Capítulo IX

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Cada suspiro que você der
E cada movimento que você fizer
Cada laço que você quebrar
Cada passo que você der
Eu estarei te observando

Every breath you take de The Police

       

         Nathália acordou em uma cama confortável além da sua imaginação de confortável. A luz do sol entrava pela janela e ardia em suas vistas a fazendo apertar os olhos. Talvez estivesse morta, ou pensou que estivesse. Porém notou a presença de uma figura encarando ela.

        Demorou um tempo até a figura tomar a forma de uma garota. Nathália ainda tentava apertar os olhos para ver se conseguia se localizar. Onde estava? Quem ela era? Perguntas que surgem quando o sono foi tão bom que o cérebro ainda está tentando se ligar.

        Ela estava em um quarto de menina. Pelo menos parecia com todo aquele rosa gritante e bonecas Barbie por todos os lados.

        Primeiras lembranças: as bruxas e o poder de raio, os fantasmas, demônios e Emma estava desaparecida. Ainda não tinha avisado Ares e Carlos. Depois que invocou os fantasmas, ela desmaiou e não se lembrava de nada do que aconteceu.

        — Então você é ela? — A figura perguntou. Nathália suspirou ao notar que não era sua imaginação e nem mesmo um fantasma.

        Tinha uma garota de cabelos coloridos, olhos castanhos e aparentemente com 12 anos encarando ela enquanto mastigava um chiclete.

        A menina estourou uma bolha que fez. O som deu uma certa dor de cabeça em Nathália.

        — Depende de quem pergunta. Quem é você?

        A menina fez uma cara de decepção. Era tão visível que Nathália sentiu vontade de pedir desculpas por ter decepcionado a garota, seja lá por qual motivo.

        — Telepatia é uma das capacidades da bruxa Suprema. Achava que poderia dominar isso. — A menina fala com desgosto na voz.

        — Desculpa! Minha telepatia não funciona quando acordo de manhã. Preciso recuperar a minha força.

        — Cura é o básico para uma bruxa alfa. Acho bom não falar mais já que daqui a pouco dirá que não sabe Transmutação básica.

        — E você sabe transmutação básica? — Nathália perguntou ainda esfregando os olhos.

        — Claro! Consegui com o clássico: transformei ferro em ouro. Tirei um 10. — Ela falou com orgulho.

        — Parabéns, orgulho do Fullmetal Alchemist! Mas ainda não disse seu nome além de me chamar de burra.

        — Mônica. — Ela falou. — Bruxa ômega. E a única que a Bruxa Suprema quis ensinar.

        Nathália se levantou finalmente. Estava com uma camisola de menininha para o seu padrão. Ela gostava de dormir com a própria roupa que usou de noite, não tinha nenhuma vaidade ou interesse na própria imagem. Ela foi até o guarda-roupa e o abriu.

        — Não tem nenhuma roupa descente aqui? — Ela perguntou olhando para tanto rosa que achou estar na barbieland.

        — Tem roupas para todos os gostos, mas nesse daí só tem dessa cor. — Mônica falou após estourar mais uma bolha de chiclete.

        — A bruxa Suprema não deveria treinar uma bruxa alfa? Você não estaria muito abaixo do nível dela? — Nathália perguntou enquanto pegava uma calça jeans que por sorte não era rosa.

Conselho dos Deuses - A Maldição De Sísifo Onde histórias criam vida. Descubra agora