Capítulo 7

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A hora do parabéns seria alguns minutos depois, mas faltava alguém. Então, tivemos que sair à procura de Max Schubert, que era carinhosamente chamado por nós de Millie. Ele havia sumido de uma hora para outra. Sua esposa estava tomando Gim-tônica com a minha avô, e ela disse que achava que ele havia ido ao banheiro.

Tony e eu andamos pela casa toda, sem exceção. Millie não estava nos banheiros, nem na cozinha (ele adorava os salgadinhos, principalmente os cachorros-quentes, e minha mãe lhe fornecia passe livre para tal) e nem em nenhum outro lugar.

Fiquei muito apreensivo, com medo de algo ter acontecido com ele. Isso foi até eu olhar por uma das janelas e ver Max do lado de fora, apreciando a égua puro-sangue de minha mãe caminhar serenamente em seu piquete coberto de neve.

Ótimo, uma preocupação à menos.

- Maximillan! - Exclamei, ao longe. - Senhor!

Ele se virou. Schubert estava com o boné vermelho de sempre, cobrindo uma parte das queimaduras de muitos anos atrás. Elas ainda eram visíveis, tomando conta de uma parcela do lado direito de seu rosto; lembrança das marcas físicas e mentais que o Inferno Verde de Nürburgring havia feito em sua vida.

Millie sorriu, cativante.

- Olá, Jacques... olá, mocinha! Me procurando?

Eu ri, aliviado. Tony acenou com a mão, com um sorriso.

- Nossa! - Ele complementou, com um carregado sotaque alemão. - Que cabeça a minha. Já deve ser a hora do bolo.

- Meio que sim, Millie - Sorri. - O senhor sumiu e a gente se preocupou.

- É bem compreensível - Schubert ajeitou o casaco.

Ele olhou para Tony em seguida.

- Não vai me apresentar a... hum... das schöne mädchen?

A moça bonita, no caso. O francês dele estava sujeito a belas travadas de vez em quando. Jansen costumava brincar com isso.

Consegui compreender só de perceber para quem Millie estava olhando.

- Essa é Antonella, uma amiga de muito tempo atrás.

O veterano da Ferrari sorriu. Acho que ele tinha visto algo a mais em meu olhar quando eu falei.

- Que bom. É um prazer conhece-la.

- Igualmente, senhor - Ela assentiu com a cabeça, carismática.

Senti algo vibrando em meu bolso. Meu celular havia recebido uma mensagem. Era minha mãe:

Enquanto eu respondia, consegui ver Tony se aproximando da cerca

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Enquanto eu respondia, consegui ver Tony se aproximando da cerca.

- Oi, Fanny - Ela disse, enquanto fazia uma breve carícia no focinho da egua. - Como vai, sua lindona?

𝐆𝐋𝐎𝐑𝐈𝐀 𝐄𝐌 𝐂𝐇𝐀𝐌𝐀𝐒 | Fórmula 1 [EM HIATO]Onde histórias criam vida. Descubra agora