Capítulo 9

132 17 17
                                    

Chego nos portões e suspiro pesadamente. Que isso não complique mais minha vida.
Olho para trás e o motorista do Táxi ainda está do mesmo jeito de quando eu sai. Com uma expressão de surpresa em seu rosto.

Viro meu olhar lentamente para a nova vida a minha frente, ao meu novo começo.

Enquanto vou caminhando, vou observando olhares atentos a mim, pessoas rindo junto de seus amigos, grupos escutando música, gente se abraçando, namorados trocando carinhos...
Conhecer outras pessoas pode até ter seu lado bom, mas não compensa.

Aqui, a Secretária.

"Finalmente Hope."
"Eu vou voltar para o Orfanato, pegue suas coisas e se informe de seu quarto."
Deu-me um abraço e saiu.

"Com licença eu queria pegar meu horário e a chave do meu quarto."

"Nome?"

"Hope Brodbeck Cooper."

"Um momento."

...

"Aqui está."
"Seu quarto fica no bloco A, siga em frente e vire a esquerda, continue, e depois a direita. É o quarto 96."

"Okay, obrigada."

Sigo as instruções da moça e chego ao quarto 96. Por favor que eu esteja só.

Destranco a porta com olhos fechados. E abro um de cada vez. Obrigada, estou só!

Sento-me em uma das camas e observo o quarto.
É simples, mas nada que eu já tive. Paredes bege, mobília branca, duas camas, dois armários, uma escrivaninha e porta que da o acesso ao banheiro.

Deixo minhas coisas em cima da cama, retiro minha mochila e vou até a porta para ir as aulas.

"Aiii" falo com a mão na testa. Como de costume, eu cai de novo. Parabéns para mim.

"Me desculpe Senhorita. Não era minha intenção." diz um homem todo engravatado e com algumas malas atrás de si.

Claro, eu rezo pra ficar sozinha no quarto e além disso não conseguir isso, fico no mesmo quarto que uma riquinha e provavelmente bem nogentinha.

Levanto-me e vou até ao banheiro passar um pouco de água sobre minha testa.

E quando abro a porta assusto-me ao ver um ser loiro e branco igual a mim, lá dentro escovando os dentes.

"Ôî, vûçê ê înhâ côêgâ dê qârcô?" fala a garota muito atrapalhadamente por teu a escova em sua boca.

Sorrio por causa de sua fala e digo: "É, se eu entendi bem eu sou sua colega de quarto."

"Mêû Dêû, vûçê tâ sângango!" fala espantada.

"É... acho melhor você acabar de escovar os dentes, quem sabe a gente depois se comunica." rio ligeiramente.

"Ôh, cârô."

Vou até o chuveiro, já que a pia está ocupada e coloco um pouco de água na minha mão e lavo meu ferimento.

"Mas quem foi que fez isso com você? Pergunta a menina.

"É...não foi nada, deixa pra lá" falo.

"Gomes, foi você?" pergunta ta se dirigindo ao moço das malas.

"Sim, Senhorita Horan. Já me desculpei com a moça. Foi um acidente."

"Tudo bem, Gomes. Obrigada por trazer minhas malas. Você já pode ir."

"Com licença." com isso ele saiu do quarto.

"Ah meus unicórnios, eu sou uma tapada. Esse ser doido aqui que você conheceu deixando os dentes brancos chama-se Karolyna Horan."
Disse ela me pegando de surpresa ao me dar um abraço. Ela é meia doidinha do juízo. Vai ser difícil não se tornar amiga dela.

Hope • H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora