11 - Lucifer is back

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- Eu não sei como faz isso Celeste. - Ele diz ainda de costas para mim parado a porta. - Como pode o seu nome ser Celeste e os eu sobre nome ter diabo? Você é realmente a junção do céu e do inferno.

Aquelas palavras me tocam, não sei o porquê, mas simplesmente aquilo havia me tocado de alguma forma.

- Ah, e Elle não veio porque assim como você agora ela te odeia. - E assim, como as suas últimas palavras, Tom sai e me deixa sozinha no quarto do hospital.

Agora eu estava livre, porém vazia.

(...)

Ja fazia 4 meses que tudo havia acontecido, esse grande capítulo na minha vida ainda martelava em minha cabeça sempre, desde o momento em que eu acordava ate o momento que eu fosse dormir.

Eu tinha medo, medo de algum dia eu encontrar Tom novamente e o meu inferno começar de novo. Ao mesmo tempo, eu tinha curiosidade de saber o porquê, o porquê de ele ter falado aquilo para mim.

Destinados a nós encontrar, nosso destino está traçado.

Essa frase era a que mais se repetia em minha cabeça, eu queria saber o porque mas eu sabia que se eu voltasse para lá eu viveria o mesmo inferno de novo.

Nesses quatro meses continuei sem notícias deles, Elle havia sumido do mapa e era bom que continuasse assim ela era uma das pessoas que eu menos queria contato, mas em compensação eu encontrei um novo emprego, agora eu trabalhava em uma empresa de fast-food e passava praticamente o meu dia todo lá.

Era incrível, eu só fazia as comidas sem ter nenhuma interação com o público o que evitava eu ver qualquer um deles.

Nesse momento eu estava fritando algumas batatinhas para alguns clientes que esperavam para levarem para casa. Era o último pedido da noite que por sinal ja estava bem tarde, ja passava das 23 horas.

- Aqui está. - Entrego o pedido para Hailey que trabalhava comigo.

Hailey havia sido uma grande amiga que eu havia arranjado nesses quatro meses. Assim como eu, Hailey havia sofrido muito na vida e estava em busca de novas oportunidades aqui em Miami.

- Vai para casa depois do trabalho? - Hailey me pergunta com um sorriso de canto.

Hailey era alta, tinha os cabelos loiros indo perto de sua cintura e claro olhos azuis que pareciam o oceano.

- Sim, você sabe que essa é a minha rotina de todos os dias. - Dou uma pequena risada enquanto eu fechava o caixa encerrando o dia.

- É verdade, nem sei porque perguntei. - Hailey entrega a comida e depois volta para o caixa, as pessoas ja tinham ido embora. - Eu vou só pegar as minhas coisas e ai nós podemos ir. - Hailey diz.

- Certo. - Eu como sou bastante ansiosa, ja havia pegado todas as minhas coisas e mudado de roupa.

Eu esperava Hailey pegar as coisas dela enquanto eu estava sentada em uma das mesas.

- Prontinho, vamos embora. - Hailey aparece ja vestida em suas roupas normais e com a sua bolsa em uma mão e na outra segurando a chave para fecharmos o estabelecimento.

Eu e Hailey trancamos e fechamos a lanchonete.

- Agora mais cedo, estava me perguntando se eu ia para casa porque? Você vai para algum lugar? - Pergunto curiosa.

Hailey vivia mais que puta na garupa de bandido, ela ja havia ido para os quatro cantos de miami e concerteza ja experimentado todos os tipos de adrenalina que a noite pudesse oferecer.

- Noah quer me levar para uma boate, aquela que é badalada aqui em Miami. - Hailey diz animada. - Você conhece o Miami Club?

Nesse momento o meu coração erra a batida. Era lá, foi lá que toda a minha desgraça começou tudo culpa daquela maldita boate.

- Celeste? - Hailey olhava para mim assustada. - Está tudo bem? Ficou quieta do nada.

- Eu estou bem, foi só um mal-estar passageiro. - Sorrio tentando a mostrar que eu estava bem.

- E então quer ir comigo? - Hailey pergunta animada.

- Ah não Hailey obrigada, eu passo a oferta. - Tento ao máximo deixar isso quieto. - E além do mais, estava chovendo a alguns minutos atrás, tem certeza de que vai para uma boate?

Havia caido uma baita chuva mais cedo, a pista ainda estava molhada e a briza gélida fazia meu corpo tremer em alguns momentos mesmo eu estando de jaqueta, o único problema na minha roupa era o vestido que eu usava que era meio curto.

Malditas roupas de piranha.

- O que tem haver? Tudo na chuva fica melhor. - Ela sorri. - Acho que o meu namorado chegou.

Um carro para ao nosso lado, era Noah o namorado de Hailey um típico menino americano no qual nem vale apena escrever.

- Oi Celeste. - Noah me comprimenta pela janela do carro.

- Oi Noah. - O cumprimento.

Hailey da a volta no carro para entrar nele.

- Nos vemos segunda-feira Celeste. - Hailey sorri e joga um beijo no ar para mim logo entrando no carro que sai em disparada.

- Homens... - Susurro dando uma pequena risada voltando a caminhar.

A rua estava um pouco deserta e com pouca iluminação o que nem era novidade se tratando do bairro que eu estava e pior ainda o que eu havia me mudado. Pelo medo que eu estava de Tom me caçar, acabei me mudando de casa e agora morava em um pequeno apartamento em uma região mais quieta.

Olho para a faixa de pedestre a minha frente revezando o olhar entreva faixa e ao sinal para que eu pudesse passar logo.

Enquanto eu tentava me destrair esperando o sinal abrir um carro para na minha frente do outro lado da rua, um carro que eu conhecia bem.

Meu coração acelera, não podia ser ele, não era ele.

Tento me acalmar pensando que talvez fosse só uma coincidência afinal ele não era o único que tinha aquele carro.

Sinto pequenos chuviscos da chuva caindo na minha pele me lembrando que logo ia chover de novo.

  O sinal finalmente abre mas no momento em que eu ia cruzar a rua, ele desce do carro.

Tom, era Tom que havia descido do carro.

Dou alguns passos para trás ainda em choque com quem eu estava vendo, não podia ser ele, não Deus não! Por favor!

- Sentiu a minha falta? Amor. - Tom diz finalmente do mesmo lado da rua que eu.
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Oi pessoal, só queria vir aqui dizer que o próximo capítulo vai ser baseado em um sonho que eu tive na verdade, nem sonho aquilo pode ser considerado na verdade foi mais um pesadelo.

Quem for sensível ja está avisado porque vai ser pesado, até hoje eu sou traumatizada com esse sonho.

LIZZIE.


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