A hora do parabéns seria alguns minutos depois, mas faltava alguém. Então, tivemos que sair à procura de Max Schubert, que era carinhosamente chamado por nós de Millie. Ele havia sumido de uma hora para outra. Sua esposa estava tomando Gim-tônica com a minha avô, e ela disse que achava que ele havia ido ao banheiro.
Tony e eu andamos pela casa toda, sem exceção. Millie não estava nos banheiros, nem na cozinha (ele adorava os salgadinhos, principalmente os cachorros-quentes, e minha mãe lhe fornecia passe livre para tal) e nem em nenhum outro lugar.
Fiquei muito apreensivo, com medo de algo ter acontecido com ele. Isso foi até eu olhar por uma das janelas e ver Max do lado de fora, apreciando a égua puro-sangue de minha mãe caminhar serenamente em seu piquete coberto de neve.
Ótimo, uma preocupação à menos.
- Maximillan! - Exclamei, ao longe. - Senhor!
Ele se virou. Schubert estava com o boné vermelho de sempre, cobrindo uma parte das queimaduras de muitos anos atrás. Elas ainda eram visíveis, tomando conta de uma parcela do lado direito de seu rosto; lembrança das marcas físicas e mentais que o Inferno Verde de Nürburgring havia feito em sua vida.
Millie sorriu, cativante.
- Olá, Jacques... olá, mocinha! Me procurando?
Eu ri, aliviado. Tony acenou com a mão, com um sorriso.
- Nossa! - Ele complementou, com um carregado sotaque alemão. - Que cabeça a minha. Já deve ser a hora do bolo.
- Meio que sim, Millie - Sorri. - O senhor sumiu e a gente se preocupou.
- É bem compreensível - Schubert ajeitou o casaco.
Ele olhou para Tony em seguida.
- Não vai me apresentar a... hum... das schöne mädchen?
A moça bonita, no caso. O francês dele estava sujeito a belas travadas de vez em quando. Jansen costumava brincar com isso.
Consegui compreender só de perceber para quem Millie estava olhando.
- Essa é Antonella, uma amiga de muito tempo atrás.
O veterano da Ferrari sorriu. Acho que ele tinha visto algo a mais em meu olhar quando eu falei.
- Que bom. É um prazer conhece-la.
- Igualmente, senhor - Ela assentiu com a cabeça, carismática.
Senti algo vibrando em meu bolso. Meu celular havia recebido uma mensagem. Era minha mãe:
Enquanto eu respondia, consegui ver Tony se aproximando da cerca.- Oi, Fanny - Ela disse, enquanto fazia uma breve carícia no focinho da egua. - Como vai, sua lindona?
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𝐆𝐋𝐎𝐑𝐈𝐀 𝐄𝐌 𝐂𝐇𝐀𝐌𝐀𝐒 | Fórmula 1 [EM HIATO]
مغامرةJean-Jacques Laurent era um fenômeno instantâneo por onde passava. Bicampeão de Fórmula 2 em suas duas primeiras temporadas competindo na categoria, ele ostentava um talento nato para isso; todos ficavam impressionados com a técnica com que o garoto...