Capítulo 18

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"Harry?"
Mas o que ele está fazendo aqui? Como ele sabe o número do nosso quarto?

"Oi Hope. Eu... posso entrar?" pergunta sorrindo.

"Claro." digo e saio da frente da porta deixando passagem para ele entrar.

"Oh, olá Harry!" cumprimenta Karol indo abraça-lo.

"Oi Karol." diz enquanto eu sento na cama apenas ouvindo a conversa dos dois. Já que estou ccom meu livro.
"É que... eu queria saber onde fica a Diretoria aqui.
E como não sei ainda o número do quarto do Niall, vim perguntar a vocês." diz com uma das mãos atrás do pescoço.

"Ah sim. Tudo Harry.
Já que você vai lá poderia pedir para mudar para o Quarto do meu maninho, ele está em um sozinho."

"É uma boa idéia, não gosto muito do garoto que ficou no meu quarto..." comenta rindo um pouco junto com minha amiga.

"Sim, sobre a Diretoria." dá continuidade a Karol. "Tenho certeza que a Hope poderá leva-lo até lá. Não é amiga?" pergunta.
Não acredito que ela está fazendo isso comigo! Sério? Essa garota não tem jeito.

"Tem certeza Karol? ... Eu... Hãm..." tento inventar alguma desculpa mas sou cortada pela minha amiga.

"Ah, vá lá! Eu estou de pijama." defende.
Levanto-me lentamente e vou até a porta perto de onde o Harry está. Quer dizer não nada eu realmente não queira fazer...é só... Ai sei lá.

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POV Harry

Ela é tão calada... E linda.
Continua do mesmo jeito... Lembro-me perfeitamente.
Sempre perdidas nos seus pensamentos.
Mas eu gosto do seu silêncio, ele declara-se, pensamentos vagando pela sua cabeça são transmitidos por suas janelas, seus olhos.

A forma como o sol da tarde reflete no vermelho intenso de seus cabelos; o jeito que sua pele branca ilumina qualquer olhar; o modo que os seus profundos olhos negros transmitem as mais variadas emoção mesmo não estando fixados nos meus...

Tento fixar meu olhar em meu caminho, mas realmente essa garota me atraí. Não sei o que sinto, mas tenho certeza que não é paixão. É apenas o mesmo sentimento de sempre, o sentimento que tenho desde que a conheci a um certo tempo atrás. Não poderia me apaixonar por alguém de um dia para o outro certo? Quer dizer, o tempo que passou eu não a esqueci, mas também, querendo ao não, isso ficou mais de lado... Meu pensamento soa ridículo e bastante clichê(puf) , o que apenas confirma minhas respostas, já que nada na vida é clichê.
O caminho que a vida nos faz seguir é algo misterioso, não há palavra ou explicação para definir.
Apenas aprecio essa menina.
Balanço minha cabeça como forma de deixar levar meus pensamentos.

Eu também não queria ter que ir até o Quarto delas, até porque, eu fiquei digamos que meio envergonhado... Foi só um pouco! Juro.
É só que eu realmente tentei achar a diretoria daqui. Mas olha o tamanho dessa Universidade! E sem ninguém aqui para perguntar é fogo.
Mas ai alguém pode falar: E por que você não pergunta a seu "adoravel" colega de quarto Harry?

Bem, talvez porque não seria muito legal da minha parte interromper um momento... De... Felicidade(?) Dele...

Tipo, esse cara não liga para estudo, planos futuros para a vida e tal. Ele só quer saber de levar garotas para o Quarto e fazer bem o que vocês estão pensando aí. Já estou cansado de toda hora ter uma lá no quarto.
Só acho que essas garotas são loucas, digamos que ele não é a... Melhor pessoa.

Um voz meiga e gentil interrompe meus pensamentos:
"Boa tarde, Senhorita Makender, o Diretor já está em sua sala?" pergunta Hope ao nos aproximarmos da Secretária do Diretor.

"Boa tarde." diz sorrindo e se apoiando bem em cima da bancada com seus cotovelos em minha direção... Certo, muito estranho. "Encontra-se sim, deixem-me apenas avisar a ele que vocês querem ir até lá." diz pegando em um telefone fixo, discando alguns números em uma rápida conversa que suponho ser com o Diretor.
.

..

"Já podem entrar." avisa a secretária sorrindo.

"É... Bem, eu acho que vou ir andando então." diz Hope olhando para mim.

"Você não quer me esperar aí no sofá? Ou até mesmo entrar também?" peço.
Muito grudento Harry, muito grudento.

Depois do que se parece um tempo ela, apesar de hesitar um pouco, afirma com a cabeça e se dirije ao sofá. Ótimo! Sorrio para ela e giro a maçaneta da porta.

Deparo-me com um homem magro, alto, de cabelos castanhos e olhos da mesma cor, tem um rosto familiar, bastante familiar, mas ignoro essa voz na minha cabeça

"Olá Harry, à que devo sua visita?" fala com um sorriso estranho em seus lábios...
E como esse ser sabe meu nome?

"Eu apenas vim me certificar se toda a matrícula já está completa e certa."

"Oh, mas claro que sim, somos bem eficientes."

"Okay, obrigado." agradeço. "Queria saber também se poderia mudar de dormitório... Digamos que não peguei o melhor colega de quarto." acrescento enquanto ainda olho bastante em seu rosto tentando lembrar-me quem é ele.

"Depois de procurar alguem disposto a trocar, ou um quarto vazio, tudo bem por mim." diz gentimente e com o mesmo sorriso estranho de antes em seu rosto.

"É que eu já tinha um quarto em mente, meu colega, Niall está em um quarto sozinho poderia ser lá?" falo ainda meio desconfiado de toda essa gentileza.

"Sim, Claro. Vamos procura-lo nos registros e assim que tiver pronto mando algum funcionário lhe avisar."

"Certo, obrigado novamente." agradeço e me levanto, mas um pergunta dele interrompe minha ação.

"E sua mãe querido? Como anda a Anne?"

"Ela está muito bem, mas de onde você a conhece? " assim, não é muito comum alguém sair perguntando da vida do outro depois de apenas uma matrícula feita correto?

"É uma longa história Harry. Você não se lembra?" deixa-me ainda mais confuso depois de sua fala.
Só sei que isso está cada vez mais confuso e só me deixa com uma certeza: eu tenho algum começo de alzheimer ou algo assim.

"Não, não me lembro." nego.
"Então tente querido, e depois volte por aqui." fala aumentando ainda mais um estúpido sorriso que ele tem em seu rosto.

Levanto e tento sair de lá o mais apressado possível.
Mas um pequena plaquinha informando o nome desse diretor, me faz parar assustado: Diretor William Rost.

Ao ler aquele nome, memórias, bastante delas. Principalmente de quando eu era menor enchem minha cabeça afogando-me na imagem daquele olho castanho e sorriso estranho, mas também em uma criança sorridente bricando no jardim de uma casa.

"P-pai?" viro-me encarando-o.

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TAN TAN TAN

Ansiosas para o próximo capítulo?

Hope • H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora