minha calça que antes era clara agora estava tingida de vermelho que fazia uma transição de cores com a sujeira da calça.

Naquele momento, que não havia durado mais que 2 minutos, eu finalmente havia percebido. Eu estava viva, eu não havia morrido.

Merda, eu estava viva!

Eu me perguntava quem dirigia o carro, ate que lembro, Tom, ele havia sido o último que eu havia visto antes de perder a consciência.

Ao tentar me levantar solto um gemido alto de dor, tudo doia.

O carro é freiado com violência me fazendo dar mais um gemido de dor seguido por um pequeno grito pelo impacto da força contrária ao meu corpo.

Apoio a minha cabeça no banco de trás arfando pela grande dor que eu sentia, eu queria chorar, mas não, eu não vou me permirir a isso.

- Você está bem? - A voz que eu tanto conhecia ecoa da frente do carro.

Tom me olhava nervoso, eu conseguia sentir a sua respiração desregulada.

Eu não conseguia responder, com a cabeça apenas sinalizei que não.

- Que merda Celeste, que porra você foi fazer? - Tom diz com a voz agressiva batendo com força no volante.

Bloodsport - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora