Capítulo 8

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"Srta Brodbeck"
"Levante-se!"

"Já vai..." caramba, eu não dormi nada, estava muito ansiosa e pensativa, demorei um século para dormir.

Lentamente retiro meu corpo preguiçoso da cama e vou em direção aos banheiros, tomo um banho demorado e pego uma das roupas que eu comprei no Shopping; uma calça vermelhas, com uma camisa branca, mais uma camisa na cintura e umas botas pretas, meu cabelo, simplesmente fica solto. [Foto na multimídia]

Deixo minhas malas na sala, perto da saída e vou tomar meu café da manhã. Sento-me na mesa e termino minha comida.

Após terminar vou falar com a Irmã Grace.
"Bom dia. Que horas o Táxi chega para me pegar?" pergunto.

"Bom dia Hope. Se você já está pronta, vou chamar a Irmã Mary, ela irá leva-la até lá, juntamente com você o Táxi."

"Certo, eu vou pegar minha coisas e já volto." falo e saio atrás da minha pequena.
Eu sei, eu tomei uma decisão na minha vida, mas eu não posso ser Fria com todo mundo. Pelo menos não com a Agnes e as Irmãs. Com elas eu posso ser eu mesma.
Ela ainda está no dormitório, acordei mais cedo que o de costume por aqui.

Me ajoelho perto da sua cama e fico observando ela dormir angelicalmente, é melhor não acorda-lá. Deixo um beijo em seus cabelos e levanto-me.

"Ho?" se faz soar um voz solonolenta.

"Desculpe, eu não queria te acordar, princesa."

"Você já vai embora?" pergunta.
"Eu não vou embora pequena." sento-me ao seu lado. "Apenas vou passar uns dias no colégio, esse final de semana eu volto para ver você certo?"

"Mas vai ser tanto tempo Ho...e se eu precisar de você? Eu não tenho mais ninguém aqui."

"Eu vou estar com meu celular lá, qualquer coisa você pede para alguém me ligar que eu venho correndo para cá certo?"

"Ta Okay...vou ter saudades suas..."
"Eu também, pequena." digo a abraçando.
"Agora eu tenho que ir. As coisas não vão ser fáceis por lá..." digo avisando a mim mesma.

"Você está linda Ho. E não vai ser difícil, você é forte." Oh Meu Deus, essa garotinha não tem jeito mesmo. Nem parece ser tão nova com essa mentalidade.
"Obrigada linda." digo e saio de lá deixando um beijo na sua testa.

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"Já podemos ir Irmã Mary."

"Tchau Hope."
"Que Deus te acompanhe."
"Deus te abençõe."
Foram as falas que ouvi ao atravessar aqueles portões em direção ao Táxi.

Coloco minhas coisas dentro de mala e vou em direção a porta traseira.

"Hope! Hope, espere!"
"Você ia esquecendo isso." diz a Agnes ofegante me entregando meu livro. Caramba! Como eu poderia esquece-lo! Neste livro tenho tudo de mais precioso para mim. Algumas lembraças, algumas memórias, pequenos objetos do meu passado...
"Obrigada, novamente, Agnes." sorri
E com isso ela voltou correndo para o Orfanato.

Entrei no carro e segui até a Universidade.

Ela era um pouco longe de onde eu morava, acho que 1 hora mais ou menos.
Minhas mãos estão suando, eu estou tão nervosa. Eu sempre tive uma vida difícil quando crinaça, então jurei que me esforçar nos estudos para dar uma vida boa a minha família e também conseguir minha independência.

Espero também que lá não seja aquelas Universidades onde tem umas patricinhas nogentas que fazem tudo por garotos ou tudo para arruinar suas vidas; como nos filmes. Ou que a escola toda babe em cima dos garotos populares e riquinhos... Ou ainda que todo mundo só se importe com festas, bebidas, drogas e dinheiro... Jamais me passarei a isso.

Sem contar o fato de que, de todo meu coração, eu tenha um quarto só para mim. É uma escolha da minha vida, não quero mais me aproximar de ninguém, já tenho muitas pessoas ao meu redor, e essas, não quero machuca-las ou ser machucada. Imagina eu ter uma colega de quarto super legal, aí eu acabo me aproximando dela e me tornando melhor amiga, daí ela vai e puf, faz alguma merda e acaba o resto de coração e vida que eu tenho aqui.

Eu não me importo mesmo em está só... Gosto de ter a minha paz, meus pensamentos, minhas opiniões... Até por que se, por exemplo, eu ficar "amiga" de alguém, eu era ( ainda sou um pouco), alguém que gosta de agradar ou deixar feliz as pessoas que eu gosto, e isso influencia minha opinião. Meu pai, tudo é muito complicado... Rolo meus olhos mentalemnte.

E você é uma pessoa não complicada, Hope. Com certeza que é.

Com um subconsiente desse ninguém precisa de inimigo...

Vou olhando pela janela a paisagem passando. E acho que já estamos bem perto.
Já se passou um bom tempo.

"Irmã Mary" chamo.

"Sim?"

"Eu sei o quando vocês olham bem todas aquelas crianças. Mas, por favor, tenha cuidado com a Agnes, por mim. Ela é pequena e a senhora também sabe o que ela já passou, atitudes que algumas outras crianças tiveram com ela. Não deixe ela ser uma pessoa revoltada da vida. E se ela quiser falar comigo, liguem-me, não hesite."

"Eu aprecio muito seu cuidado com ela, pode deixar que eu farei isso."

"Obrigada."

"E Hope, eu sei o que você passou com o rapaz Lange.
Não mude seu jeito de ser por causa de um garoto que não pensa em seus atos. Você é uma menina doce e forte, e tem muito caráter, não se prive de nada por causa disso, você pode perder tanto por isso. Por favor."

Assenti.
Esse conselho atingiu totalmente a decisão que tomei quando aquilo me ocorreu com o Lucas, é como se ela soubesse do que aconteceu.
Mas eu não posso, não vou seguir seu conselho. Eu não quero sofrer mais. Eu já estive em muitos lugares errados, com as pessoas erradas, na hora errada. Pelo menos, assim, eu evito um desses erros, as pessoas.

"Chegamos. Imperial College London." anuncia o motorista.

Saio do carro, juntamente com a Irmã Mary.

"Eu vou andando para as coisas irem mais rápido, quando pegar suas coisas vá até a secretária me encontrar."

"Certo."

Vou até a parte de trás do carro recolher minhas coisas com o taxista.

"Obrigada." digo quando ele me entrega minhas poucas malas. "Aqui está o dinheiro."

"Menina, não querendo me intrometer, mas eu tenho ouvidos. Siga o conselho que aquela Freira deu a si. Eu sou experiente no caso."

Droga, mas será que todo mundo resolveu aparecer para me dar conselho? Eu sei tomar minhas decisões sozinha. Eu tenho a droga de 18 anos nas costas. Nunca ninguém me disse que eu não tinha que fugir de casa com 5 anos, entre muitas outras coisas. Danem-se.

"Eu não posso. Não com tudo que já passei na minha vida. Eu só quero me afastar das pessoas. O senhor pode ser experiente em conselhos, mas eu sou experiente em sofrer, e eu não quero aumentar mais meu conhecimento sobre isso." falo e saiu a procura da Irmã Mary.

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Esse foi mais um capítulo, espero que tenham gostado, Flores. Bjs

Hope • H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora